Capitulo 69

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-Hey vocês os dois não se largam nunca, não é?- ouço uma voz conhecida e quebro o nosso contacto. Olho para onde a voz vem e a minha melhor amiga está a vir na minha direção. Saio dos braços do Calum e corro em direção a ela. Quase me arrependo pois as minhas costelas alertam-me com uma dor agonizante, mas não o faço. Abraço-a.

-Então?- pergunto.

-Então o quê?- pergunta ela.

-Estava só a perguntar-te como é que estás. Sabes do tipo: Então, Como estás?

-Pois, tens de ser mais especifica que eu não percebo.

-Pois és burra, o que é que se há de fazer.- digo e rio-me. Ela também se ri.

O Calum vem ao nosso encontro e agarra-me a cintura por trás, pousando em seguida o queixo no meu ombro.

-Ai os pombinhos são tao fofos!- diz ela.

Sorrio apaixonada e olho para a coisa mais fofa do mundo que é o meu namorado. Tenho vontade de lhe beijar, mas controlo-me pois ela está ali.

-Então e o teu babe?- pergunto referindo-me ao namorado dela.

-Sei lá! Veio aqui trazer-me e disse que ia comer e que estava com fome, e depois abandonou-me e trocou-me pela comida.- ela bufa e isso dá-me vontade de rir.

-Eu pensava que eras tu que o trocavas por comida, e não o contrario.- digo em tom de gozo.

-Ah ah ah tu és tao engraçada, tao engraçada que até me esqueci de rir.

-Essa é a cena mais velha do mundo. É mesmo retardada.- digo e reviro os olhos, a rir.

-Eu digo-te a retardada.- dá-me uma galheta na cabeça, que faz com que o meu cabelo vá parar aos olhos.

-MEL!-berro eu.- Olha a minha cabeça!

-Oh desculpa.- diz ela a rir, mas sei que está arrependida.

Reviro os olhos e também me rio, enquanto afago o lugar onde ela me bateu. Sinceramente, esta rapariga é demais. Tira o telemóvel da mala e vejo que toca. Faz um barulho irritante de um piano.

-Que toque mais foleiro.- digo.

Ela deita-me a língua de fora e ignora o meu comentário.

-O Daniel disse que vinha ter connosco agora.

-Diz-lhe para não vir, nós íamos comer alguma cena também.

-Ok. Bora la então.- diz.

Caminhamos durante uns quinze minutos no corredor e viramos uma esquina. A minha melhor amiga como é a pessoa mais inconveniente do mundo, começa a fazer-nos perguntas sobre sexo. Não é que eu não fale disso, só que não costumo ter o meu namorado à minha frente.

-Então e vocês os dois já fizeram.- pergunta ela muito descontraída, como se estivesse a perguntar se temos fome.

O Calum está ao meu lado e olha para mim chocado com a sua pergunta. Ignoro-o e encolho os ombros.

-Sim Melissa, já.- digo simplesmente.

-Então e curtiste?- pergunta ela.

-Mel, que raio? Mas será que não podes parar?- ela ri-se. Adora falar destas coisa para tornar as pessoas desconfortáveis. Reviro os olhos.

-Diz lá!- insiste ela.

-Não vou falar disso.- digo simplesmente. Olho para ele e ele está cabisbaixo e franze o sobrolho à sua conversa.- Calum não lhe ligues.- digo eu.- Ela é meio maluca mesmo.

-Não sou nada.- diz ela. Nos caminhamos um pouco atrás dela.- Eu, como coscuvilheira nata que sou, gosto de saber estas cenas.

Abano a cabeça.- Então e já lhe fizeste um broche!- O Calum engasga-se e tosse com muita força.

-Oh my good, Melissa. Que desbocada!- digo, sentido as faces corarem. Se ela soubesse que nem à menos de quinze minutos nos coiso....

-Qué que foi? Uma pessoa tem de saber destes pormenores.

Volto a abanar a cabeça e reviro os olhos.

-Diz lá se fizeste?- pergunta ela, mais uma vez.

-Oh mel para. Ele está envergonhado.- digo apontando para o Calum. De facto as suas faces tinham adquirido um tom rosado e ele continuava de cabeça em baixo, sem saber o que dizer.

-Estás aqui!- ouvimos a voz de um rapaz.

-Oh babe já chegaste?

-Sim. - beijam-se longamente e só depois ele repara em mim.- Olá.- diz e cumprimenta-me com dois beijinhos. Cumprimenta o Calum com um aperto de mão.- Como é que estás?- pergunta-me ele.

-Já estou mais ou menos boa. Ainda me doem as costelas um bocadinho, mas tirando isso está tudo bem.

-Ainda bem.- diz ele com um sorriso. O Calum já não está tao desconfortável como antes.

-Daniel este é o Calum, o namorado da Ana.- diz a Melissa.

Voltam a apertar as mãos.

-Vamos comer?- digo, pois sinceramente estou esfomeada.

-OK, bora.- diz a Mel. Seguimos os quatro lado a lado. Eu agarrada ao meu borracho e ela agarrada ao borracho dela. Cada um com o seu. O Calum tem a sua mão na minha cintura e a minha está pousada no bolso traseiro das suas calças. Chegamos à cantina e eu dirijo-me para a fila com a Melissa. Os rapazes ficam a conversar um com o outro, sobre essa coisa do futebol e lá se entendem.

-Então já lhe fizeste uma mamada ou não?- ela volta perguntar. Coro em resposta e ela sorri.- É lá a menina Ana é abusada!

-Não sou nada.- digo.

-Então e foi fixe.

-Queres que diga o quê? Foi normal, por amor de deus. A única cena que não gostei foi da parte final.

-É normal. Também não gosto. E quando é que fizeste isso? Não tiverem muito empo, quer dizer ele tem andado em tour e tu na escola e não se têm visto muito...Espera aí!- diz ela e olha-me com um sobrolho franzido.- Vocês não fizeram isso aqui, pois não.

Olho para os dedos e brinco com as mãos.

-Para dizer a verdade não foi aqui. Foi na casa de banho do meu quarto e a minha mãe ia-nos apanhando.

-A sério?- pergunta ela.

-Sim. Tive de arranjar uma desculpa. Apanhei um susto de morte. Pensei mesmo que ela nos ia apanhar.

Ela ri-se.- Não tem piada tá!- digo também a rir-me.- Já sabes como a minha mãe é. Imagina que ela descobria, estava feita. Não é que ela não saiba que eu já, pronto coiso com ele, mas a cena é que ela acha que eu sou tipo, freira ou coisa do género.

Ela goza comigo e eu ameaço-lhe com o punho, dizendo que se ela não se cala, que é bem capaz de levar um murro.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora