"Baby, let me be your man So I can love you And if you let me be your man Then I'll take care of you, you"
- Let Me Zayn
Tuesday, 24th september 2019
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- Isa, veja este noticiário. - Bia aproxima com o iPad na mão, e leio o que estava presente, num site de notícias. Dizia respeito a um atentado que Mia e Blume Klopp, filhas do grande treinador do Liverpool, e a estilista alemã. A jornalista que fez a redação, citou alguns dos acontecimentos, e diz que ambas encontram-se bem, no hospital local, e o criminoso, preso. O mesmo, já era procurado antes, devido as ameaças que tinha feito.
- Meu Deus, quanta maldade. Este ser não merece nem ser tido como um humano.
- Irá pagar por todo o mal que fez, na cadeia, que é o que ele merece. No hotel de estado, irá ver o sol nascer quadrado, se é que a cela o possibilitará ver um milímetro do céu. Pelo menos agora, ninguém estará inseguro, com ele solto na cidade.
- A pensar que tudo isto ocorria com frequência, por onde vivíamos.
- Deus deu-nos uma nova oportunidade na vida. Conseguimos fazer com que a nossa família, vivesse da melhor forma. Fomos agraciadas!
- E eu ainda estava a desconfiar.
- O importante é que estamos aqui, e a fazer algo que nem imaginamos que gostamos.
- Sonharíamos que iríamos ser atrizes? Não.
- Mas eu não vou negar que queria ser uma Stephanie na vida um dia.
- Você sempre foi a Stephanie. Loucas.
- Louca sou mesmo, só queria ter mais liberdade.
- E é liberdade que ela irá ter agora, neste ensaio.
- Eu não vejo a hora das gravações começarem. Como espero tanto que outubro venha.
- Já está na porta, só que para isso, devemos estar mais preparadas. Ensaios são cruciais.
- Com certeza. - por hoje, iremos ensaiar as cenas dos momentos às idas para à universidade.
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Sigo para à varanda da casa, com o telemóvel na mão. Sento num dos puffs que estava. Diferente de Londres, não há deslocação de vários automóveis. O apartamento situa-se num local calmo, e ideal para que casa pessoa que aprecia a calmaria, viver. Thomas está no treino, que daqui à duas horas, termina. Normalmente, ele não tem treino numa terça, mas hoje foi diferente, já que sexta, não terá.
Uma hora antes, irei para o acompanhar. Abro a rede social que criei um perfil há poucos dias, por insistência da Paula, ao dizer que desta forma, manteríamos mais em contacto. Eu não era adepta de conversas virtuais, mesmo que é o que mais ocorre no quotidiano. Encontro uma mensagem enviada por uma pessoa em que não mantemos uma amizade. Por curiosidade, abro, e vejo a foto do perfil da pessoa. Era o Henry.
Como ele me encontrou? É a primeira pergunta que surge na minha mente. Descarto ao saber que não é difícil encontrar pessoas virtualmente. Foram 4 mensagens enviadas. Li todas. Cada uma, não era curta. Dizia que me tinha procurado antes, mas, não conseguiu como encontrar-me, por mudar de localização. Diz que viu uma mulher parecida comigo, e se estava no Liverpool. Eram várias palavras e frases.
Desligo o aparelho, e o meu coração começa a acelerar. Infelizmente, ele saberia que eu vi as mensagens. Agora sinto-me arrependida por ter criado uma conta.
Mas, eu devo parar de fugir. Quer dizer, no início sim, eu não quis vê-lo mais na minha vida, e tenho que admitir que pelo que fiz, mesmo ao não dizer pessoalmente, que o queria longe, o fez regressar à Londres. Só que, ao descobrir a gravidez, já era tarde. Não tive como contactá-lo. Minha filha poderia ter uma vida melhor, mas teve algo que muitas pessoas que possuem uma extensa conta bancária, não usufruem, que é o amor. Ela sempre teve amor. Mas também não posso dizer que ela não teria ao estar com o seu pai biológico. Henry foi muito amável, fez-me sentir, pelo tempo que estivéssemos juntos, uma mulher realizada. Só penso que, a sua mãe, não amaria a Isabella como neta.
São 24 anos. Não posso esconder mais. Se eu não disser, a minha filha irá descobrir, mais cedo ou mais tarde. O melhor, é saber por mim.
- Mãe. - levo a mão ao peito, após o susto.
- Nossa, Isa, que susto.
- Desculpa. É que estava a chamar por um tempo, e parecia que estava com a cabeça longe. Aliás, não é de hoje que isso acontece. Mãe, porque a senhora está estranha?
- Voltou mais cedo hoje. - tento desconversar, e sigo para dentro do apartamento.
- Por favor, não mude de assunto.
- Filha, não está a acontecer nada, OK? Não precisa preocupar.
- Eu não vou insistir. A senhora não quer dizer, mas se bem que lhe conheço, uma hora ou outra, irá se abrir. Bom, deixe que eu mesma irei buscar o Thomas. - apenas pega a chave, e sai novamente, chateada comigo.
Eu tenho culpa disto. Se eu disser a verdade, ficará pior do que se encontra. Preciso contar tudo. Mentira não é uma solução. Não posso mais viver nisto, e apenas uma única só pessoa, poderia ajudar-me. Só ele pode.
Pego no telemóvel novamente. Escrevo uma mensagem, mas, no momento de enviar, travo. Apago tudo, e jogo o aparelho por cima do sofá. Uma hora eu digo que tenho que deixar de lado, o que aconteceu no passado, e agir como uma mulher madura, mas, um outra hora, relembro de todo o amor que tivemos, tudo acabou. Não. Tudo não acabou. Ainda continuo a amá-lo, só que, fui magoada. A mágoa é um sentimento tão horrível, ainda mais se for provocada por uma pessoa que amas e confias.
Devo pensar na Isabella. E se fosse eu no seu lugar? Será que iria querer que escondesse algo tão importante? Com certeza não. Toda mãe, deve ser empática. Acredito que o Henry, casoue teve filhos, mas também iria querer saber da existência da filha, e do neto, que é totalmente parecido com ele. Eu tenho que mudar isto. Não posso deixar com que ele perca mais tempo da vida da filha.
Somos duas pessoas, que sofreram juntos. Se ele procurou-me, é porque nunca também me esqueceu. Nós tivemos uma história, mesmo que não foi longo, só que, deu fruto, que para sempre manterá-nos com laços.
Fernanda, não deixe mais tempo passar. Aja.
É isto. Não posso perder mais tempo. Eu sentirei-me preparada, e conversaremos pessoalmente.
