Draco Pov
Eu me sentia um pouco... diferente.
Sabia que provavelmente era o cansaço e a exaustão falando mais alto, junto com o alto nível de estresse que havia vivido nos últimos dias.
Mas ao mesmo tempo, quando me sentei na grande mesa na cozinha da casa de Sirius, cercado por todas aquelas pessoas, e Harry se sentou ao meu lado de maneira tímida, eu percebi que conseguiria encontrar forças para contar tudo o que tinha acontecido.
Por longos minutos, a minha voz era o único som na casa silenciosa, enquanto eu narrava que após interrogar Lucius, havia seguido para a casa dos Riddle em Little Hangleton. Por auto, falei sobre o espelho, já comentando que ele tinha se auto destruído quando atravessamos, tentando não dar importância para o olhar de Dumbledore.
Eu apostava qualquer coisa que ele iria até o lugar, porque foi a pessoa que mais ergueu perguntas sobre a magia do espelho.
Não era como se eu não confiasse em Dumbledore. Sabia que ele estava na Ordem, e era uma pessoa inteligente, que realmente tentava fazer a coisa certa, embora frequentemente usasse as pessoas ao seu redor para ter êxito.
Era mais como... Não confiar completamente em ninguém.
E a maior razão para ter forjado a destruição do espelho, foi ele.
Porque eu o conhecia o suficiente te para saber que ele iria querer entender aquilo, dominar aquela arte e compreender de forma profunda o significado de tudo.
Nesse ponto, não pude deixar de me recordar que em grande parte, as mentiras dele haviam sido culpadas por fazer Harry ser sequestrado.
Então sabia que havia sido uma boa ideia forjar a destruição do espelho, e o guardaria em um local seguro onde ninguém pudesse ter acesso.
E por sua vez, Harry estava totalmente adorável ao meu lado.
Parecia prestar atenção na história, mas tinha uma feição distraída, brincando com minha mão por baixo da mesa.
Ele havia unido nossas mãos, hora comparando o tamanho, vendo a diferença entre uma e outra, depois ficou apenas movendo os dedos entre os meus, totalmente alheio a tudo ao redor.
Era realmente difícil não ficar sorrindo por causa disso.
Sirius estava sentado ao lado de Harry, e estava com a concentração divida entre o que eu falava, e vez ou outra seus olhos se desviavam na direção de Harry, porque devido a posição, ele era a única pessoa que conseguia ver ele segurando a minha mão.
Embora soubesse que isso iria me trazer problemas depois, eu não conseguia impedir Harry de continuar o que fazia, porque era uma sensação muito calorosa.
Ele nem sempre tinha controle sobre quanto queria ou não me mostrar seus pensamentos, e por vezes, em alguns toques entre nossas palmas, simplesmente escapava e eu conseguia ter acesso ao quanto ele se sentia seguro ali, ao meu lado, junto com sua família.
Continuei narrando a história, explicando sobre quando cheguei em Eroda, tentando não deixar nítido o quanto tinha me apegado ao garoto, mantendo tudo o mais profissional que conseguisse, ciente de Shacklebolt me encarando com seriedade, e Smith com uma pena de repetição rápida, atento a história.
Falei sobre todas as tentativas falhas de conseguir escapar, e dei alguns detalhes sobre o lugar, narrando as dificuldades pelos feitiços bloqueados, e também como Harry era extremamente sensível à magia.
- E então, quando ele me disse, após o acidente de hoje a tarde, que Eroda nunca o machucaria, eu simplesmente entendi - Falei por fim, vendo Dumbledore franzir o cenho por trás dos óculos, como se houvesse conseguido compreender.
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Eroda || DRARRY
Fiksi Penggemar"E ele nasceu como sua ruína e salvação [...] Porque o eleito será a força que alimenta sua vitória, e a magia que culminará em sua derrota"