48. Sozinha

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Já estava a caminhar há algum tempo. A "Consciência Alisson", já tinha desaparecido e aparecido um milhão de vezes.

Ali – Conta-me mais sobre o teu triângulo amoroso, ou devo de dizer quadrado?

Bia – Tu deves de saber de tudo sendo que és a minha consciência.

Ali – Beatrice tens que parar de me ver assim, tens que me tratar como tratarias a Alisson, pois eu serei a única companhia que terás nos próximos tempos.

A minha vida cada vez parecia mais triste quando ela falava daquela maneira.

Bia – E tive que imaginar logo a ti?

A expressão alegre dela mudou.

Ali – Porque é que isso parece mau?

Bia – Porque a Alisson que eu conheci não era como tu és.

Ali – Então ela era como?

Bia – O oposto de ti. Nada alegre, nada simpática, nada verdadeira e nada amigável.

Nunca tinha dito em voz alta todas estas coisas sobre o Alisson.

Ali – Ela parecia uma pessoa terrível!

Bia – E era! Mas eu gostava dela à mesma.

Ali – Se ela era todas essas coisas más porque gostavas dela?

Bia – Porque não podemos ver só as coisas más nas pessoas também temos que ver as coisas boas, e a Alisson tinha essas coisas boas.

Ali – Como por exemplo?

Ouvi uns ramos a se mexerem e escondi-me atrás de uma árvore, a Alisson fez o mesmo que eu.

A pessoa continuou a se aproximar e eu peguei numa pedra para lhe bater quando se aproximasse. A pessoa andou e andou e quando eu lhe ia para bater a pessoa virou-se.

Bia – Martin?

Martin – Beatrice?!

Demoramos um pouco a perceber que ambos estávamos um à frente do outro e depois abraçamo-nos, eu sentia sua falta.

Bia – Tu estás vivo!

Martin – Tu estas viva! A Amanda disse que estavas morta.

Bia – Eu pensava que estava morta até acordar numa gruta e quase morrer para chegar á margem... em fim longa história.

Martin – Passou tanto tempo!

Ele tinha a barba enorme e notava-se que já não visitava a civilização há algum tempo, o seu cabelo também estava enorme e a sua cara mostrava-se cansada e maltratada.

Bia – Quanto tempo passou?

Martin – 3 Meses!

Eu já tinha conhecimento naquele número, ele foi-me apresentado enquanto eu passava o meu tempo no "purgatório".

Bia – E os outros?

Martin – Estão todos bem, estamos a acampar aqui perto, anda!

Ele pegou-me na minha mão e guiou-me. Virei-me para chamar a Alisson, mas ela já havia desaparecido.

Chegando perto do acampamento vi todos os meus amigos e a Chefe Amanda também.

Martin – Vejam quem eu encontrei!

Todos ficaram congelados a olhar para mim. Eu olhei para cada um deles.

Manual de Sobrevivência à Adolescência - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora