Bia – A Chefe Amanda? Porquê?
Eu estava em choque.
Molly – Porque ela era a intrusa.
Bia – E isso deu-lhe direito de matar quem quis?
Molly – Beatrice as coisas não foram bem assim.
Lá estava a minha mãe a tentar justificar o que não havia porquê de ser justificado.
Bia – Então como foram?
Molly – Isso é algo que terá que ser ela a contar.
E depois enrolava a conversa, eu odiava aquilo.
Bia – Porquê? Porque não podes acabar uma história completa?
Molly – Porque nem eu entendi os seus motivos. Ela sempre dava uma justificação diferente.
Bia – Ela pode estar envolvida com o Jogador Desconhecido?
Eu estava com medo da resposta da minha mãe. Eu começava a confiar na Chefe Amanda Benson e não queria sentir que havia confiado na pessoa errada novamente.
Molly – Não! A Amanda tem um código que segue à risca.
Bia – "Matar os outros antes que a matem a ela?", esse é o seu código?
Molly – Porque falaste daquela maneira com o Dylan?
Eu odiava tanto quando a minha mãe fazia isto.
Bia – Lá estás tu a mudar de história.
Molly – Ele foi-se embora destroçado.
Ela tentava sempre ir buscar o máximo de coisas para que a conversa anterior desaparecesse.
Bia – Cusca! Pareces aquelas velhas que estão sempre à janela a cuscar.
Molly – Podes dizer-me o que quiseres, mas a verdade é que nada do que lhe disseste foi sentido ou verdadeiro.
Bia – Chata! Pará de te meteres na minha vida!
Levantei-me em direção as escadas para subir para o meu quarto.
Molly – Eu sei o que estás a fazer!
Ela seguiu-me.
Bia – E o que eu estou a fazer?
Molly – Tu julgas que fazer as pessoas te odiarem será melhor para encarar o dia de hoje.
Bia – Não sei do que falas.
Voltei a subir mais uns degraus.
Molly – Tu sempre o fizeste, Beatrice. Tu nunca toleraste o facto de vires a sofrer e as pessoas ficarem com pena de ti, então afastas as antes de qualquer catástrofe.
Bia – E se o fizer? Não há nada pior que sentir que as pessoas têm pena de ti.
Molly – Isso não é verdade, e nem eu nem o teu pai te criamos assim.
Bia – Talvez porque estavam demasiado ocupados a viajar em vez de se preocuparem com a minha educação.
Subi as escadas o mais rápido possível e tranquei-me no meu quarto. Não tinha cabeça para ouvir os julgamentos da minha mãe sob as minhas ações.
Permaneci trancada até à hora do funeral.
Hora de vestir mais um vestido preto, colocar uma maquilhagem leve e calçar uns saltos pretos. De novo nesta rotina, era horrível sentir que ir a um funeral de um amigo já se havia tornado numa rotina.
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Manual de Sobrevivência à Adolescência - Completo
Teen Fiction"Dizem que a adolescência é uma das partes mais bonitas das nossas vidas... esqueçam tudo isso pois para mim está sendo uma verdadeira porcaria... ou estava até que uma alminha se lembra de mudar de escola e consequentemente me conheceu. Chamo-me Be...