-Qual é o seu problema garota?
A Camila e o Breno estavam na minha frente.
-Você contou pra ela né? Que fofo, mas ainda assim covarde. Eu só quis provar a teoria do seu namorado de que quem anda comigo se torna um traidor, provar que ele prefere esconder da Pilar que ela foi traída, do que esconder isso de você, que é a namorada dele e que se machucaria muito mais.
-Eu ajudei você.
-Eu sei e sou muito grata, mas eu quis falar a verdade pro seu namorado, ser honesta e saber se ele podia ser honesto também. Se ele não te contasse, eu te contaria, mas não sei se você acreditaria.
-Você ia contar outra versão.
-Não ia não. Eu ia dizer a verdade. Como eu disse, ela não merece isso, mas você sim.
-Você entende que eu é que estou magoada agora?
-Sinto muito Camila. Desculpe. Mas o que você acha de estar certa agora? O que acham de não estarem errados sobre mim e de deixar a escola toda acreditar que eu fiz algo que eu não fiz? Agora quando vocês falarem que eu sou uma ladra de namorados pelo menos não vão estar mentindo, apesar de que eu nem cheguei perto de querer pegar o Breno. Vocês poderiam ter tentado abrir os olhos da Pilar para o que realmente aconteceu, mas não fizeram isso. Eu não sei quem é pior, vocês ou o Otávio.
-Você é pior.
-Foram vocês que deixaram as coisas como estavam, eu só fiz o que vocês dizem que eu faço.- Sai de perto deles.
A escola faria uma eliminatória para saber quais os times representariam a escola no campeonato escolar. Eu tinha que estar pronta. Os jogos eliminatórios começariam na próxima semana e eu não via a hora de mostrar o quanto eu tinha aprendido.
-Tá preparada pros jogos?
-Que susto Leo.
-Foi mal, não achei que eu fosse tão silencioso assim.
-Tudo bem. Respondendo a sua pergunta: sim. A Renata vai começar a fazer os testes essa semana pra separar os times, e semana que vem você vai me ver jogar.
-Vou ver a Miranda esportista.
-Não exagera. Sorte a sua que não temos o Karatê aqui, senão você teria que ser campeão de qualquer forma.
-Eu não tenho praticado muito ultimamente. Olha só, quase sem músculos.
-Essa sua tentativa de me impressionar não funciona mais. Eu sei o que você tentou fazer.
-Não tentei fazer nada. É meu charme natural.
-Claro que é. – A Pilar passou perto da nossa mesa, mas não olhou na nossa direção. - E aí? Já esqueceu?
-Eu bem que queria, mas não.
-Você por acaso já tentou falar com ela alguma vez?
-Claro que não. Ela é a Pilar.
-E eu sou a Miranda. Do que você tem medo?
-Ela tem namorado Miranda.
-E daí? Eu não tô pedindo pra você ir lá e se oferecer pra ela. Vira amigo, escuta, conversa.
-Impossível. Ela está sempre com aquele grupinho.
-Concordo. E ela nunca vai estar sozinha a não ser nesse momento. – Ele olhou para ela mexendo no celular sozinha na mesa.
-Eu não consigo fazer isso.
-Claro que consegue.
-O que é que eu vou falar?
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A vilã
Teen FictionToda história tem uma vilã. Certo? As vilãs também têm uma história por trás delas. Talvez não sejam vilãs porque querem, mas porque as pessoas as vejam assim. Sinto muito em dizer, mas essa não é a história de uma mocinha. Pelo menos não é o que a...