Walking In The Wind

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Amém kashi, pela att dupla, repitam comigo:

74 - Walking In The Wind

Draco POV

Foi algo totalmente estranho aparatar no meu apartamento.

Tudo ali dentro parecia tranquilo e pacífico, de uma forma extraordinária.

A última vez que estive ali, eu nem fazia ideia de tudo o que iria acontecer. A fuga, Hogwarts, Dumbledore, Harry, minha morte.

Parecia que havia sido um sonho, e estar ali dentro da minha casa deu alguma segurança para mim, e eu pude respirar fundo, tranquilamente.

Anos atrás, quando tirei Harry de Eroda, algo dentro de mim disse que eu não deveria deixar ninguém chegar perto do espelho. Mas, ao mesmo tempo, sentia que não deveria destruí-lo.

Foi um movimento arriscado, e eu não contei a ninguém.

Apenas forjei uma duplicada quebrada para despistar a todos, e guardei o original.

Como Ronald gostava de dizer, eu sempre fui uma pessoa muito paranoica, com manias de perseguição e teorias de conspiração.

Algo que ganhei após anos de agente duplo, é claro.

Costumava acreditar naquele ditado sobre manter os amigos por perto, e os inimigos mais ainda.

E, em minha concepção, espelhos enfeitiçados por bruxos malignos que levavam para o subconsciente do seu namorado, eram um artefato a se considerar inimigo.

Então pareceu certo deixá-lo onde e sempre poderia ver, e onde ninguém sabia onde ficava.

Na época, nenhuma pessoa sabia a localização do meu apartamento. E eu jamais imaginaria que abriria meu coração para ter uma família, e para confiar aquele lugar a outros.

Ainda assim, só Harry, Ronald, Sirius e Remus sabiam onde eu morava.

Parei no meio da sala, vendo os dois quadros medianos que eu tinha, e usava para anotar os casos de trabalho. Costumava ser apenas um, mas tive essa grande ideia de transfigurar a aparência externa do espelho para parecer outro.

O antigo eu usava para anotar coisas do trabalho, e o novo, o espelho havia virado uma fonte de rascunhos e baboseiras.

Havia um jogo da velha inacabado, que eu estava fazendo com Harry, a cada vez que ele aparecia no meu apartamento.

Em um dos cantos, tinha uma foto nossa, tirada na festa de Halloween, abraçados como vampiros, sorrindo para a câmera.

Haviam rabiscos meus, contas aleatórias, uma pequena lista de coisas que precisava comprar na próxima ida ao mercado, e alguns desenhos de mau gosto.

Eu em versão de boneco palito horrível, que deveria ter sido feito por Ronald, um titulo de livro que Remus havia sugerido que eu lesse, pois achou inspirador para pessoas em trabalho de campo e vários 'draco bundão' ou 'draco otário' espalhados com a caligrafia quase ilegível de Sirius.

Sorri por um instante, observando aquela junção da confusão que essa família era na minha vida, e por fim direcionei a varinha para o espelho disfarçado.

- Finite Incantatem - Bradei, com a voz ainda um pouco rouca, vendo aos poucos a magia refletora desaparecer, e eu me ver novamente diante do espelho de ojesed.

Respirei fundo, tentando manter a calma ao focalizar meu pensamento em Harry e toquei a superfície do espelho, sentindo-o me puxar para dentro.

No instante seguinte, desabei sobre o chão conhecido de madeira, erguendo os olhos, assombrado.

Eroda || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora