Eu Não Vou Te Deixar (ShikaTema)

Capítulo 31

Oii meus amores, como vocês estão? Desculpem a demora e não desistam de mim!! Juro que o próximo capítulo não vai demorar tanto assim, ele vai sair em breve.
Eu leio TODOS os comentários de cada capítulo antes de publicar um novo e hoje não consegui resistir e chorei com eles. Quando comecei a escrever essa estória eu estava passando pelo pior momento da minha vida, eu jurava que ninguém iria perder seu tempo lendo o que eu escrevo e olha só, a fic ja tem mais de 10k views!!!! Muito obrigada por lerem, vocês são incríveis, perfeites, eu amo todes vocês! Muito obrigada do fundo de coração ♥️
Espero que gostem e SE CUIDEM!

REN

A cada segundo desde daquele maldito dia eu me lembro do gritos, dos pedidos de socorro não atendidos, as lágrimas rolando do rosto delas, do meu. 

Eu não tinha mais que sete anos quando vi minha mãe morrer em um dos ataques provocados por Gaara enquanto ele ainda era criança. Eu me lembro de cada detalhe daquele dia. Eu e minhas irmãs estávamos brincando na sala, correndo de um lado para o outro e pulando nos móveis já que não podíamos sair para brincar na rua. 

“O filho do Kazekage pode aparecer a qualquer momento” dizia nossa mãe. “Ele é perigoso, é um demônio” disse repetida vezes. Ah, mãe, por que a senhora tinha que estar sempre certa? 

Mamãe prendeu seus cabelos castanhos quase ruivos com umas das canetas que estavam na mesa. Pegou quatro colheres na gaveta atrás de si e as colocou na panela que estava fazendo creme.

—  Quem quer comer? — Ela disse sorrindo e amavelmente como sempre fazia.

— Eu! — Gritamos Sagishi, Hana e eu. 

Até que ouvimos gritos. 

—Abaixem-se! — A mãe gritou.— Cobrem as cabeças! 

Ouvimos uma explosão. 

Sagishi, Hana e eu gritamos com o barulho e nossa mãe tentava esconder o terror para nos acalmar.

Mais gritos. Ouvimos construções desabando. Estavam cada vez mais próximos de nós. 

Até que algo atingiu a parede de nossa casa. Estilhaços de vidros cortavam nossa pele, os escombros caíam e nós tentávamos nos salvar. 

Mais um ataque. A maior parte de casa já se fora, o pó nos cobria. Estava difícil de respirar. Minha mãe gritava por socorro como as outras pessoas. Sagishi chorava a plenos pulmões. Hana não chorava, ela nunca chorava.

Através da poeira podíamos ver um garoto de cabelos ruivos cada vez mais próximo atacando tudo que estava ao seu alcance. 

— Corram! — Gritou mamãe. — Salvem-se!

Eu e minhas irmãs levantamos com dificuldade. 

— Vão! Corram! — Ela gritou mais uma vez.

Ela estava presa nos escombros. Pedimos socorro, pedimos para ajudar a tirar aquilo de cima dela, mas fomos ignorados. Mais um ataque de Gaara e fomos arremessados.

— FILHOS! MEUS FILHOS, NÃO! — Ela berrou. — Me...

Ela se calou e eu soube que já tinha vida no seu corpo. Sagishi estava com a perna machucada e não conseguia andar. Hana estava mais afastada  e desacordada. Eu me levantei zonzo, estava prestes a desmaiar, mas consegui tirar forças não sei de onde para conseguir levantar e arrastá-las para atrás de um edifício. Algum tempo depois, segundo, minutos ou horas depois, o Kazekage chegou e parou o demônio que matou minha mãe.

Ela não foi a única pessoa a morrer naquele dia, eram pessoas demais para deixar sangue nas mãos de um pequeno demônio.

Desde aquele fatídico dia, tudo se tornou uma batalha. Vivemos nas ruas por muitos anos, nos tornamos pedintes, passamos fome, tivemos que roubar para sobreviver e até matar. Só nós dois podemos dizer o quão sofremos, o que tivemos que ver e fazer.