Capítulo 71

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Abro os olhos muito lentamente. Olho em meu redor e ele ainda está a dormir. Está deitado de barriga para cima. Que horas serão? Levanto-me muito devagar e dirijo-me à minha secretária onde está o meu laptop. Ligo-o e espero que carregue. São seis e meia. Verifico os meus e-mails. Tenho um e-mail do manager dos One Direction. Deseja-me as melhoras e diz que em dezembro é provável que tenhamos de ir visita-los à Inglaterra. Alegro-me com a noticia e decido ligar às meninas. Ligo o Skype e faço web com elas.

-Já viram o e-mail?- pergunto-lhes.

-Sim!- diz a Inês.- Não é ótimo? Vamos À Inglaterra!- ele começa a gritar.

-Hey, não faças barulho.- digo- O Calum está a dormir.

-Oh ok.- diz ela em tom de desculpa.

-Temos mesmo de começar a preparar tudo. Eu já tenho algumas musicas escritas.- digo.- Só nos falta o resto.

-Yh, pois temos.- diz a Jú.

-E depois é só ir para a England!!!- diz a Inês.- O meu deus, já estou mesmo a imaginar. Nós as três a dar concertos e a cantar e a ahhhhh oh my good estou tao feliz.- ela volta a gritar.

-Inês!- repreendo-lhe.- O Calum!

Decido por os fones, porque a menina não se cala e não quero acordar aquela coisa preciosa.

-Desculpa.- ela diz, já depois de eu ter os fones postos. Ficamos à conversa por mais um bocado. O Ash aparece por trás da Inês e pergunta-lhe com quem está a falar. Diz-nos olá e como é obvio a Inesinha ignora-nos e desliga a chamada.

-Falamos depois?- digo à Jú.

-Ok.- diz ela com um sorriso.- Vai lá ter com teu rapaz.- diz ela.

-Então e tu?- pergunto. Onde é que está o teu?

-Não faço a mínima. Disse que tinha uma coisa para me dizer e foi-se embora. Estou curiosa. Sabes o que é?- pergunta-me.

-No faço a mínima. Mas deve ser uma coisa boa de certeza.- digo.

-Achas-?!- pergunta ela.

-Claro. Ele adora-te e sei que deve ser uma coisa boa de certeza!

-Ok. Então vai lá ter com o Calpal.

Sorrio de forma apaixonada.

-Até amanha.- digo.

-Até amanha. Olha só mais uma coisa, como é que vamos fazer em relação à rapariga?

-Não faço a mínima. Amanha a gente fala sobre isso, ok?

-Ok.- diz ela e sorri-me.

-Até amanha, Jú.

-Até amanha Ana.- desliga a chamada e eu desligo o computador.

Volto a para a cama e deito-me de lado, virada para ele. Apoio a cabeça na mão e observo o meu menino a dormir, pacificamente. Ele mexe-se e contenho a respiração. Franze o cenho e fica mesmo fofo, quando o faz. Era capaz de ficar a observa-lo durante horas. Ele vira-se de lado e fica virado para mim. Quando o faz, a camisola sobe e expõe a parte de trás das suas costas. Reparo nelas e vejo que tem alguma coisa escura nestas. Franzo o sobrolho e levanto-me. Sento-me e puxo-lhe a camisola para cima, com cuidado para não o acordar. Ele tem hematomas na zona das costelas. Passo a mão nestas e ele estremece, ainda a dormir. Formam-se lágrimas nos meus lhos. Não tinha reparado nelas antes. Tem nodoas negras em toda a extensão lateral do dorso, por causa dos pontapés que aquele bruto a montes lhe deu. Cai-me lagrimas pela cara a baixo e limpo as com as costas da mão. Estou soluçar. Ele abre os olhos e olha para mim em preocupação. Levanta-se e senta-se rapidamente, agarrando-me em seguida.

-O que se passa?- pergunta preocupado.

-As... as tuas costelas.- digo simplesmente entre os soluços.

-Isso não é nada.- tranquiliza-me ele.- São só nodoas negras, nem sequer me doem.

-Mas eles magoaram-te.- continuo a chorar.

-Não magoaram.- garante ele. Ele separa-me do seu abraço e olha-me à distancia. Eles suspira e volta a abraçar-me. Choro até não conseguir chorar mais e o cansaço acomete-me os membros. Deixo-me dormir no seu colo.

*POV Calum*

Deixou-se dormir. Suspiro e deito-me com ela. Aconchego-a no meu peito e beijo-lhe a testa. Observo-a a dormir. Parece pacífica quando o faz, mas sei que não está. O que tenho de dizer, para que ela se certifique de que estou de facto bem? Isso dá-me uma ideia, mas só o posso mostrar quando ela acordar. Fico a observa-la durante horas a fio, até ela abrir os olhos e me sorrir.

-Já estás melhor?- pergunto de forma ternurenta.

Ela acena com a cabeça mas o seu rosto franze-se e ela poe os olhos na zona lateral do meu corpo.

-Eu já disse que estou bem.- digo. Puxo o seu queixo com a mão de maneira a que ela me fite os olhos.

-Mas as tuas costelas estão todas negras.- diz ela com vestígios de lágrimas nos olhos.

-Ana Isabel se não paras de chorar eu juro que... hum... deixo de te fazer surpresas!

Ela ri-se com o meu ataque.

-Assim gosto mais!- digo e sorrio-lhe.- Mas se achas que estou assim tao mal eu sei de uma coisa que me podia animar.- digo com um sorriso perverso no rosto. Ela revira os olhos e ri-se.

-Calum não existes, sabias?

-Hum tenho quase a certeza que estou aqui, mas pronto.

-Ah ah ah, muito engraçadinho.- diz ela e revira os olhos.- Não tens piada!

-Hum então porque é que te ris-te?- digo a rir.

Ela revira os olhos e senta-se em cima dos joelhos.

-Continuo a achar que não tens piada!- diz e deita-me a língua de fora. Sem lhe dar tempo de reagir agarro-a e viro-a, fazendo com que caiamos os dois em cima da cama. Ela está a rir-se e antes de cair soltou um gritinho de colegial. Uma gritinho demasiado fofo para os meus ouvidos. Apresso-me a juntar os nossos lábios de uma forma apaixonada. A minha mão desce pelo seu dorso e a sua vai alojar-se na minha nuca. Suavemente ela puxa-me os cabelos. O beijo é separado quando ambos estamos sem folego. Ela morde-me o lábio inferior e puxa-o levemente. Afasto-me dela e ela sorri-me de forma apaixonada. Eu olho-a nos olhos e o que sinto por ela deixa-me estonteado. Sinto que ela sente o mesmo que eu.

-Eu amo-te tanto...- ela sussurra, espelhando o que eu próprio sinto.

-Eu também te amo...- sussurro-lhe de volta.- Mais do que tudo.

Ela une os nossos lábios e eu apresso-me a corresponder ao seu beijo apaixonado. A minha mão volta a descer e ela puxa-me mais para si. Com a outra mão livre, sinto-a puxar a minha camisola. E vindo do nada um pigarrear faz-se ouvir.

-Mas o que é que os meninos estão a fazer?- ambos olhamos para cima e apressadamente, nos separamos. A senhora Dona Maria do Carmo, ou outro nome para empata fodas interrompe o nosso contacto outra vez. Com medo baixo a cabeça e olho para as mãos. Ambos estamos sentados nos nossos joelhos. Olho de soslaio para a Ana e ela bufa em irritação. Sim, também me sinto assim, mas eu acho melhor não provocarmos a fera. Noa sei, digo eu!

-Já paramos.- diz a Ana, na sua voz irritada e petulante. Até assim a acho extremamente adorável. - De qualquer maneira, contigo a olhar para nós tipo falcão, nunca vamos fazer nada mesmo!- completa entre dentes. O seu comentário faz-me rir, e é a custo que não me rio.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora