Piggyback

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"Oh, trusted too many fake people while I was still young
Gave them the benefit of the doubt, I was so wrong
I cut them off and they came for blood cause they know
They ain't getting no more"

Piggyback- Melanie Martinez

POV Yara

Hoje era sábado, depois dessa longaaa semana, e estranha, muitas coisas aconteceram, bom, a Bianca voltou comigo pra casa, junto com a Billie e minha mãe, não chegamos a tempo de ver o pedido do Bruno pra Laura, mas no final, ela aceitou, óbvio, depois que as coisas acalmaram tudo ficou bem, por um tempo, Billie ficou magoada em saber que a Sirena não havia mudado, mas ela disse que não estava surpresa,  o pai da Sirena acabou descobrindo das mentiras dela, depois que ela tentou invadir a casa da Bianca, mas descobriu que o pai dela era policial, pois é, o pai da Sirena proibiu que ela chegasse perto da Bianca, e de todas as pessoas próximas dela, eu não achei que fosse o suficiente, mas Billie me disse que o pai da Sirena é bem rígido.

Durante essa semana descobrimos diversas coisas, uma delas é que eu de fato vou me mudar, tentei de tudo, mas nada foi o possível para convecer a minha mãe, e ela achou um estúdio de dança na Coreia, e acha ótimo pra minha carreira, conversei com Billie, e ela disse que era o meu futuro, e que eu precisava daquilo, então, achamos melhor eu ir, contei pra Laura e pra Bianca, elas não aceitaram de primeira, mas depois entenderam; e falando na Laura, seu advogado disse que mais 5 meninas assumiram ter sido abusadas pelo primo dela, essas são as que assumiram, mas ainda não sabemos se tem mais, ele tem dez anos, pra alguém que ele violentou, vir contar, se passar desses 10 anos, provavelmente ele não poderia mais ser julgado.

Estavamos indo pro seu julgamento hoje, seria as três da tarde, quando chegamos lá, demorou um pouco para que começasse, mas assim que começou, o advogado da Laura, montou um resumo do porque seu primo deveria ser preso, explicando toda a história, e pelo oque Laura havia passado.

Em seguida pediram que Laura fosse dar seu depoimento daquela noite, ela explicou tudo que havia passado, e então eu fui chamada, expliquei a minha parte da história, e oque eu passei naquela noite com a Laura, minha mãe também foi depor, o advogado do seu primo fez perguntas que deixou minha mãe extremamente nervosa, pois ele tentava contraria-la de toda maneira, e isso deixou Laura meio apreensiva, com medo de que ele fosse solto.

As outras que também o acusaram, foram depor, contaram suas histórias, e agradeceram Laura, por ter tido coragem; mostraram como prova, a roupa que Laura usou naquele dia, e o áudio, dele assumindo ter cometido o ato.

Ele não se defendeu, apenas afirmou ter feito aquilo, ele já havia percebido que não tinha mais oque fazer, ele seria condenado, e não tinha oque ele fizesse.

Foi um julgamento cansativo pra Laura, ela teve que relembrar de tudo, comentar sobre tudo, já que ela detestava falar sobre esse assunto, mas ela sabia que naquele momento era algo necessário, e que ela precisava, pra se sentir melhor, e saber que ele seria julgado pelo oque fez.

Deram um intervalo, para os jurados conversarem, e analisarem todos os depoimentos, todas as provas, as diversas meninas, as expressões das vítimas, a expressão do agressor, e anotar e conversar sobre cada detalhe e opinião sobre oque cada jurado havia achado, para chegarem num consenso, então demorou um pouco, são várias pessoas, com opiniões diferentes

Quando eles haviam tomado a decisão do que esse julgamento traria, nos chamou, para que o julgamento fosse encerrado.

Não se foi dito muita coisa, eles foram bem diretos, ele foi acusado de abuso sexual, pedofilia, já que quando ele cometeu outros crimes ele já era maior de idade, e abusou de uma garota de 13 anos, uma das que depôs contra ele, ele disse antes de sair algemado, que havia mais garotas, mas não disse o nome de nenhuma; Luiz Ruiz foi sentenciado a 27 anos de cadeia, mas tinha grandes chances de sua pena ser aumentada, pelo oque ele havia dito sobre ter tido mais meninas e mais vítimas, então ele ainda seria investigado, a Laura queria muito bater nele, depois que ele simplesmente assumiu na cara dela que tinha outras meninas, mas o Bruno acalmou ela.

Ela se sentiu mais protegida agora, se um dia ele sair, ele não pode tentar ter nenhum tipo de contato com a Laura, não pode mandar mensagens, não pode ver ela, nem falar com ela, muito menos estar no mesmo cômodo que ela, e isso é ótimo.

Saímos do tribunal, e minha mãe agradeceu o advogado, ele disse que tivemos sorte por ter sido algo rápido, se ele não tivesse assumido, provavelmente, ainda teria que repetir isso mais vezes.

- " Ainda tem muitas outras." Ele é idiota? Ai que ódio, eu devia ter matado ele, teria sido melhor, ficar presa pro resto da vida, mas eu não veria mais a cara desse inútil.- Laura diz bufando, e Billie tenta a acalmar.

- Olha, tá tudo bem, essas outras vai aparecer, você vai ver, mas você já teve um puta progresso hoje Laura.- Billie diz e Laura concorda.

- Eu sei, mas, como eu vou saber que todas vão ter aparecido? Ele não disse quantas, pode ser várias, como eu vou saber?- Ela diz e eu passo a mão em suas costas, tentando fazer ela se sentir menos mal.- Ai, que bom que já consegui resolver uma parte. Brigada gente, de verdade, por me ajudarem nisso, e por estarem sempre aqui, menos a Bianca, que as vezes sumia pra encontrar com a loira doida, mas sei que foi por uma boa coisa.- Laura diz rindo e Bianca a olha retribuindo o riso.- Eu vou pra casa do Bruno, e vocês, aproveitem esse último mês juntas viu? Tchau, amo vocês.- Laura diz saindo do local com o Bruno, e ambos acenavam.

Billie perguntou se eu queria ir na sua casa, e eu concordei, já que sempre íamos pra minha, avisei minha mãe e fomos.

Minha mãe quis deixar a gente na porta da casa da Billie, saímos do carro, me despedi da minha mãe, e disse que voltava durante a semana, já que todas as minhas coisas da escola estavam no meu armário, então era só eu ir, e pegar oque eu precisava. Me despedi da minha mãe e eu e Billie entramos em sua casa.

- Finn? Mae? Pai?- Billie chama os mais velhos, mas não obtém uma resposta.

- Sabe onde eles podem ter ido?- Pergunto e a mesma nega, e me olha em seguida, séria, me fazendo retribuir o olhar.

- A gente podia aproveitar que não tem ninguém aqui, e fazer algumas coisas.- Billie diz me abraçando e sorrindo em seguida, vou sentir falta desse sorriso todos os dias.

Notas da autora:
Oii gente, desculpa ter demorado pra aparecer, estava sem muita criatividade pra escrever, então dei esse tempo pra formular um capítulo, eu vim avisar também, que COPYCAT tem mais dois próximos capítulos e logo ela vai acabaaar😱❤❤

COPYCAT • Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora