Sua Querida Para Sempre - America e Maxon

9. Descobrindo o Segredo de Maxon

Maxon

Eu e America voltamos para o Palácio depois de nossa Lua de Mel.

Três dias se passaram e senti que havia algo não dito que nos afastava.

Eu tentei me aproximar de America novamente, mas parecia que havia uma barreira invisível entre nós. Ela estava distante, não conseguíamos conversar como antes e nem sequer me sentia confortável para tocá-la, para abraçá-la.

Eu sabia que tinha errado, porém havia muitas responsabilidades com as quais me preocupar quando voltamos para Illéa. Eu esperava que ela entendesse, porém com a nossa volta para o Palácio algumas coisas pareceram piorar. 

Alguns poucos dias de viagens me fizeram acumular um enorme trabalho, principalmente naquele momento com a dissolução das castas. Eu precisava me retirar para inúmeras reuniões, passava grande parte do dia ocupado e quando tinha um momento de intimidade a sós com America, ela parecia estar incomodada com algo, chateada demais para me entender. 

E nesse momento eu estava indo para um lugar que ela nem mesmo sabia que tinha uma pessoa me esperando. 

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America

Maxon estava distante quando voltamos de viagem. Com o passar dos dias, eu ainda não sabia o que estava acontecendo, mas doía sentir que ele se afastava de mim cada dia mais. Ele passava o dia ocupado e de noite quase não tínhamos tempo juntos.

Naquela ligação escondida que eu ouvi, ele dissera que quando voltasse para Illéa poderia resolver as coisas juntos. Ele falava naquele telefone de uma forma carinhosa e olhando para aqueles homens carrancudos de terno que o ajudavam com as responsabilidades da coroa, eu não via ninguém com o qual Maxon falaria daquela maneira... 

Eu estava atenta às atividades dele, tentando descobrir o que ele escondia. Maxon passava o dia ocupado e estávamos conversando pouco. Toda noite ele jantava comigo, mas naquela noite foi diferente. 

Ouvi duas batidas na porta de meu quarto e abri.

— Meri — Aspen disse sorrindo, como cumprimento. 

— Aspen... entra.

Ele entrou e deixei a porta entreaberta. 

— Passei pelo Maxon no corredor e ele disse que não vai poder jantar no horário de sempre hoje, para te avisar que não precisa esperar ele hoje. — Aspen disse com um sorriso que eu esperava que fosse mais confortador do que realmente era.

— Ele saiu?

— Não sei. Quando passei, ele estava indo para sala dele. Deve ser só porque ele tem mais trabalho do que o normal hoje ou algo assim.

— Aspen... — engoli seco — Nós ainda somos amigos, não somos?

— Claro, Meri. — ele nem pensou duas vezes para responder. — Por que essa pergunta?

— O Maxon está muito estranho, nós não estamos muito bem. — foi a primeira vez que eu disse isso em voz alta para alguém e doeu ao falar. — Você sabe de alguma coisa que esteja acontecendo?

— Olha, Meri... — ele pausou olhando para o além, sopesando as palavras — Eu não reparei nada. Pelo menos, não comigo. Talvez seja só um momento passageiro, porque essa é uma fase nova pra todo mundo, tanto sobre vocês que acabaram de casar, quanto para o país que agora já não tem castas. 

— Não sei se é só isso, Aspen — disse olhando para baixo.

— Talvez ele só esteja se sentindo pressionado por ter que estar lidando com tudo isso. Acho que ser rei é uma coisa inédita para ele, não é mesmo?