Já estava a caminhar há algum tempo. A "Consciência Alisson", já tinha desaparecido e aparecido um milhão de vezes.
Ali – Conta-me mais sobre o teu triângulo amoroso, ou devo de dizer quadrado?
Bia – Tu deves de saber de tudo sendo que és a minha consciência.
Ali – Beatrice tens que parar de me ver assim, tens que me tratar como tratarias a Alisson, pois eu serei a única companhia que terás nos próximos tempos.
A minha vida cada vez parecia mais triste quando ela falava daquela maneira.
Bia – E tive que imaginar logo a ti?
A expressão alegre dela mudou.
Ali – Porque é que isso parece mau?
Bia – Porque a Alisson que eu conheci não era como tu és.
Ali – Então ela era como?
Bia – O oposto de ti. Nada alegre, nada simpática, nada verdadeira e nada amigável.
Nunca tinha dito em voz alta todas estas coisas sobre o Alisson.
Ali – Ela parecia uma pessoa terrível!
Bia – E era! Mas eu gostava dela à mesma.
Ali – Se ela era todas essas coisas más porque gostavas dela?
Bia – Porque não podemos ver só as coisas más nas pessoas também temos que ver as coisas boas, e a Alisson tinha essas coisas boas.
Ali – Como por exemplo?
Ouvi uns ramos a se mexerem e escondi-me atrás de uma árvore, a Alisson fez o mesmo que eu.
A pessoa continuou a se aproximar e eu peguei numa pedra para lhe bater quando se aproximasse. A pessoa andou e andou e quando eu lhe ia para bater a pessoa virou-se.
Bia – Martin?
Martin – Beatrice?!
Demoramos um pouco a perceber que ambos estávamos um à frente do outro e depois abraçamo-nos, eu sentia sua falta.
Bia – Tu estás vivo!
Martin – Tu estas viva! A Amanda disse que estavas morta.
Bia – Eu pensava que estava morta até acordar numa gruta e quase morrer para chegar á margem... em fim longa história.
Martin – Passou tanto tempo!
Ele tinha a barba enorme e notava-se que já não visitava a civilização há algum tempo, o seu cabelo também estava enorme e a sua cara mostrava-se cansada e maltratada.
Bia – Quanto tempo passou?
Martin – 3 Meses!
Eu já tinha conhecimento naquele número, ele foi-me apresentado enquanto eu passava o meu tempo no "purgatório".
Bia – E os outros?
Martin – Estão todos bem, estamos a acampar aqui perto, anda!
Ele pegou-me na minha mão e guiou-me. Virei-me para chamar a Alisson, mas ela já havia desaparecido.
Chegando perto do acampamento vi todos os meus amigos e a Chefe Amanda também.
Martin – Vejam quem eu encontrei!
Todos ficaram congelados a olhar para mim. Eu olhei para cada um deles.
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Manual de Sobrevivência à Adolescência - Completo
Ficção Adolescente"Dizem que a adolescência é uma das partes mais bonitas das nossas vidas... esqueçam tudo isso pois para mim está sendo uma verdadeira porcaria... ou estava até que uma alminha se lembra de mudar de escola e consequentemente me conheceu. Chamo-me Be...