"Vivo per lei anch'io lo sai E tu non esserne geloso Lei è di tutti quelli che Hanno un bisogno sempre acceso Come uno stereo in camera Di chi è da solo e adesso sa Che è anche per lui, per questo Io vivo per lei"
- Vivo Per Lei Andrea Bocelli ft. Giorgia Todrani
Sunday, 6th october 2019
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Fico encostada na cama, com os papéis a conter as falas das primeiras cenas nas mãos, que irão se iniciar já amanhã. Eu já li várias vezes, mas da mesma forma, ainda continuo a estudar. Não quero esquecer nenhuma palavra sequer. Sempre me mantenho focada quando o assunto é fazer qualquer coisa da melhor forma.
Eu tive que cortar o meu cabelo, a ficar por cima do ombro, para estar de acordo com a aparência da Chloe, que a Anastacia Green, retratava nos livros. Bianca mudou o tom do seu cabelo, para mais escuro. Temos de estar a rigor, como também os outros atores, que até tiveram que ensaiar novos sotaques, devido a certos personagens que são estrangeiros, e surgirão na série, durante o início das aulas na universidade.
Confesso que até gostei do corte. Agora o tempo será reduzido para me arrumar, a qualquer ocasião. Ter um cabelo mais curto, requer menos tempo.
Thomas está neste momento, na casa dos pais do Jordan. O mesmo veio buscá-lo, juntamente com a Elexa. Hoje, ele não teve treino. Estará de partida para à Praga amanhã à tarde. Convidou também a mim, como a minha mãe, para irmos, mas eu não podia, porque tenho que me preparar para a primeira gravação amanhã, e minha mãe já era notável que também iria negar, sem dizer que, hoje amanheceu diferente. Ficámos as duas na casa, só que tive que prometer que da próxima, iria.
Há alguns minutos atrás, eu estive na videochamada com a Bia. Estávamos a ensaiar. Nós seremos as primeiras a gravar, em que o cenário será no quarto da Chloe, e a Stephanie irá contar-lhe que começou a namorar com o Noah.
Decido ir alimentar-me, mas a minha mãe entra no quarto.
- Filha, não está ocupada?
- Não. Tirei um tempo agora.
- Podemos conversar?
- Claro. Só espero que agora, a senhora possa conseguir falar.
- Eu não posso esperar mais tempo. Já deixei ir demais.
- Mas o que deixou ir demais? Está a me esconder alguma coisa?
- Na verdade, escondi de todo mundo, durante todo este tempo.
- Este tempo equivale a...
- A sua idade.
- A minha idade? O que de grave escondeu por 24 anos? Não, porque, se for durante todo este tempo, é porque é muito sério. Eu não quero saber agora o motivo que levou para não dizer, só quero saber o que é.
- Filha, eu só quero que, após eu dizer tudo, que você possa me perdoar. - lágrimas começam a descer pela sua face.
- Eu não irei perdoar, se não souber de nada.
- Tem de estar calma.
- Mas eu estou calma, é a senhora que não está.
- Só me perdoa.
- O que é mãe? - já tinha ficado sem paciência.
- Você não é filha do seu pai. Não aquele que sempre achou que fosse, o Emanuel. Você é filha de um outro homem. - diz logo.
- O quê? - pergunto incrédula, sem acreditar no que eu ouvi. Como assim eu não sou filha do meu pai? - Mas que palhaçada é essa?
- Não é palhaçada, é a verdade.
- O meu pai sabia disso?
- Sim, ele sempre soube. Eu nunca o escondi. Estive grávida antes do nosso casamento, e ele se responsabilizou por você. Eu sempre irei o agradecer por isso.
- Eu não estou a acreditar nisso. Como a senhora pode ter escondido isto de mim?
- Eu não tive escolha, filha. Fui atrás do seu pai biológico, mas...
- Não importa se foi atrás ou não, você teve escolha sim, em questão de me dizer a verdade. Porque só agora vai revelar tudo isso? - eu também já começava a chorar.
- Filha, deixa-me explicar... - tenta tocar-me, e eu afasto.
- Não me toque. - fiz a primeira coisa que veio na minha mente. Saí logo do quarto, e também da casa. Desci pela escada até o térreo, e corri para fora do prédio. Mas parei no momento. Coloquei ambas as minhas mãos na cabeça. Estava atordoada. Por 24 anos, pensei que cresci com o meu pai biológico. Sento no chão da calçada.
Eu precisava ligar para alguém. Trouxe o meu telemóvel juntamente comigo. Liguei a primeira pessoa que estava no histórico da minha chamada. Jordan. No primeiro toque, ele atendeu.
- Isa...
- Jordan, eu preciso de ti. Venha agora.
Fui bem breve na ligação. Não era preciso dizer muita coisa. A minha voz, dizia tudo. Não demorou para ele estar à frente do prédio. Eu apenas ouvi o som do motor, e só percebi que era ele, quando aproximou de mim. Ficou abaixado ao meu lado, e não disse nada. Eu não queria dizer nada, só queria sair daqui. Ajudou-me a levantar, e levou-me até o carro. Eu estava apenas de pijama, mas pouco importava-se com isto.
Enquanto o automóvel estava em movimento, mantivemos em silêncio. O único som que podia ouvir-se, eram os meus soluços. Jordan pegou na minha mão esquerda, com a que não usava no volante, e apertou-se. Sentia seguro apenas com aquele aperto.
- Jordan, eu posso abraçar-te? - perguntei-o, quando ele trouxe-me para à sua casa. Ele entrelaçou os braços na minha cintura, e eu abracei-o, a encostar a minha cabeça no seu ombro. Sentia um conforto. Se pudesse, ficaria naquele abraço para sempre.
Até o momento ele não me tinha perguntado nada, e vi que não estava preocupado para saber o que se passava comigo, mas em ver o meu estado emocional melhor. Enxugou as minhas lágrimas quando me afastei.
- Se precisares de qualquer coisa, eu estou aqui contigo. - ao ouvir isto, foquei no seu olhar, especificamente nos oculares verdes. Mais uma vez, eu não pensei muito. Cheguei mais perto, levei as minhas mãos nas laterais do sua face, e beijei-o. Posso estar a ser impulsiva, só que no momento, a minha mente não raciocinava com razão. Posso arrepender-me depois, mas não pensava nisto. Só quis viver o momento.
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Ocorreu o primeiro beijo! E como será que ficará a situação entre a Isa e sua mãe?