-Hey vocês os dois não se largam nunca, não é?- ouço uma voz conhecida e quebro o nosso contacto. Olho para onde a voz vem e a minha melhor amiga está a vir na minha direção. Saio dos braços do Calum e corro em direção a ela. Quase me arrependo pois as minhas costelas alertam-me com uma dor agonizante, mas não o faço. Abraço-a.
-Então?- pergunto.
-Então o quê?- pergunta ela.
-Estava só a perguntar-te como é que estás. Sabes do tipo: Então, Como estás?
-Pois, tens de ser mais especifica que eu não percebo.
-Pois és burra, o que é que se há de fazer.- digo e rio-me. Ela também se ri.
O Calum vem ao nosso encontro e agarra-me a cintura por trás, pousando em seguida o queixo no meu ombro.
-Ai os pombinhos são tao fofos!- diz ela.
Sorrio apaixonada e olho para a coisa mais fofa do mundo que é o meu namorado. Tenho vontade de lhe beijar, mas controlo-me pois ela está ali.
-Então e o teu babe?- pergunto referindo-me ao namorado dela.
-Sei lá! Veio aqui trazer-me e disse que ia comer e que estava com fome, e depois abandonou-me e trocou-me pela comida.- ela bufa e isso dá-me vontade de rir.
-Eu pensava que eras tu que o trocavas por comida, e não o contrario.- digo em tom de gozo.
-Ah ah ah tu és tao engraçada, tao engraçada que até me esqueci de rir.
-Essa é a cena mais velha do mundo. É mesmo retardada.- digo e reviro os olhos, a rir.
-Eu digo-te a retardada.- dá-me uma galheta na cabeça, que faz com que o meu cabelo vá parar aos olhos.
-MEL!-berro eu.- Olha a minha cabeça!
-Oh desculpa.- diz ela a rir, mas sei que está arrependida.
Reviro os olhos e também me rio, enquanto afago o lugar onde ela me bateu. Sinceramente, esta rapariga é demais. Tira o telemóvel da mala e vejo que toca. Faz um barulho irritante de um piano.
-Que toque mais foleiro.- digo.
Ela deita-me a língua de fora e ignora o meu comentário.
-O Daniel disse que vinha ter connosco agora.
-Diz-lhe para não vir, nós íamos comer alguma cena também.
-Ok. Bora la então.- diz.
Caminhamos durante uns quinze minutos no corredor e viramos uma esquina. A minha melhor amiga como é a pessoa mais inconveniente do mundo, começa a fazer-nos perguntas sobre sexo. Não é que eu não fale disso, só que não costumo ter o meu namorado à minha frente.
-Então e vocês os dois já fizeram.- pergunta ela muito descontraída, como se estivesse a perguntar se temos fome.
O Calum está ao meu lado e olha para mim chocado com a sua pergunta. Ignoro-o e encolho os ombros.
-Sim Melissa, já.- digo simplesmente.
-Então e curtiste?- pergunta ela.
-Mel, que raio? Mas será que não podes parar?- ela ri-se. Adora falar destas coisa para tornar as pessoas desconfortáveis. Reviro os olhos.
-Diz lá!- insiste ela.
-Não vou falar disso.- digo simplesmente. Olho para ele e ele está cabisbaixo e franze o sobrolho à sua conversa.- Calum não lhe ligues.- digo eu.- Ela é meio maluca mesmo.
-Não sou nada.- diz ela. Nos caminhamos um pouco atrás dela.- Eu, como coscuvilheira nata que sou, gosto de saber estas cenas.
Abano a cabeça.- Então e já lhe fizeste um broche!- O Calum engasga-se e tosse com muita força.
-Oh my good, Melissa. Que desbocada!- digo, sentido as faces corarem. Se ela soubesse que nem à menos de quinze minutos nos coiso....
-Qué que foi? Uma pessoa tem de saber destes pormenores.
Volto a abanar a cabeça e reviro os olhos.
-Diz lá se fizeste?- pergunta ela, mais uma vez.
-Oh mel para. Ele está envergonhado.- digo apontando para o Calum. De facto as suas faces tinham adquirido um tom rosado e ele continuava de cabeça em baixo, sem saber o que dizer.
-Estás aqui!- ouvimos a voz de um rapaz.
-Oh babe já chegaste?
-Sim. - beijam-se longamente e só depois ele repara em mim.- Olá.- diz e cumprimenta-me com dois beijinhos. Cumprimenta o Calum com um aperto de mão.- Como é que estás?- pergunta-me ele.
-Já estou mais ou menos boa. Ainda me doem as costelas um bocadinho, mas tirando isso está tudo bem.
-Ainda bem.- diz ele com um sorriso. O Calum já não está tao desconfortável como antes.
-Daniel este é o Calum, o namorado da Ana.- diz a Melissa.
Voltam a apertar as mãos.
-Vamos comer?- digo, pois sinceramente estou esfomeada.
-OK, bora.- diz a Mel. Seguimos os quatro lado a lado. Eu agarrada ao meu borracho e ela agarrada ao borracho dela. Cada um com o seu. O Calum tem a sua mão na minha cintura e a minha está pousada no bolso traseiro das suas calças. Chegamos à cantina e eu dirijo-me para a fila com a Melissa. Os rapazes ficam a conversar um com o outro, sobre essa coisa do futebol e lá se entendem.
-Então já lhe fizeste uma mamada ou não?- ela volta perguntar. Coro em resposta e ela sorri.- É lá a menina Ana é abusada!
-Não sou nada.- digo.
-Então e foi fixe.
-Queres que diga o quê? Foi normal, por amor de deus. A única cena que não gostei foi da parte final.
-É normal. Também não gosto. E quando é que fizeste isso? Não tiverem muito empo, quer dizer ele tem andado em tour e tu na escola e não se têm visto muito...Espera aí!- diz ela e olha-me com um sobrolho franzido.- Vocês não fizeram isso aqui, pois não.
Olho para os dedos e brinco com as mãos.
-Para dizer a verdade não foi aqui. Foi na casa de banho do meu quarto e a minha mãe ia-nos apanhando.
-A sério?- pergunta ela.
-Sim. Tive de arranjar uma desculpa. Apanhei um susto de morte. Pensei mesmo que ela nos ia apanhar.
Ela ri-se.- Não tem piada tá!- digo também a rir-me.- Já sabes como a minha mãe é. Imagina que ela descobria, estava feita. Não é que ela não saiba que eu já, pronto coiso com ele, mas a cena é que ela acha que eu sou tipo, freira ou coisa do género.
Ela goza comigo e eu ameaço-lhe com o punho, dizendo que se ela não se cala, que é bem capaz de levar um murro.
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Distance ( Calum Hood fan fic)
Teen FictionComo pode ser possível conheceres alguem que vive a dezassete mil seicentos e cinquenta e seis quilómetros de ti?! Ana é uma estudante de ciencias que vive num país pequeno com apenas dez milhões de habitantes. A sua cidade natal é um desterro já pa...