Capítulo 10

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      Taz

  Já tinha uma semana praticamente sem dormir, estava so no planejamento e na correria pra tomar o morro do Alemão. Montei estrategias e selecionei os melhores vapores, e os q tinham melhor capacidade treinados mais intensamente. Pois toda ajuda é bem vinda, quero só os fortes. Apesar de saber q eles estão fracos, nunca é bom facilitar.

Sempre quis aquele morro, queria ele no meu nome. Cheguei a fazer muitos planos, mas tudo no sigilo, o que os outros nao sabem, nao estragam, nesse mundo a gente  tem que ser ligeiro, não sabemos exatamente quem podemos contar ou não como aliado.

Chamei um aliado de outro morro pra me ajudar nessa guerra. Coloquei meus melhores vapores pra comandar os treinos, cada morro entrou com quinze homens pra bater de frente, fora os que são preparados, mas so entram se precisar de reforço.

Traçamos o plano final, e bora meter as caras porque o Alemão vai ser meu!

Dividimos os caras e fomos pro combate, uns vão entrar pelo matagal nos fundos, outros pelas passagens que o X9 ensinou pelos becos laterais. Eu, Lucas, Nandinho meu braço direito e mais alguns vamos pela frente, quero ver a cara de assustados desses otários.

Esperei anoitecer, mas não muito, quero terminar logo, e esse horário ninguem espera uma invasão. Nesse ramo inteligência e estar um passo a frente é tudo! E sem contar que nesse horário as crianças e os moradores já estão dentro de casa.

Paramos o carro meio distantes em um escuro, descemos e ajeitamos as armas e munições, na barreira tinha alguns vapores do Diabão fazendo a contenção, mas estavam tão distraídos que nem nos notaram.

  Fui subindo o morro e metendo bala. Os cara estavam tudo recuando, Marreta deixou esse morro muito fraco, os cara muito a vontade, uns vapor muito novinho, sem experiencia nenhuma pra atirar e muito menos pra invasão. Mas também fiquei sabendo que muitos pularam fora quando Diabão foi preso, aquele la é uma desgraça pra qualquer um.

Quando ouviram os tiros, os fogos já foram lançados avisando nossa chegada, é agora ou nunca, foi aquela correria de gente na rua, alguns moradores se escondendo, e vou te falar tem uma coisa que eu não gosto é que morador seja sacrificado nas invasões ou operações, mas sempre rola isso, uma morte ou bala pedida. Não tem muito o que fazer.

  Meu radio tocou e era um vapor avisando que marreta fugiu pelo matagal, filho da puta, ele deveria saber alguma outra rota de fuga, os caras disseram que nem deu tempo de parar ele, quando viram ele já tava dentro de um carro e saiu feito foguete. Mas logo menos a gente se acerta, eles não tem muitos aliados, então não tem pra onde correr.
(...)

Estava na boca com o Nandinho, quando escuto barulho de tiro e vejo Nandinho caído na porta, olhei pra frente e era o chefe da segurança do Diabão , apontou a arma pra mim, e eu não tive nem tempo de pegar a minha na cintura, olhei mais a frente e os dois seguranças que tava na entrada da boca, estavam caídos também.

Porra nao acredito que nadei tanto pra morrer na praia, tava sem saída, não tinha pra onde correr, e até pegar minha arma, ele atiraria em mim. Já era, minha hora chegou. Fiquei olhando pra ele, ele ate falava umas coisas mas eu não tava nem prestando atenção. So ouvi uma voz atrás dele. "- Adeus Binho, seu otario." quando ele ia virar o cara atirou  na testa do cuzão.

Santana - To na paz, quero trabalhar pra tu, to ligado que você ganhou o morro, e eu quero continuar aqui, quero trabalhar com você, sempre trabalhei pro Diabão, por falta de opção, o cara tinha tantos inimigos que bastava falar que era daqui e geral queria arrancar a nossa cabeça. To na paz real cara, so quero me manter aqui, minha familia é daqui, só quero trabalhar e ser seu aliado.
(...)

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