Capítulo 11

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O meu irmão chegou ao pé de nós. Já estava quase vestido só lhe faltavam os patins.

-Então mãe?-disse ele.

-Então filhote dá cá um beijo á tua mãe.- Ele subiu as escadas das bancadas e deu-lhe um beijo na bochecha, depois apertou a mão do Jé.- Mãe tenho de ir calçar os patins.

-Vá vai lá.

-Ele encaminhou-se para a casinha.

-João com quem vais jogar?-perguntei.

-Com Buliqueime.

-Ok até já então.

Virou costas e foi vestir-se.

Passados vinte minutos o jogo das raparigas acabou. Ganharam por 6-0. Depois de elas jogarem os jogadores da equipa do meu irmão, ele incluído, e os jogadores da equipa adversária entraram em campo. Aqueceram por 15 minutos e o alarme ,que dá a conhecer o início do jogo, soou. Os jogadores reuniram-se todos em linha reta de frente para as bancadas. O árbitro apitou e todos bateram com os sticks no chão duas vezes. Depois as pessoas que estavam no pavilhão bateram palmas. Os jogadores cumprimentaram-se e os capitães decidiram, juntamente com o árbitro, quem ficaria com que campo e ect. (como se faz no futebol).

O jogo começou e foi correndo. Eu e o Calum apoiavamos a equipa do meu irmão, e de cada vez que era quase golo até nos levantavamos e tudo. Passaram vinte minutos e o aviso do intervalo soou.

-Vejo porque é que gostas deste desporto.

-É fixe não é?!

-Sou capaz de ter ficado fã.

-Um dia ensino-te como se joga.

-Teria todo o prazer em ser ensinado por ti.-disse e sorriu-me.

Eu retribui mesmo a tempo da buzina sooar outra vez. Ainda ninguém tinha marcado e o treinador do meu irmão ainda não o tinha posto a jogar. Depois de decorridos quinze minutos de jogo o treinador pôs finalmente o meu irmão a jogar. Ele entrou todo confiante e mal se viu com a bola, seguiu em direção á baliza adversária. Fintou todos os jogadores da outra equipa, rematou e marcou. A multidão elouqueceu. Todos se levantaram e gritaram golo. O Cal abraçou-me e apanhou-me desprevenida por isso a minha única reação foi retribuir.

-Boa rochinhaaaaaa.-gritou alguém que não consegui ver.

-Bora manoooooooo-disse eu.

-É assim mesmo puto.-disse o Cal.

O meu irmão percorreu o campo até ao sítio onde nós nos encontravamos e apontou para a minha mãe e para mim. Fiquei tão feliz e senti-me tão orgulhosa dele naquele momento. Boa Jony assim é que é! Mostra-lhe o que é que vales, pensei. Depois do meu irmão ter marcado os outros jogadores, incluindo o João ( não o meu irmão) marcaram mais três golos. Um deles dedicou-me um golo e o Cal ficou todo ciumento.

-Quem é aquele miúdo?

-Chama-se Ricardo e tem tipo uma paixoneta por mim...nada de mais.-completei pois ele estava com cara de poucos amigos. Ao ouvi-lo a sua má disposição desvaneceu-se um pouco.

-Eu digo-lhe a paixoneta...-disse ele entre dentes.

-Ahahahahahah Calum estás com ciúmes?-disse eu.

-E se estiver!? Ninguém se mete com a minha miúda!- e ao dizê-lo olhou para mim a sorrir, o que só melhorou a minha disposição. A minha miúda, disse ele. Eu sou a sua miúda? Não posso acreditar, pensei, ele disse que eu sou a sua miúda. Estava a dar pulos de contente por dentro e naquele preciso momento senti-me a pessoa mais feliz do mundo. Quando o jogo acabou saímos do pavilhão. A equipa do meu irmão ganhou por 5-2 e quando terminou, esperamos que ele se despacha-se para irmos embora.

-Gostei bué deste dia.-disse-me o Cal.

-Também eu.-disse eu.

-Então queres ir almoçar comigo?

-Ahhhh não sei e posso, deixa-me perguntar á minha mãe.- fui ter com ela visto que ela estava um pouco longe de nós- Mãe posso ir almoçar com o Cal?

-Por mim podes, só tens de me dizer onde vão.

-Cal onde é que vamos?!-disse mais alto para ele ouvir. Entretanto encaminhei-me para onde ele estava para falarmos.

-Esperava que me dissesses onde pois não conheço nada aqui.

-Hum... podiamos ir a Alvor.

-Ok, onde é que isso fica?

-É perto. A minha mãe levanos, não levas mãe?- perguntei num tom de voz mais alto.

-Levo-vos onde?

-A Alvor.

-Sim levo.

Depois do meu irmão se despachar a minha mãe deixou-nos em Alvor.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora