51. Juízo Final - Parte 3

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A Karol parecia mais confiante a cada pergunta que fazia, a Chefe Amanda Benson começava a acordar do sedativo que a Karol lhe havia dado. Chegou a uma altura em que mesmo que acertássemos a questão a Karol ia lá e fazia mais um corte numa parte aleatória do corpo da Chefe Amanda.

Karol – Will!

Senti um arrepio na minha coluna, eu não sabia o que ela lhe ia perguntar, eu só sabia que o meu nome podia ser colocado ao barulho e eu não queria isso.

Bia – Quando é que isto vai acabar?

Perguntei quando ela se preparava para falar.

Karol – Quando eu quiser que acabe.

Ela disse de uma maneira rude.

Bia – O que ganhas com estes jogos todos?

Parece que as minhas palavras a enfureceram pois a sua expressão mudou completamente.

Karol – O que eu ganho? Pergunta antes o que vocês ganham!

A Karol cada vez fazia menos sentido.

Karol – Todos vocês cometeram tantos erros, tantos problemas que isto é a forma de se redimirem, esta foi a forma que encontrei para vos ajudar a corrigirem os vossos erros.

Ali – Não fazes qualquer sentido.

Karol – Tu queres sentido Alisson? Eu dar-te-ei um sentido.

Um homem de preto saiu de uma porta que havia por detrás da caixa de vidro empurrando uma cadeira de rodas onde estava sentada uma pessoa com um saco branco de tecido da cabeça.

Karol – Quando a Alisson veio ter comigo eu vi a oportunidade de ajudar os meus amigos a corrigir os seus erros, erros esses onde eu também estava envolvida.

Ali – E como é que tu corriges os teus erros?

Karol – Ajudando-vos a seguirem em paz.

Ela desceu do cubo de vidro e tirou o saco de pano branco da cabeça da pessoa e foi aí que vimos o Patrick, todo desfigurado, atordoado.

Bia – O que fizeste com ele?

Karol – Ele tentou bater num dos meus homens e diguemos que o meu homem apenas se defendeu.

Will – Desfigurando-o?

Karol – Tenho que admitir que ele exagerou um pouco, mas ele também nunca foi simpático nessa parte.

O homem de preto tirou a máscara e de baixo dela estava o...

Ruy – Leandro?!

Olhei para o Ruy e de novo para o homem de preto.

Bia – O Leandro Henrys?

Ruy – Sim!

Ele disse de boca aberta.

Bia – Ele não morreu num acidente de avião?

Karol – O problema é que o avião onde o Leandro viajava se chamava Cost 354, e o avião que caiu chamava-se Cost 543. Nem o Leandro e nem nenhum passageiro tiveram algum dano. Mas o noticia que o seu avião havia caído correu e tiveram que esconder o avião, e que melhor sítio do que Cristalyn Vale para esconder um avião?

Ruy – Espera, então confundiram o número dos aviões e para não terem que se corrigir eles decidiram esconder um avião inteiro e os passageiros aqui?

Leandro – A bordo do avião viajaram membros de um gangue que quando souberam da notícia aproveitaram-se para tirar proveito da situação. Foram eles que fizeram os pilotos aterrarem aqui e foram eles que nos fizeram reféns por quase 5 anos.

Manual de Sobrevivência à Adolescência - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora