Capitulo 1

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Cresci a ouvir falar de amor mas nunca soube bem o que significa. O que me diziam, é que era um sentimento indescritivel do qual estavas disposto a fazer tudo pela pessoa amada. Nunca acreditei muito nisso até ao dia em que conheci o Calum. Pode parecer estranho eu sei, especialmente porque eu era invisível, e na maior parte das vezes ainda o continuo a ser, que um rapaz como ele se tenha apaixonado por mim. Eu sou desleixada, a maior desarrumada do mundo e não tenho propriamente o corpo de uma super modelo. Digamos que sou um pouco avantajada no abdomén, mas não me preocupo muito com isso, pois adoro-me. Modestia á parte, apesar de ser invisivel para o mundo exterior, eu sou bastante extraordinária. Tenho o cabelo castanho claro, olhos castanhos claros também e até se pode dizer que tenho umas feições bonitas. Adoro cantar e sou uma cantora nata. Apesar das minhas enúmeras tentativas para seguir uma vida no mundo da música, todas elas me sairam falhadas e eu tive de me voltar para a ciência que é a minha segunda paixão. Aspiro ser medicalegista. Sim eu sei o que pensam,"Esta é doida, passa de querer ser cantora, para querer ser médica e ainda por cima de mortos?!" Pois bem o que se passa é o seguinte eu adoro biologia humana e o corpo humano fascina-me. Eu quero ser medicalegista não só porque ia ter o segundo emprego mais fixe do mundo, pelo menos para mim, mas também porque o meu avô materno estava nesse ramo. Infelizmente ele faleceu quando eu era ainda uma criança. Mas voltando ao Calum e a esse sentimento a que chamam amor. Ele é lindo. Tem olhos e cabelo castanho escuro. Aparenta ser asiatico, mas na verdade é australiano e o pai dele não podia ser mais diferente dele, já a mãe é parecida a ele, pois também tem cabelos escuros e olhos escuros. Por falar de pais a minha mãe é excelente, já o meu pai nem por isso. Eu cresci sendo vítima de violênvia doméstica. Basicamente o meu pai agredia a minha mãe pois era e continua a ser um beberrão. Ele é um traste por outras palavras, moramos na mesma cidade mas por vezes levamos meses sem nos falar. É triste pensar que o meu único pai não vale muito. Mas como ninguém é perfeito tenho de viver com isso pois eu também não o sou. Para dizer a verdade houve uma altura da minha vida em que eu me sentia super deprimida, sentia-me mal comigo mesma e houve alturas em que pensei na morte e em como seria o mundo sem mim aqui, até que comecei a cortar-me. Eu sei, eu sei que é uma atitude parva, mas antes de me julgarem ou de partirem com acusações tenho desde já que dizer-vos que já não o fasso. Nos dias seguintes á minha super asneira pensei muito sobre o assunto prometi a mim mesma que não iria deixar que as coisas chegassem outra vez a esse ponto, e mais importante que não ia permitir que nada nem ninguém me fizesse sentir como me senti naquele dia. Antes de conhecer o Calum a minha vida era bastante monótona. Apesar de ter 17 anos e de estar na idade de me divertir e de fazer burrices e doideiras, nunca fui uma pessoa de fazer disparates. Quando saía á noite com o pessoal da turma nunca era muito emocionante. Em geral só houve uma vez em que exageramos e em que alguns beberam demais da conta, incluindo a minha melhor amiga Melissa. Ela é muito pior que eu. É a pessoa mais impulsiva á face da Terra literalmente, pensem na pessoa mais impulsiva que conhecem, ela é mil vezes pior e só pensa nas consequências das ações quando a borrada já está feita. Tem o cabelo escuro e pele clara, tipo Branca de Neve. Obviamente muito mais feia que a Branca e Neve mas isso é outra história ( na verdade ela até é bonitinha eu é que estou sempre a dizer que ela é feia). Nessa noite ela ia dormir á minha casa e nem se preocupou com o que a minha mãe iria dizer. Mas voltando á minha vida aborrecida. Para vocês verem bem o primeiro beijo que dei foi com esta precisa idade. Isto influênciado claro está, pelo facto de eu ser antisocial e por ninguém me querer á exceção de putos de treze anos. Sim eu sou esse tipo de pessoa, por isso mesmo é que fiquei tão espantada por um tipo como o Calum, que pode ter qualquer uma que ele queira nas mãos, me escolher de entre todas as outras a mim. Isto sem contar com o facto de ele viver a dezassete mil seicentos e cinquenta e seis quilómetros de mim. Sim uma boa porção de terra e provavelmente algum oceano, a julgar pela distância, separam-nos. Mas não foi para dizer-vos qual a distância de Portugal á Austrália que estou aqui. Quero contar-vos como conheci o Calum hood, o amor da minha vida.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora