Eroda || DRARRY

Paper Houses

Draco Pov

Meus olhos estavam quase se fechando novamente quando o trovão, seguido do raio verde ecoou pela cidade...

Minha pálpebras estavam quase caindo quando de uma só vez um entendimento correu por meu cérebro.

- Trovão verde? - Bradei, abrindo os olhos de uma só vez, franzindo o cenho ao pular para fora dos cobertores, tropeçando nos mesmos ao seguir até a janela.

Assim que abri o vidro, uma rajada de vento bateu contra meu rosto, e eu pude notar algo muito bizarro.

Era uma chuva de raios.

Tão verdes quanto aquela reação que eu vira tantas vezes Harry causar nos momentos que seus poderes estavam descontrolados.

Eram raios tão verdes quanto seus olhos.

Tão verdes quando um Avada Kedrava.

Harry precisava de mim.

Eu não sabia como sabia, mas sabia.

Parecia ser aquele tipo de coisa que acontecia entre nós, como quando ele me olhava e eu sabia o que ele estava pensando.

Eu voei pelo quarto, me vestindo com uma pressa gigantesca, pegando um casaco pesado para me enrolar, calcei os sapatos após vestir calças, e peguei minha varinha na mesa de cabeceira.

Tranquei a casa, e aparatei no instante seguinte no portão dos Black's.

Empurrei ele, como estava acostumado, e por ser autorizado a passar, o mesmo cedeu, e eu pude seguir caminhando para a porta de entrada.

Foi quando todo meu sangue gelou.

Eu senti meu coração se acelerar no mesmo instante, porque a porta estava aberta, e ali na entrada, tinha sangue.

Sangue por toda parte, espirrando no chão, como se alguém muito ferido houvesse passado por ali. Eram poças generosas, e tão concentradas que a tonalidade chegava a ser muito escura.

Em segundos minha cabeça criou as mais variadas hipóteses totalmente mortais, perigosas e assustadoras, enquanto eu colocava a varinha em riste diante do corpo, e entrava na casa.

Na minha mente, eu podia ouvir meus pensamentos gritando o nome de Harry, e a cada passo que dava, eu sentia meu estomago ficar mais embrulhado.

Parecia que todas as luzes estavam acesas, e ao passar pela porta principal, consegui ouvir o som de um choro baixinho que eu reconheceria em qualquer lugar, e segui ele e o rastro de sangue.

Nada tinha me preparado para aquela cena.

Harry estava em pé, e tremia enquanto chorava, parecendo totalmente fora de controle, com o corpo inteiro coberto de sangue.

As roupas chegavam a pingar, mas eu consegui perceber que ao menos tudo aquilo não vinha dele.

Vinha de Sirius.

Ele estava deitado na mesa da sala, desmaiado, e com tantos ferimentos que eu só o reconheci pelos cabelos negros e cumpridos.

- Harry! - Bradei, me apressando em alcançar o menino, notando como parecia em pânico, e entrei na frente dele, impedindo-o de continuar olhando para o corpo de Sirius daquela maneira tão assombrada - Harry, olha para mim... Harry, doce, olha para mim - Pedi, erguendo seu rosto, vendo como os olhos verdes estavam desfocados - Harry, quem fez isso com ele? Você está ferido?

Ele continuava me olhando sem ver, e eu entendi que ele parecia em estado de choque.

Fiz ele caminhar aos tropeços até o sofá, ajudando-o a se sentar, e fiz um feitiço diagnóstico, satisfeito ao ver que realmente não tinha ferimento nenhum no garoto.