Capítulo 13

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Júnior

Já tem uns dias que eu tô reparando em dois agentes na minha cola, onde eu vou os caras tão atrás de mim, deve tá querendo pegar algum mole meu.

Hoje o dia começou mal, enquanto estava tomando banho de sol, vieram uns dos agentes me chamar, levantei e fui ao encontro dele, ele me disse que precisava me levar pra uma reunião com advogado, fiquei meio escaldado mais fui.

Chegamos na porta do que parecia ser um quartinho e ele me empurrou, como não estava esperando esse empurrão, cai de joelho no chão,e vi o outro la dentro, tentei levantar pra debater com eles, mais ficaram me empurrando, nisso  vieram os dois agentes e me deram só madeirada, bico na costela, tentei levantar, mais estava sem forças, minha cabeça girando, fui vendo tudo preto, não aguentei e desmaiei.

Acordei na enfermaria, com meu corpo todo doído, meu rosto inchado, não tava aguentando nem me mexer de tanta dor. Meu braço engessado, minha perna imobilizada. O médico veio me explicou que eu fui encontrado na cela caído, que provavelmente eu tinha caído da cama, e como eu dormia na cama de cima, e o chão de concreto puro a queda realmente seria feia. Nem entendi nada, veio algumas lembranças na minha mente, do agente me levando pra uma salinha, mais nem falei nada, não sei qual é do proceder. Mas qual foi, porque fizeram isso?! Será que foi a mando de alguém? To tranquilo, não to procurando treta aqui pra não chamar atenção.

Mais ódio fiquei do Marreta pô, esse filho da puta não agiliza minha fuga, ligo ele diz que está treinando os cara, minha cara chega ferve quando fico sabendo dessas porras. Otário, não é o dele que ta na reta. Mas deixa eu sair, a gente se acerta.

Diabão - Coe doutor, tem como chamar o agente Elias não? Quero da um papo nele - falo devagar, estou sentindo muita dor principalmente no meu rosto, que está inchado e com alguns cortes.

Médico - Não sei se ele vai querer vim aqui não, mas vou passar um radio pra ele. - o médico respondeu.

Não demorou muito vejo Elias entrando na enfermaria.

Diabão - Coe Elias, quem me deixou assim? Quem mandou fazer essa porra mano? To ligado que isso tem dedo de trairagem mano. - digo olhando pra ele, Elias e meu fechamento aqui dentro, falei pra ele que quando eu sair daqui vou dá uma moral pra ele lá fora.

Elias - Po mano, fiquei sabendo quê foi ordem de gente grande aí la de fora, mais nem to ligado em quem seja.

Diabão - Você está encarregado de fazer esse serviço, descobrir essa história, tenta arrumar um celular pra mim, preciso ligar pro Marreta. O meu ta la na cela.

Ele assente e saí, fico pensando em que ponto eu cheguei, preso, perdi o morro, perdi a Lívia, agora levar porrada desses vermes, mas tô ligado naquele ditado, tudo o que plantamos vamos colher. E talvez eu esteja colhendo o que eu venho plantando todos esses anos.

                         🔥🔥🔥🔥🔥

   Taz

Já consegui colocar esse morro do jeito que eu planejei todos esses anos, já está tudo em ordem. Fiz uns contatos essa semana com uns agentes que fecham comigo no presídio, mandei ficar na cola do Diabão, pois alguma ele vai aprontar pra sair de la. Mas ontem eu vi a tal da Lívia que era mulher dele, cara a cara, e mano me subiu uma raiva, uma revolta tão grande do Diabão depois que eu vi a garota cheia de marcas e hematomas que ainda estão sumindo, ela está totalmente acabada.

Assim que cheguei aqui no morro Luan me mostrou uma foto dela , e ela está totalmente destruída uma cara abatida. Eu sou contra bater em mulher, ainda mais deixar elas do jeito que Lívia está. Se eu já sentia ódio pelo Diabão, isso só fez crescer. Além de tudo o cara é covarde.

  Liguei pra um dos agentes e mandei eles darem uma coça no Diabão não pra matar, pois quem vai fazer isso sou eu, mais deixar ele fudido, pra sentir o gosto do próprio veneno.  E assim eles fizeram, me mandaram vídeos e fotos dele todo ferrado.

  Subi na minha moto, liguei e acelerei, da um role pelo morro, passei em enfrente a pracinha e vi que Lívia ainda está lá vendendo seus bolos, parei a moto na calçada, e fui em direção à sua barraquinha.

Taz - Tem quantos bolos aí ainda?

Lívia - 6 bolos de sabores diferentes. - ela responde, olhando no Isopor.

Taz - Vou levar todos, dá pros meus seguranças experimentar. - coloco a mão no bolso e tiro uma nota de 50,00, ela me dá a sacolinha com os bolos e eu entrego o dinheiro a ela, que logo vai pegar o troco.

Taz - Não precisa, coloca na caixinha. - Ela assente, saio dali, subo na minha moto e vou pra casa.

  Comprei os bolos pra ajudar a ela não desistir,  Lívia está se esforçando para mudar, então é preciso de um incentivo. E sem contar que o bagulho é bom pra porra. E se tem algo que eu quero muito, é ver Lívia dando a volta por cima e mostrando pra aquele arrombado do Diabão que ela não precisa dele pra porra nenhuma.

Taz é um fofo 💙
Masss um capítulo pra vocês 😍
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Boa Noite, beijos da Lorenn 💓

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