Eu Não Vou Te Deixar (ShikaTema)

Capítulo 32

SHIKAMARU

“Temari, venha com a gente e isso acaba aqui.” Disse Sagishi e isso ficou revirando na minha cabeça durante todo o tempo. De alguma forma ela tinha se libertado e aquele maldito plano para destruir as Cinco Grandes Nações ainda estava de pé e resolveram iniciar com Sunagakure. 

E claro, tinha que começar pela Temari, uma das melhores kunoichis da vila, um dos braços do Kazekage e irmã dele. Sem dúvida, atingi-la, Kankuro ou os cidadãos era o mesmo (ou talvez pior) do que atingir Gaara.

Enquanto Temari lutava sozinha e desarmada contra as duas, da mesma forma que eu e Ino lutamos contra quatro.

Ela não é fraca, nem chega perto disso, ela conseguirá lidar com isso. Afinal, é a Temari. Ela é um furacão, não há nada que não possa lidar, só precisa de tempo para pensar em uma estratégia.

Eu lutava com os homens, eles não eram tão habilidosos assim, mas davam trabalho. Eu estava tendo uma dificuldade de pensar em um plano para prendê-los, conseguir entender como Itsuki, Sagishi, ou como diabos essa mulher se chama, tinha se libertado. Eu precisava saber se tinha mais gente, o que estava acontecendo na vila e se as também  tinham sido invadidas. 

Consegui me distanciar o bastante quando se distraíram com o desmoronamento que as bolas de fogo de um deles causou e a preocupação repentina de ter que desviar das lâminas de vento da Temari. Eu os fiz ficarem em uma posição que suas sombras se alinhassem para que eu pudesse paralisá-los todos os quatro de uma vez. Fiz outro selo e usei a Técnica da Costura pelas Sombras para feri-los o bastante para que não fossem capaz de lutar. Os sangues deles começaram a inundar o chão no mesmo instante que Temari foi atingida na lateral e lançada para fora de casa. 

Fiz os selos para paralisar Sagishi, mas não rápido o bastante para impedir que Temari fosse golpeada na nuca. 

— Não! —  Eu gritei inutilmente.

— Lute com ela! — Ino ordenou. — Eu cuido da Temari, lide com a Sagishi.

O jutsu de paralisia atingiu Sagishi e ela olhou para mim com um sorriso mortífero.

— Deveria ter mostrado esse poder antes, meu bem. — Ela entrou na minha mente e estávamos naquele limbo de novo. — Tarde demais.

Ela se aproximou de mim e tentou tocar meu rosto. Eu agarrei sua mão e ela sorriu. 

— Deveria ter mostrado as presinhas antes de ter partido o coração dela, de ela ter abandonado seu emprego, de ter voltado para casa correndo, de machucar seus amigos. A Ino chorou a noite inteira, sabia? Ficou mal por dias por sua causa. 

—  Não! — Rugi. — Por sua causa! Isso tudo é culpa sua.

— Lágrimas foram derramadas por coisas que saíram da sua boca.— Eu apertei seu braço com ainda mais força.—  Há coisas que não podem ser desfeitas, o mal que você fez para eles é uma dessas coisas. Independente de quem é a culpa, aquele sofrimento existiu. Se seus amigos te perdoaram ou não, não importa porque eles foram feridos. 

Eu a soquei na costela e ela prendeu a respiração por espanto. Consegui desfazer jutsu e ela estava lá, na minha frente, paralisada e com ainda mais ódio.

Usei a Técnica de Estrangulamento pela Sombra e Ino disse enquanto desfazia seu ninjutsu médico usado na Temari:

— Não a mate ainda. Eu não consegui fazer contato com ninguém, de alguma forma a divisão de inteligência não me ouve e o Kazekage também não. —  Ela balançou a cabeça em frustração. — Precisamos tirar as informações dela.

Sagishi começou a lutar ainda mais para desvencilhar do estrangulamento e eu apertei mais.

— Vocês… Todos.. Vão… Pagar… Pelo o… Que FIzeram. —  Ela disse com dificuldade. — Gaara vai morrer... Temari, o Kankuro e... Quem mais se meter no nosso caminho também.