Capítulo 32

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-Você pode me emprestar sua bolsa marrom?

-Aonde você vai?

-Vou sair.

-Isso já está claro, Carolina. Eu quero saber para onde você vai.

-Eu ainda não sei.

-Como assim não sabe?

-É uma surpresa.

-Com quem você vai sair?

-Você pode ou não me emprestar a bolsa?

-Só depois que me disser quem é o cara.

-Nem pensar.

-Aposto que é alguém da faculdade, ou o nosso vizinho.

-Preciso da bolsa.

-O vizinho?

Alguém bateu na porta e eu corri pra atender.

-Oi. A Carol tá ai?

-Oi, vizinho. Ela tá sim. Entra.

-Oi.

-Oi. Eu ainda não estou pronta. Você espera mais uns minutinhos?

-Espero sim.

Ela saiu.

-Então, vizinho...

-Meu nome é Tadeu.

-Eu sei, mas é mais legal te chamar assim. Quantos anos você tem?

-Vinte e um.

-É mais velho. O que faz da vida?

-Eu trabalho na área jurídica de uma empresa.

-Legal. Faz faculdade?

-De Direito.

-Quais as suas intenções com a minha amiga?

-Mia, será que dá pra você pegar a bolsa pra mim, por favor?

-Pode pegar.

-Eu quero que você pegue porque eu não sei onde está.

-Estou indo. Fica à vontade vizinho.

Entrei para pegar a bolsa pra ela, mas ela já estava com a bolsa na mão.

-Não me faça passar vergonha.

-E você não me decepcione.

-Não vou decepcionar.

-E me agradeça por ter jogado ele pra você.

-Se você não tivesse feito isso eu o conquistaria.

-Eu sei, mas eu facilitei o trabalho pra você.

-Claro que sim. Você é uma benfeitora.

-Isso foi sarcasmo mocinha?

-Não enche Mia.

-Divirtam-se. Carolina volte para casa antes da meia noite.

-Ela só está brincando.

-Não estou não.

-Está sim. Tchau enxerida.

- Bom passeio.

Eles saíram e quando fechei a porta pude ver que eles estavam de mãos dadas. Será que aquilo estava acontecendo a mais tempo do que eu imaginava? Sentei no sofá pra assistir um filme meloso.

-Oi. Tem alguma coisa pra comer?

-Desculpe, não preparamos nada hoje.

-Tudo bem. Vou pedir uma pizza, você quer?

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