Capitulo 62

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*POV Calum*

-ANA?- grito, quando lá ao fundo a vejo ser transportada numa maca. Tenho uma manta sobre os ombros e alguém me estava a observar. Corro na direção dela.

-Por favor, VENHA CÁ!-a bombeira grita.- Menino, está a ouvir-me?

-Ela é a minha namorada, eu tenho de a ver.- grito enquanto corro, não olhando para trás.

-Vai ter que esperar.- diz-me ela.

Corro em direção a ela. Ela aproxima-se numa maca e esta é empurrada por dois bombeiros. Tem uma mascara na cara.

-Ana!- volto a gritar.

Ela avista-me e sorri-me.

-Calum...- diz numa voz fraca quando já estou perto dela.

-Meu amor, eu estava tao preocupado.- digo e lagrimas ameaçam sair dos meus olhos. Estou feliz, e triste, e revoltado. Ainda bem que ela está sã e salva, mas eu juro que quero matar aqueles imbecis.

-Calum...- ela volta a dizer e sorri. Agarra-me no braço com aquele braço que está ensanguentado. Eu dou-lhe a mão e aproximo a minha cara da sua cara. Ela faz-me festas no cabelo. Toco-lhe numa dos zonas do rosto que está magoada. Ela estremece. A revolta acomete-me e ela apercebe-se disso.

-Não é nada, eu já estou bem. Tu estás bem, nós estamos bem...

-Eu tive tanto medo...- sussurro e lagrimas correm na minha cara.

-Shh já passou Calum.- diz e faz-me festas no cabelo.

-Onde está a minha filha?!- alguém grita. É a mãe dela. Vem na nossa direção.

Quando a vê sorri aliviada e depois põe os olhos em cima de mim.

-Tu?! O que é que estás aqui a fazer?- ela berra. Tento afastar-me da Ana, mas a mão dela prende-me o pulso.

-Filha?!- diz ela. A Ana sorri-lhe e tranquiliza-a com o olhar.- Eu tive tanto medo meu amor...-diz com lágrimas nos olhos. A Ana volta a sorrir, tranquilizando-a mais uma vez.

-Desculpem, mas vamos ter que levá-la.- diz o bombeiro que ali se encontra.

Ambos nos afastamos dela.

-Eu vou com vocês.- diz a mãe dela. O paramédico tenta reclamar, mas quando a mãe dela lhe dá um olhar de se não te calas, sou bem capaz de te dar um tiro, ele cala-se e leva a Ana para dentro da maca. A mãe dela fica cá fora e espera. Quando espera, encara-me. Vem na minha direção e esbofeteia-me. A cara arde-me.

-Eu não quero que vejas mais a minha filha, percebeste?- Não sei o que dizer. Estou em estado de choque. Ela entra e consigo ainda vislumbrar a minha menina, deitada naquela maca. Ela sorri-me, provavelmente alheia ao facto de a mãe dela me ter proibido de a ver. Olho para ela com tristeza, e um pequeno sorriso forma-se nos meus lábios. Agora que a tenho de volta, não a tenho realmente. Como é que vou fazer para sobreviver sem ela? A mãe dela tem razão, esta brincadeira quase lhe custou a vida. E se se volta a repetir? E se alguém lhe volta a fazer mal? Não posso permitir! Não posso deixar que alguma coisa lhe aconteça. Acho que o melhor é afastar-me dela. Mas por outro lado, se eu fizer isso será que ela não vai sofrer ainda mais? Da ultima vez que me afastei dela, ela traiu-me. Ela não te traiu seu estupido, tu não namoravas com ela nessa altura, diz-me o meu subconsciente. Sim, mas tecnicamente nós tínhamos uma cena. Eu não a posso deixar sozinha, tenho de a proteger de tudo e só o conseguirei fazer enquanto ela estiver comigo. Estou tão confuso!!! Tenho de falar com ela. Preciso de a ver! Caminho por entre o aparato policial que ali se encontra. Ao longe vejo os meus amigos e elas. O Adam também lá está. Não quero falar com eles agora, preciso de estar sozinho. Dirijo-me a um carro de patrulha e peço ao agente para me levar até ao hotel. Ele assim o faz. Deixa-me à porta do mesmo e entro. Eu não posso estar aqui, digo para mim próprio. Tenho de ver como ela está! Ela precisa de mim mais que tudo. Decido que amanhã irei ter com ela. Subo as escadas até ao meu quarto. Tomo um banho e adormeço.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora