Capítulo 54

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Amanda

Desci as escadas acompanhada da minha irmã que estava com sua mochila pronta.

Ela parou próximo ao final da escada e calçou seus saltos.

- Tem certeza que vai de salto? Não quer ir com uma bota ou algo mais confortável? - tentei convencê-la mais uma vez.

- Não, estou ótimo, obrigado.

Nós saímos para o lado de fora e ela parou antes mesmo de sair pela porta.

- Se você acha que nós vamos nesse carro aí - ela aponta para o Zenvo - você está muito enganada.

- Qual o problema de ir com ele?

- O problema é que você é um pouco apressada demais e esse carro aí só vai me deixar mais próxima da morte.

- Qual é Liv, deixa de ser chata e vamos logo.

- Nem morta.

- O que você quer que eu faça então?

- Não sei, mas nesse carro eu não vou.

Fechei meus olhos tentando manter a calma com a minha irmã dando um chilique por causa de um carro.

Abri o carro e peguei a minha mochila, entro na casa deixei a chave na mesinha e peguei as chaves do carro dela.

- Vamos no seu. - falei.

- O que?

- você não quer ir no meu, então vamos no seu. - respondi e abri o a porta de trás colocando as minhas coisas e entrei no banco do motorista.

- Eu ainda não estou totalmente satisfeita, mas por hora é o melhor que eu vou consegui. - Ela diz entrando no carro e colocando o cinto.

- ótimo, partiu Boston.

- Você pegou seus documentos?

- Peguei, agora cala a boca e relaxa, se não eu te largo no meio da estrada. - Falei isso e liguei o som do carro onde começou a tocar uma música infantil.

Olhei para Liv e ela deu de ombro.

Peguei meu celular e conectei colocando umas músicas mais adequadas.

Saindo da cidade o trânsito não estava tão ruim e durante o percurso até a divisa da cidade a Liv não reclamou nenhuma vez, ela estava bem mais concentrada no celular, até que chegou a hora que ficou sem rede, foi aí que começou a reclamação sobre as linhas telefônicas e tudo mais.

Depois de um tempo consegui ver um posto de gasolina e parei o carro para "abastecer".

Foi o que eu disse a ela, mas na verdade eu fui na loja de conveniência comprei algumas besteira, uma revista de ações e uma de fofocas, depois disso enchi o tanque do carro e segui o meu caminho.

- O que eu acho engraçado é que eles dizem que a cobertura é em todo lugar, mas pelo visto é uma mentira. - Ela continua reclamando.

- Olivia já chega, pega uma revista e vai ler, por que se você continuar tagarelando sobre linha telefônica eu vou parar esse carro e te tranco na mala.

A minha paciência já está se esgotando com a minha irmã, faz mais de meia hora que ela fala da porcaria da linha telefônica.

- o que você comprou na conveniência?

- Comprei uma revista para pessoas divorciadas e chatas.

- haha, muito engraçado - Ela falou pegando a sacola e tirando a revista de fofocas.

Meu Chefe Só Que Não!  Onde histórias criam vida. Descubra agora