Sua Querida Para Sempre - America e Maxon

75. Impossível definir um nome para tal capítulo

America on

Horas e horas já tinham se passado e nada deles chegarem.

Tentei motivar Maxon a comer alguma coisa, mas nada que eu dissera fazia efeito. Ele continuou naquela posição de estagnação e dor, olhando para porta a cada mínimo som, esperando que fosse ela — Amberly.

Abaixei a cabeça me sentindo impotente.

Lucy se aproximou a me abraçou de lado, ficamos de mãos dadas torcendo em silêncio para tudo ficar bem. Estávamos sem nos dirigir uma palavra, até que ela disse:

— Eu ia te contar sabe...

Olhei para aliança de noivado na mão dela.

Era muito bonita.

— Não liga para isso... — falei.

— Ele me pediu em casamento uma noite antes de ir...

Arregalei os olhos surpresa.

— É... — ela abriu um sorriso meio triste. — Não deu muito tempo pra nada... mas eu ia te contar. E quando ele voltar espero que façamos alguma coisa, um jantar para comemorar com todos vocês, não sei...

Apertei a mão dela a reconfortando.

— Ele vai voltar — consolei.

Ela apenas assentiu e deitou a cabeça no meu ombro.

Então a porta se abriu.

E eles entraram.

Nos levantamos num pulo.

Aspen carregava a rainha no colo de um lado e do outro Miller ajudava Celeste, com o braço envolta da cintura dela e ela com o braço pelo ombro dele.

Maxon correu e pegou sua mãe a abraçando e chorando. Em meio a lágrimas ele se afastou e ficou a olhando como se não acreditasse que aquilo era real. Ele pegou a mão dela e beijou chorando muito. Ela o abraçou.

— Filho, meu filho — ela chorou, mas ele colocou a cabeça dela em seu ombro acariciando sua cabeça.

Amberly estava de se partir o coração, estava tão suja e magra, com ossos do ombro e braços mais proeminentes que nunca. Maxon a abraçava cuidadoso, como se tivesse medo de que ela se partisse se ele apertasse forte demais.

Percebi que estava prendendo a respiração.

Levei as mãos ao rosto e soltei a respiração enquanto olhava a cena.

Lucy correu para Aspen e pulou no colo dele, entrelaçando as pernas ao redor dele sem nem se importar com a plateia. Ele a abraçou ainda a segurando no colo e ela chorou. Ele mergulhou o rosto no pescoço dela e fechou os olhos como se ela tivesse cheiro de casa para ele.

Celeste olhou os dois de um jeito que não entendi, mas não quis nem saber, corri na direção dela e a abracei. Os braços dela ficaram lá caídos sem reação por um instante, mas depois ela me abraçou de leve, um pouco mais forte e depois mais forte ainda e começou a chorar de um jeito que eu só a tinha visto fazer uma única vez.

— Você tá viva — disse limpando uma lágrima quando me afastei para ver olhar o rosto dela melhor.

— Ou quase isso — ela fez piada olhando para si mesma.

Era verdade que ela estava quase irreconhecível.

Muito suja, magra demais e com roupas sujas, rasgadas e velhas, mas quem ligava para isso? Ela estava viva. Ia ficar tudo bem agora.