Capitulo 39

12.9K 760 75
                                    

Amanda

Quando olhei a expressão de fúria nos olhos de Richard, seus músculos estavam enrijecidos com seus punhos fechados e a veia da sua testa quase saltando, rapidamente me afastei e fui para o lado do meu namorado.

- Richard, é um prazer te conhecer, já ouvi falar muito de você.

- Esse é o Alec meu irmão. - quando eu disse isso Richard rapidamente ficou relaxado como se eu tivesse tirado um peso dos seus ombros, ou talvez deva ser por que ele estava com ciúmes.

- vocês são irmãos?

- desde de que ela nasceu, sim. - Alec responde sorridente.

- entendi.

- eu já passei por isso Richard, e esse não é um sentimento saudável. - Alec fala.

- o que? - Richard pergunta meio sem entender.

- Ciúme, não é um sentimento saudável - ele se chega mais perto - mas eu sei como é, se eu estivesse no seu lugar teria as mesmas reações.

Alec nunca foi de ficar calado, ele gosta de deixar as pessoas constrangidas e por incrível que pareça, ele consegue deixar todo mundo constrangido.

- Alec, acho que a Olívia gostaria de te ver depois de tanto tempo, não concorda? - falo.

- Eu sei o que você está fazendo, fui eu que te ensinei isso. - diz ele se referindo ao fato de eu tenta expulsa ele daqui pra ele não atentar mais com a paciência do meu namorado.

- E funcionou? - pergunto fitando-o com a sobrancelha e ele sai sorrindo como sempre.

Meu irmão é aquele tipo de pessoa que sempre está de bom humor, da até vontade de bater nele, ele está sempre sorrindo.

Me sentei na banqueta do balcão e pedi uma soda de limão.

- Não acredito que você estava com ciúmes do meu irmão. - falei sorrindo.

- Eu sei o que você está planejando. - afirmou Richard enquanto me olhava.

- O que eu estou planejando? - joguei um verde pra cima dele.

Ele se calou quando o Barmen chegou com a minha bebida, mas logo em seguida saiu.

- Por que você foge? - Questiona.

Ahh mas eu mato a Olívia!

- Eu...é... Não é que eu fujo, é quee... eu só não gosto de comemorar. - sorri nervosa.

Isso o que eu disse é tecnicamente verdade.

- Amanda - ele pega a minha mão - pode confiar em mim. - diz e acaricia meu rosto.

- A alguns anos minha mãe tinha viajado e ela tinha prometido que voltaria a tempo para o meu aniversário, estava tudo pronto pra festa, mas houve uma tempestade e o avião dela caiu. Ela ficou três dias em coma e eu fiquei todos os dias lá com ela, até que o coração dela parou e ela morreu... Esse é o motivo. - digo entristecida.

- motivo?

- o motivo pelo qual eu fujo. Eu não quero que ninguém se comprometa a nada, não quero que ninguém dê uma festa, porque não quero sentir isso de novo.

- Lindinha, você não pode passar sua vida sumindo no dia do seu aniversário.

Funcionou nos últimos anos!

- pelo menos sempre deu certo.

- É, mas e depois? Você deixa todo mundo preocupado com isso.

Meu Chefe Só Que Não!  Onde histórias criam vida. Descubra agora