Capítulo 3

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Júnior


   Saio de casa, e entro na minha BMW, e vou em direção a casa da Annabel.
Hoje é o aniversário do puto do Marreta, e ele tá fazendo uma churrascada na laje da casa dele.

Muitos devem tá se perguntando, porque não levou a Lívia e está levando a Annabel?, Não gosto de estar desfilando com a Lívia por aí, e sem contar que lugar de mulher casada é em casa mesmo. Ainda mais Lívia que gosta de fica pagando de simpática pra geral, de sorrisinhos. E quer ficar mostrando o corpo, como se tivesse algo de interessante ali, pra ser visto.

Paro com o carro na porta da Annabel e dou uma buzinada, não demora muito ela abre o portão e sai. A piranha tava gostosa, parece que sempre melhora e sabe me agradar.
Destravei a porta do carro e ela entrou, veio me da um beijo, mas logo desviei, não tem essa de pegação não. Vou lá saber onde estava essa boca antes. Mesmo sabendo todos os passos dela, e avisando q não tem que ficar com outro, não confio nela. Sabe como é piranha né, não pode ver um pau.
Quando estou no morro, ando com poucos seguranças, no máximo uns 5. Deixo uns lá na minha porta, e deixo bem claro pra vigiar todos os passos da Lívia. Dei partida no carro indo em direção a casa do mano.

- Nossa amor, você está cheiroso. – falou chegando perto do meu pescoço, deixando um beijo ali.

- É você gostosa como sempre minha putinha. – Falei apertando a perna dela.

Estacionei o carro, e fui andando em direção ao terraço. Algumas  pessoas já me cumprimentavam, alguns falam só por medo, outros por respeito. Todos aqui sabem que não sou de brincadeira, sou temido e sem pena de ninguém, é o certo pelo certo. Sou dono dessa porra, e as pessoas tem que aprender quem manda, se você for muito simpático, as pessoas esquecem de quem manda.

Avistei meu mano Marreta e fui na direção dele.

- Fala meu mano, meus parabéns seu putão, juízo e muita fé nessa caminhada.- falei dando um aperto de mão.

- Valeu ai meu parceiro, fica a vontade ai. Cadê Lívia?! – falou olhando por trás de mim, procurando ela.

- Mano, lugar de mulher casada e em casa, e tu me conhece muito bem. - respondo com deboche. To nem entendendo, ele sabe como eu sou com a vadia.

- É parceiro, um dia ela vai te fazer falta, ai não adianta lamentar. Puta enquanto você tem dinheiro,  status, ela ta colada contigo.- falou e saiu andando.

Não entendi muito o que ele quis dizer com isso, mais deixa estar.

Sentei no meio da rapaziada, enchi meu copo de cerveja, bati a mão na perna e a Anabel logo sentou, e fiquei conversando.

- Diabão, vou dá um pulinho ali fora com a Sandy pra tirar umas fotos, já já tô de volta. - falou Annabel  beijando meu pescoço.

Todos os manos que era casado estavam com suas mulheres ali, e me fez lembrar um pouco da vadia da Lívia. Depois quê ela veio morar comigo, nunca mais levei ela a lugar nenhum, só fica dentro de casa, não sabe se comportar, quer ficar arrumando briga, e nem gosto que amiga nenhuma dela vai visitá-la. Toda vez q iam era uma briga, sempre querem colocar idéias na cabeça dela, e ela quer vim afrontar. Parece que gosta de levar o dela sempre.

- Voltei amor. - Annabel diz, fazendo eu saí dos meus pensamentos.

- Hum, se liga hein, fica de boa aí.

- Diabão, Sandy me disse que quando estava subindo pra cá, viu Lívia descendo e indo em direção a casa da Roberta.- falou com uma cara de deboche. - Eu não duvido nada, se Roberta está com machos lá pras duas. Você sabe como ela é né. Não sei porque você ainda insisti em ficar com aquelazinha. – disse revirando os olhos

Na hora que Annabel me falou,  meu sangue ferveu, minha mente deu um giro de 360° graus. Já comecei a imaginar muitas coisas. O que essa puta está ganhando em me desafiar? Se acha que vai me passar pra trás, ta muito enganada, vagabunda. Levantei na hora da cadeira, quase derrubando a vadia da Annabel.

- Coé Santana, passa o rádio aí pro vapor que está na segurança lá de casa, e pergunta se viram a Lívia saindo. - falei chegando perto dele, só pra ele ouvir

- Certo patrão. – me olhou meio assustado.

Annabel ficou enchendo minha mente, fazendo eu imaginar um misto de coisas. Mas nem precisa muito, aquela vadia la, eu conheço muito bem. Acha que com aquela cara de santa sonsa me engana.

- Patrão, o Zé disse que viu a Lívia saindo há um tempinho atrás. Mas fica tranquilo, que eu vou dar um pião e ir lá no portão da Roberta só palmear o que ta rolando la.

- Não vai não, quem vai sou eu, vou ensinar essa vagabunda como ela tem que me obedecer. – falei já andando em direção a saída. Ele veio atrás.

- Calma ai patrão, faz isso não, deixa que eu vou, ta ligado que sua imagem na favela já ta meio queimada porque, por conta dos manos que tavam de X9 e tu queimou na praça, sabe que os moradores estão com medo. E morador com medo não é bom, temos que manter eles ao nosso lado pô, deixa que resolvo esse caô ai e fico só palmeando la, ate ela ir pra casa. – Disse e ficou me olhando, ate que esse cuzão não e tão burro assim.

- Já era pra tá lá seu comédia, vou esperar essa puta em casa pra saber até onde ela vai. - falei pegando a chave do meu carro.

Subi aquele morro voado, não via nada na minha frente. Quis nem saber da Annabel, foda-se essa vagabunda. Na minha mente só vinha a Lívia, o que essa desgraçada tá aprontando.

Passei no galpão e peguei um pedaço de fio de energia, hoje essa mulher aprender o que é me obedecer. Não sabe o que espera ela

(...) vejo Lívia deitada no chão e fingindo que está desmaiada, eu nem ligo porque ela é o drama em pessoa. Ainda  acha que sou  otário
Subo, tomo um banho pra tirar o suor e relaxar. Coloco uma roupa bem fresca e saio de casa. Já ta quase escurecendo. Pego minha moto, vou em direção à boca. La pelo menos tenho sossego e não tenho que olhar pra cara dessas cadelas. Mas antes, passo em todas as bocas pra recolher os cadernos de anotação da semana. Vou pra minha sala e aviso o vapor que não quero receber visitas de ninguém.
Batem na porta, mas que caralho falei que não queria ninguém aqui. Mando entrar

- Diabão, Marreta e Santana estão querendo falar contigo -  falou o Binha colocando so o olho pra dentro da porta.

- Pode liberar a entrada deles. - respondi.

Os pau no cú já chegaram cheios de intimidades.

- Manda logo qual é o papo, pois hoje eu tô sem risinhos. - falei grosso.

- Vim te avisar que aquele cara lá da 12 não veio pagar o que ta devendo, dei mais um mês pra ele arrumar o dinheiro. - Santana falou. Minha raiva só aumentou parceiro.

- Um mês?, tu tá maluco parceiro, pode indo lá na casa dele, manda ele se virar. E se ficar de muito papinho avisa ele que quem vai cobrar sou eu. E comigo que o bagulho é bem mais embaixo - falei alterado.

Quê papo é esse irmão os caras emprestam dinheiro, e na hora de cobrar aceitam papinho desses caras, qual foi são bandidos não. Fechei logo a cara. Minha mente já tava pilhada e ainda vem mais essa.

- Cóe diabão, o cara tá desempregado pegou o dinheiro pra comprar remédio pra filha dele que está doente, não foi pra coisa errada não irmão, dá um mês pô. -  Marreta veio se meter no assunto.

-  Até tu Marreta? To nem te entendendo parceiro, foi assim que eu te ensinei?- falei num tom de deboche.  Não pode da moles pra esses caras não, eles confundem.

- Santana, o mano tá certo pô, vai lá e cobra o cara, se ficar de marola, dá a última forma logo. Disse Marreta com uma cara de puto, to nem ai irmão, quem manda nessa porra sou eu, e minha palavra é lei

- Eu gosto assim pô. - falei batendo palmas.

Santana foi cobrar o cara e Marreta saiu junto dele.

Eu acendi um baseado e fiquei com meus pensamentos a milhão. Marreta saiu fora com uma cara nada boa, nem ligo. Meu telefone tocou, já fiquei logo puto. La vem caô.

📱 Ligação on 📱

- Fala ai! Disse já grosso

- Fala ai irmão, tranquilo. Disse o X9 que temos na polícia.

- Irmão o cacete, manda logo o que quer, não tenho tempo pra fica de papo atoa não, ao contrario de você, eu ralo pra ter o meu. – Otário, pensa que só porque me passa informações, e meu mano, ganha pra isso, e muito!

- Ih ta estressado? Seguinte Diabão, ta rolando um papo aqui no comando, que vão montar uma operação pra partir com tudo ai pra pacificar seu morro. Acho bom ficar esperto e se fortalecer se não quiser rodar. – disse meio preocupado. Nem boto fé, quero ver vim me peitar, vão logo se fuder, aqui não é qualquer um não.

-Valeu ai, mas pode vim que aqui o bagulho é sinistro. Nem boto fé que vão ter peito pra partir de mim, bando de frouxo. – já desliguei, não pra Papinho hoje.

📱Fim da ligação 📱

Hoje o dia foi difícil, preciso desestressar, vou chamar a vagabunda da Annabel, já que a vadia da Lívia atrapalhou meus planos pra hoje. Vou em casa tomar um banho, descansar e depois vou curtir meu resto do dia. To numa larica da porra, quem sabe aquela vadia fez uma comida que preste pra janta.

        Diabão se acha o tal né, aí aí 😬

Votem e comentem meninas.

Bjs, Até sexta 😍

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