71. O Ataque Final

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Jason on

— Já de saída? — uma voz se elevou atrás de mim.

Virei, mas nem precisava disso para saber quem era. Aquela mesma voz me atormentara em meus piores pesadelos por anos.

Ele se aproximou com passos lentos, gingando confiante e tranquilo. Com razão. Aquele lugar era dele, quem estava na merda era eu. Já olhei ao redor procurando seus capangas.

— Saindo sem nem cumprimentar seu velho pai? Será que não te dei modos?

Puxei o braço da morena e as mandei para trás de mim, me colocando como um escudo entre eles.

— Sabe... da última vez que te vi, pensei que estivesse sido bem claro. Eu queria a cabeça daquele reizinho desgraçado — ele continuou se aproximando, sua arma em mãos. — Não estou vendo nada na sua mão. E o mais estranho ainda é que além de não trazer o que mandei, você ainda está me roubando. Que coisa mais engraçada, não?

Ele balançou a arma em nossa direção com uma risada forçada e então fechou a cara.

— Se explique.

— Estou levando elas para tomar um ar.

— Hmmm — ele sorriu falso. — Que gentil da sua parte.

— Sou um cavalheiro — sorri carismático.

Ele bufou e apontou a arma na minha direção.

— Entre. Agora.

— Hmmm... Acho que não será possível — sorri de novo, mas de nervoso.

— Como é que é?

Olhei para trás e elas ainda estavam lá.

Que parte do se alguma coisa acontecer, corram, elas não entenderam??

— Você não pode continuar mantendo-as assim. Olhe para elas — falei sério pela primeira vez. — Elas estão fracas. Chega disso.

— Se você virar as costas para mim, você morre.

Trinquei o maxilar.

— Se renda e eu finjo que isso aqui foi um mal-entendido. Se renda e você vive. Se tentar fugir, você morre. Ou melhor, se conseguir fugir quem morre será a pobre Amy, é isso que você quer?

— Me certifiquei que não saiba onde ela está. Não pode mais me chantagear.

Ele me olhou furioso.

— Então você vai morrer e ponto final.

Olhei para trás e vi as duas. Tão fracas, se elas vivessem pelo menos...

Ele entendeu o que se passava na minha cabeça.

— Está mesmo levando isso a sério? Você morreria por essas duas? — Ele disse com enojado. — Por que faria isso?

Ri quando me lembrei de um filme, abri meu maior sorriso pra dizer.

— Porque isso é coisa de herói — disse simpaticamente antes de dar o sinal: — AGORA!!

Mas nada veio.

Silêncio. Escuridão. Mas vi uns capagangas começaram a aumentar em número atrás de meu pai.

— Hahahaha — ri nervoso. — Hora errada.

Merda, cadê o Maluco do Aspen?

— Quê???

— Ham? Eu tava zoando, vou me render sim, você só tem que esperar um...

E aí o portão principal explodiu.

Sua Querida Para Sempre - America e MaxonOnde histórias criam vida. Descubra agora