Capítulo 56

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Richard

- o que você quer de mim? - Meu irmão chega na loja perguntando.

- Quero suas medidas, o meu alfaiate irá fazer os ternos dos padrinhos e precisa das medidas de pelo menos um deles. - Respondi imóvel porque as minhas medidas estão sendo tiradas.

Christian olhou em volta e se sentou próximo de mim.

- Olha só, por que você já quer achar um terno se ainda não começaram a planejar nada do casamento?

- Eu quero deixar tudo pronto, quando já estiver tudo escolhido eu ligo pra cá e eles começam os trabalho. - Falei e saí de cima daquele negócio que usam pra tirar as medidas.

- Você é chato, sabia? - Meu irmão diz e se levanta tirando a jaqueta.

- E você é infantil. - olhei para ele que me deu língua feito uma criança.

Pelo visto meu irmão cresceu no tamanho, mas não na mentalidade.

- Eu estava super ocupado e você me vem com essa de provar terno.

- É um dos deveres do padrinho. - respondi. - E você é um mentiroso, Elisabeth disse que você estava dormindo.

- Viu, super ocupado. - Ele diz e veste sua jaqueta novamente.

- Vamos embora logo, seu idiota. - Falei apertando a mão do cara que tirou nossas medidas.

Saímos de lá e meu irmão foi caminhando até a lanchonete do outro lado da rua.

- Você vem? - Ele pergunta e eu vou atrás.

Nós sentamos em uma mesa perto da janela e a garçonete trouxe o cardápio.

Depois de alguns minutos ela voltou e perguntou se nós já queríamos pedir.

- Eu vou querer os ovos com bacon, e suco de laranja. - Meu irmão diz e lhe entrega o cardápio.

- Eu vou querer só um café mesmo, obrigada. - falei e lhe entrego o cardápio e ela se retira.

Meu irmão pegou o celular e ficou mexendo, parece até que eu não estou aqui.

Olhei para o lado de fora e tinham algumas pessoas andando com compras, outras tirando foto e a maioria deles estavam com o rosto neutro, mesmo estando com pessoas que aparentemente são próximas.

Bem, eu não posso falar nada já que estou sentado na frente do meu irmão sem falar um "A".

- Eu já te perdoei. - Falei e ele olhou pra mim.

- Pelo que? - Colocou o celular em cima da mesa.

Apenas levantei a sobrancelha e ele entendeu.

- Eu quero te dar uma chance de provar que não mais o mesmo moleque riquinho e mimado de antes, quero te dar a chance de provar que é um homem de verdade. - Falei olhando em seus olhos.

Ele abaixou a cabeça e depois me encarou por um tempo.

- E como vou fazer isso? - ele pergunta se ajeitando no assento.

- Depois você saberá. - Falei em um tom sombrio.

A moça da lanchonete veio e trouxe minha xícara de café junto com o pedido do meu irmão.

Bebi um gole do café e meu celular começou a tocar.

- Pode falar. - Falei assim que atendi, por que eu sei que é a minha secretaria.

- Bom dia, desculpe incomodar o senhor, mas a senhorita Monteiro pediu pra avisá-lo que está marcada uma reunião pra discutir os negócios do banco. - Pensei um pouco sobre as palavras dela.

Meu Chefe Só Que Não!  Onde histórias criam vida. Descubra agora