Capítulo 9

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   Livia
                     
É, eu tentei, relutei,  mas não adiantou, amanhã vou ter que ir o visitar Júnior. Ele vem me ameaçando, deu essa semana como a última chance pra mim ir visitá-lo. E como diz aquele ditado, não quero pagar pra vê.

Fiz as comidas que ele pediu, comprei todos os produtos que ele mandou, deitei e coloquei telefone pra despertar, as 4:00 da manhã eu levantei e fui tomar meu banho, coloquei uma blusa , calça jeans e uma sandália.
As bolsas com as comidas e produtos pessoais já estavam tudo arrumadas.

Peguei minha bolsa com meus documentos e fui pro portão esperar o Binho, vapor de confiança do Júnior. Ele chegou, entrei no carro e seguimos o destino sem trocar uma palavra. Binho parou o carro perto de uma fila imensa.

Lívia - Jesus amado, que fila é essa?! -  digo assustada.

Binho - Essa fila e pra entrar no presídio, vai logo pra não se atrasar e o chefe ficar bolado lá com sua demora. Se adianta ai.

Saí do carro, peguei a bolsas e fui pro final da fila. Confesso que meu coração tá parecendo escola de samba, estou super assustada. Com um medo terrível. Nem sei o que me espera la dentro.

Uma hora depois a fila começou a andar, depois de um tempo chegou na minha vez, entrei e fui pro escaner.
Mandaram eu colocar a bolsa numa mesa e tiraram tudo de dentro, a comida ficou parecendo uma lavagem, de tanto que eles reviraram. Deu ate nojo, mas tirando por quem vai comer, acho é pouco.

Caminhei até um pátio enorme, e avistei o Junior sentado numa mesa na hora meu estômago revirou, lembrei do dia que ele quase me matou. Já comecei a suar frio, um medo, um desespero. Mas mantive a postura pois sei muito bem do que ele é capaz. Caminhei até a mesa onde ele estava, e me sentei. Nem pros lados olhava com medo.

Diabão - Manda quem pode e obedece quem tem juízo. - falou, com tom de deboche. -  Vamos comer, que depois vou te levar pra cela, preciso jogar meu leite fora.

Lívia - Como sempre você com suas escrotisses, nem aqui não muda.

Diabão - Tá se garantindo em quem galinha velha?! - fechou as mãos pra me da um soco. Já arregalei os olhos - Sorte sua, que aqui eu não posso te bater. - Ele abrie a bolsa e tira as bobinas que estavam com as  comida dentro. - Esses filho da puta nos esculacha aqui dentro, mas quando eu sair eles vão ter o deles. - diz, colocando a comida no pote transparente.

Almoçamos, guardei o pote na bolsa, e joguei as bobinas no lixo. Ele levantou e foi caminhando até a cela e eu fui atrás.

Diabão - Tira a roupa! Que hoje você vai sentar pro seu maridão. Vai matar a saudade que você estava da pica do seu macho, sua cadela.

Lívia - Po-  por favor Júnior, não faz isso. - digo chorando.

Diabão - Cala essa sua boca imunda, sua vagabunda. Não tava valente la na rua, querendo fugir, então, agora me mostra sua valentia, mas sentando no pau vadia.

Tirei a roupa, e ele faz o mesmo. Me colocou sentada na cama e ficou em pé na minha frente. Na hora me embrulhou o estômago, nojo é só o que sinto por ele.

Diabão - Chupa essa porra todinha, é engole tudo.- ele diz.

Faço o que ele manda, com aquele nojo, não suporto olhar pra cara desse homem, imagina transar com ele, ainda mais sendo forçada.

Ele me puxou pelos cabelos e me colocou de quatro, e empurrou aquele pau nojento dele em mim, e as lágrimas já escorram pelo meu rosto. Meu Deus que angustia, que sensação de ser um nada, um lixo.

Diabão - Lívia, eu não gosto de fuder nesse silêncio, você sabe disso, mostra pro seu macho que ta gostando e geme bem gostoso pra mim vadia, ou as coisas vão piorar pra você caralho! – falou estocando em mim cada vês mais forte.

Tentei gemer mais o som que saiu foi de choro , por ele está me machucando. Está metendo como se não houvesse o amanhã. Deu um tapa na minha bunda, e puxou meu cabelo ate alcançar meu pescoço e começou a me enforcar, já estava ficando sem ar.

Lívia - Júnior, eu não aguento mais, você ta me machucando, pelo amor de Deus deixa eu ir embora. - suplico pra ele. Chorando, ele me olha com cara de satisfeito com um sorrisinho de deboche.

Diabão - Isso é pra você aprender a me obedecer sua vadia, aprender que quem manda em você sou eu, que não é por que tô aqui, que não to sabendo das coisas, isso é pra vc aprender que quando eu chamar você aqui, e pra vir correndo igual uma cadelinha que você é. - Ele diz isso e me puxa de frente pra ele, ainda segurando meu cabelo com muita força e manda uma soco por dentro do meu estômago.

Não estava conseguindo respirar, ele jogou uma água na minha cara, que nem sei de onde ele tirou, e só piorou pois meio que me afoguei, tentei manter a calma e aos poucos voltei a respirar, ele falando e me xingando sem parar, com a dor nem prestei atenção no que ele falava. So pensava em como sair dali e nunca mais voltar.

Me levantei da cama e minha cabeça girando e  meu corpo está todo doído. Não sei nem como vou conseguir sair la fora.

- Só não faço mais com você, porque aqui tem leis, e não to afim de pegar punição por uma vagabunda como você! Mais se prepare que quando você chegar no morro vai levar o seu. - Meu coração acelerou, meu Deus, outra surra não senhor. - Coloca essa porra de roupa e mete o pé, porque a vontade que eu estou é de deixar você arrebentada. Nem pra me satisfazer direito você serve.

Coloquei minha roupa e prendi meu cabelo. O sinal tocou avisando que a visita acabará em 20min. Não quero nem esperar esse tempo todo. Peguei a bolsa e fui saindo da cela, mais o encosto veio atrás me fazendo parar.

Diabão - Pra onde você ia quando tentou fugir? Me disse com a sombrancelha arqueada.

Lívia - É.. Eu ia pra casa de uma amiga da Roberta. - Digo, olhando pro chão. Deus me livre ele descobrir meus planos de novo.

Diabão - Piranha do jeito que você é, deve ter ido atrás de macho. Mas se fudeu vadia, tá sendo mais vigiada que o BBB. Vai pensando que sou otário, e ia deixar você soltinha. Pode tirar o cavalinho da chuva vadia, porque você não vai se livrar de mim NUNCA!

Cada palavra que ele dizia, me fazia sentir um lixo. Pensei que com essa prisão dele, eu estaria livre, mais me enganei. Estou presa a ele como sempre tive, para todo o sempre!

Diabão - Só mais um aviso, da próxima é sem desenrolo, vai pra vala, porque pra ficar no seu lugar, tem varias querendo. Agora vaza vadia, e vê se semana que vem, você vem mais animadinha, pois preciso fuder com gente, e você mais parece uma boneca.- ele diz é volta pra cela.

  Chego no portão e não vejo Binho. Procuro meu celular e lembro que deixei na bolsa dentro do carro. Procuro e vejo que esta na rua ao lado do presídio, ele tinha me avisado mais esqueci. Graças a Deus to indo pra casa.

Entrei no carro e seguimos viajem. Celular dele tocou, ele respondeu meio nervoso e desligou. Meteu o pé no acelerador, cortando tudo, aquele frio na barriga bateu forte. Vai saber o que aconteceu pra ele ficar assim. Será que era o Junior mandando ele me matar? Ai meu Deus, já me bate um desespero.

Parou o carro duas esquinas antes de chegar na entrada do morro.

Binho - O morro está sendo invadido, não saía daqui pra nada. Tem dois seguranças no carro de trás te vigiando. - ele diz, é saí correndo em direção ao morro.

Tento ligar para Roberta,  só da caixa postal. Nem adianta ligar pro Luan, nessa altura do campeonato ele não vai atender, deve ta na guerra, que Deus proteja eles.

🔥🔥🔥🔥

Juroo que agora Lívia toma jeito 🙌🏾
Não desistem de mim 🤭
Curto e comenta bastante, ainda hoje posto mais um capítulo 💓
   

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