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- Vocês vão mesmo? – Mamãe pergunta deitada ao meu lado em minha cama.

- Sim – Sorrio animada – Conseguimos convencer a mãe da Lori hoje.

- E você que vai dirigindo?

- Isso – Suspiro já cansada, vamos comemorar nosso aniversário esse ano indo à Nova York, era para ser Miami, mas não compensou por ser bem mais longe e termos pouco tempo.

- Isso me preocupa – Mamãe suspira e rouba algumas madeixas loiras do rabo de cavalo do seu cabelo – Acha que está bem para dirigir mais de 9 horas?

- Tá tranquilo.

- Você nunca dirigiu tanto tempo assim.

- Eu sei, mas qualquer coisa a gente faz uma parada.

- Tá se sentindo confiante?

- Sim – Ela assente e suspira aliviada.

- E esse menino? David? – Mamãe se interessa, ela ama falar de meninos.

- O que tem ele?

- Eu que te pergunto, faz tempo que as meninas não me falam sobre os garotinhos que você gosta – Minha careta sai de forma natural.

- Nós somos amigos.

- Tem cor nessa amizade? – Minha gargalhada sai alta.

- Tem, mãe – Reviro os olhos levemente animada – Como você e o papai estão?

- Ele está bravinho por eu ter ido na festa sem ele ontem – Mamãe revira os olhos.

- Eu até entendo, ele falou dessa festa o fim de semana todo.

- Tá, mas ele não ia conseguir ir, daí eu ia ter que ficar em casa só por causa dele?

- Vocês parecem adolescentes – Suspiro e mamãe sorri.

- Seu pai que é chato demais.

Nossa conversa se estendeu um pouco mais e foi interrompida quando meu celular começou a apitar insistentemente, mamãe me permite atender a chamada de David.

- Posso passar aí hoje? – David pergunta sem nem esperar eu dizer oi.

- Pra que?

- Pra você me ensinar química orgânica, vai ter prova semana que vem.

- Vai? – Levanto e encaro minha agenda que está em cima da minha mesa – Não anotei nada aqui não.

- Me enganaram então – Ele suspira – Eu já entrei na sua rua, me ensina mesmo assim, por favor?

- Tudo bem, não preparei nada, mas ok, pode vir.

- Era o David? – O sorriso de mamãe é aberto, assinto para ela – Ele está vindo? Vou fazer um jantar então.

- A gente não ia pedir comida?

- Ia, mas agora vou cozinhar.

- Eu só vou ensinar química pra ele, mãe.

- Pensar dá fome, filha – A mulher levanta animada, consigo escutar seus passos dançantes a caminho da escada – Ele já chegou filha! – A mulher grita, arrumo meu quarto rapidamente e vou até a loira.

- É um prazer conhecê-la, senhora Neompsey.

- Me chame de Joann, e é um prazer conhecer você, David – Mamãe sorri – As meninas falam muito de você.

- Sério? – Ele franze o cenho e me encara, quando chego ao lado da mulher – Vocês são parecidas.

- Como irmãs – Mamãe sorri, puxa o garoto para sair da porta e fecha a mesma – Vai ficar para o jantar?

- Não acho uma boa ideia, Joann, obrigado.

- Deixa disso, vai ficar sim – Minha mãe ignora o leve desconforto do garoto – Seja legal, Amy.

- Claro, mãe – Reviro os olhos e observo a loira indo até a cozinha, giro meu calcanhar e encaro o moreno a minha frente – Você não sabe nada de nada?

- Eu sei o básico – O garoto falou, assinto e puxo-o para subir até meu quarto comigo – Sua mãe parece legal.

- Ela é.

- Vocês são bem parecidas mesmo.

- Como irmãs – Digo o mesmo que a mais velha e gargalho por isso – É o seguinte, vou dar uma pincelada no básico, só para te lembrar, daí depois a gente continua.

David presta atenção em toda palavra que sai da minha boca, pelo menos parece prestar atenção. Explico a base da matéria de forma rápida, David fazia perguntas idiotas, mas não me importei, mamãe gritou a gente para o jantar uma hora e meia depois, no meio da explicação. Iria terminar a explicação, mas a fome falou mais alto.

- Como está sendo?

- Estamos fazendo progresso – Informo e David assente, ele se senta ao meu lado, minha mãe nos encara.

- O que seus pais fazem?

- Meu pai é deputado – Consigo ver a careta da minha mãe – Minha mãe socialite – Ele ri nasalado – Ela quem organiza as festas beneficentes de Nova York.

- Você não parece gostar muito.

- Prefiro ficar longe – O garoto fala, minha mãe sorri.

- Eu também – Ela segreda – E você pensa em fazer o que?

- Penso em ser produtor musical, mas vou fazer engenharia aeronáutica.

- Gosta de aviões?

- Não muito – Mamãe franze o cenho – É a melhor opção que tenho – A mais velha assente.

- A comida está boa?

- Uma delícia, você tem mãos de fadas – Mamãe ama receber elogios.

- Obrigada – A loira fica vermelha.

- É de família ficar vermelha assim? – Gargalhamos juntas e assentimos, vovó também era assim.

A conversa foi substituída pelo silêncio, nem o barulho dos talheres colidindo com os pratos foi-se ouvido. David me ajudou a arrumar a mesa e a cozinha, mesmo eu negando diversas vezes, mamãe conversou um pouco mais com a gente, mas logo foi para o quarto, conversar com papai. David e eu subimos novamente para o meu quarto.

- Você quer continuar agora ou quer deixar para outro dia? – Encaro as folhas soltas em minha mesa.

- Depois – O garoto sussurra em meu pescoço, sua mão acaricia minha barriga por baixo da blusa – Sua mãe não gosta de políticos? – Sou virada para ele de forma rápida.

- Ela não é muito fã não – Informo e sinto os beijos de David em minha bochecha, maxilar e queixo.

- E o que sua mãe faz? – Agora o beijo é em meu pescoço.

- Ela herdou a empresa do vovô, alguma coisa de publicidade – Minha voz falha por ele chupar de forma lenta minha pele do pescoço.

- E seu pai? – Suas mãos apertam com certa força minha cintura e desce devagar até minha bunda.

- Cirurgião plástico – Arfo atônita agora que ele dá atenção ao outro lado do pescoço.

- Entendi – Ele sussurra e finalmente cola sua boca na minha, sua mão desce para minha coxa e me puxa para cima, abraço-o.

Nossas línguas se tocam, dançam animadas, ele me aperta mais contra seu corpo e deita por cima de mim, na cama, com delicadeza. Sua mão desliza pelo meu corpo, deixando tudo quente demais, propício demais. Mamãe me grita do seu quarto.

- Seu pai quer falar com você – Consigo escutar os passos da mais velha, David sai de cima de mim no modo flash e me puxa para ficar sentada ao seu lado, mamãe entra no quarto – Ele quer falar contigo – Apanho o telefone de sua mão, observo seu sorrisinho e encaro meu pai na tela do Iphone.

Não gostei muito de ser interrompida e minha feição entrega.

Para Sempre Sua, AmyOnde histórias criam vida. Descubra agora