Capítulo 28

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Assim que voltei fui direto pra casa da Bia. Queria ver se o Hugo tinha vindo passar pelo menos o aniversário dele e o Natal junto com a família, já que o ano inteiro ele não tinha vindo para as férias ou feriados e mal mandou notícias.

-Tem alguém em casa?

-Oi Mia. Entra querida.

-Oi tia Débora. A Bia ou o Hugo estão aqui?

-A Bia saiu com o Eduardo e o Hugo já voltou pra Ouro Preto. Ele foi hoje de manhã.

-Ah. Então tudo bem.

-Não quer esperar a Bia?

-Não. Eu mando uma mensagem pra ela. Obrigada tia.

-De nada. Feliz Natal.

-Feliz Natal.

Quando eu estava abrindo a porta para ir embora dei de cara com a Bia.

-Que susto garota.

-Oi Bia.

-Oi Mia. Tá chegando agora?

-Mais ou menos, eu estava indo embora porque sua mãe disse que você não estava aqui.

-Não estava, mas agora estou. Vamos lá pra cima.

Quando a Bia aparecia empolgada assim eu sabia que alguma coisa muito boa tinha acontecido e eu não pude deixar de segui-la pra descobrir o que era. Ela entrou no quarto, me empurrando para a cadeira e trancando a porta.

-Eu preciso te contar uma coisa muito importante.

-Eu imaginei já que você quase me atropelou, se assustou com a minha cara linda e me arrastou aqui pra cima.

-Você tinha alguma coisa pra fazer?

-Não.

-O que você veio fazer aqui?

-Procurar você. Será que dá pra parar de me fazer perguntas e falar logo o que você quer?

-Tá eu falo. Desculpa. É uma coisa que vai mudar a nossa vida.

-Nossa?

-Não. A sua não vai mudar na verdade. Ou vai, porque você pode ficar muito feliz por mim ou com muita inveja por que eu não sou mais virgem.

-O que? Você e o Eduardo transaram?

-Quer gritar mais alto? Claro que eu e o Eduardo transamos, somos namorados à dois anos. O que você esperava?

-Você sabe que ser namorada dele não te obrigava a transar com ele não é?

-Claro que eu sei, mas eu quis, então fizemos.

-Tudo bem.

-E aí? Perguntas?

-Por que eu faria perguntas?

-Porque você quer saber se foi legal, porque você é minha amiga, porque você é curiosa e porque você nunca fez isso.

-Certo. Foi bom pra você?

-Você fez igual ao Eduardo agora.

-Ele te fez essa mesma pergunta?

-Desse mesmo jeitinho na verdade. E a resposta é sim. Doeu um pouco no começo, mas foi ótimo. Não se preocupe é uma dor suportável. Ele foi muito carinhoso e se preocupou bastante com o meu bem estar.

-Isso é importante. Quando foi?

-Depois da nossa formatura.

-No dia?

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