Sua Querida Para Sempre - America e Maxon

A Esperança

America on

Olhei para Jason completamente atordoada.

Como era possível Amberly e Celeste estarem vivas??

— Como?

— O doutor Mission tinha uma rixa do passado com Clarkson... Clarkson o chantageou um dia com uma mentira.* Quando fizeram para ele a proposta, não foi muito difícil trair quem ele já odiava. — Jason revelou. — Ele foi o responsável por forjar a morte das duas. Ele conseguiu salvá-las, elas não morreram. Mas quando foram visitá-las, ele colocou uma substância no sistema sanguíneo delas para forjar tudo. Aliás, se o médico de confiança do Palácio afirmar uma coisa, quem vai duvidar?

— Mas a Celeste...

— Foi tudo forjado. Celeste era uma 2, uma das favoritas. Era interessante para eles a manterem viva — Jason afirmou. — E como você sabe, a cultura em Illéa é fazer o funeral com os caixões fechados. Foi só colocar corpos aleatórios lá dentro para fazer o peso e todo mundo acreditou. Na verdade, não foi nada difícil.

— Por isso que o Doutor Mission se aposentou do nada... foi depois disso.

— Ele conseguiu um bom dinheiro pela vida das duas... E agora os sulistas só esperam o momento certo para chantagear Maxon. — Jason falou com um olhar preocupado. — O cerco só está se fechando.

— Onde elas estão?? O que fizeram com elas??

— Elas estão em cativeiro.

Pensei na pobre Amberly, sempre tão bondosa e com aquelas dores de cabeça horríveis que ela vivia tendo... Como ela poderia estar suportando tudo isso? E celeste? Acostumada com o luxo estar presa em uma prisão fétida?

— Onde fica?

Jason respirou fundo antes de dizer:

— Na Fortaleza dos Rebeldes do Sul.

Celeste on

O homem colocou uma venda em meus olhos e me puxou pelo braço. Fui andando cautelosa cm de medo de cair e me machucar ainda mais, porém quando eu tropeçava o ogro me puxava irritado e não me deixava cair.

Ele foi diminuindo o passo, então ouvi o barulho do molho de chaves. Ele tirou a venda dos meus olhos e me empurrou para dentro de uma outra cela.

— Nova casinha pra madame — ele disse desamarrando a corda que prendia minhas mãos.

Quando me vi solta, não hesitei: me lancei sobre ele e arranhei seu rosto com minhas unhas grandes. Três listras de sangue se formaram em sua bochecha.

— Sua vadia!!

Ele me empurrou com força e bati as costas contra a parede. O rebelde trancou a cela e saiu.

Tirei a mordaça da boca e puxei o ar, já estava me sentindo sufocada e claustrofóbica.

— Celeste?

Olhei na direção da voz e do outro lado vi a Rainha Amberly presa em uma cela. Ela se agarrou às grades e me analisou com os olhos cheios de lágrimas.

Olhei para mim mesma. Todos pensavam que eu tinha morrido e talvez aquela Celeste tivesse morrido mesmo... porque ela já não existia mais: Meu corpo estava todo sujo, fazia 3 dias que eu não tomava banho, minhas unhas por fazer, meu cabelo sujo todo embaraçado, as marcas das cordas ainda estavam em meus pulsos...

Não era à toa que Amberly me olhava com pena, mas ela não estava muito melhor...

Corri até as grades e as segurei.