Capítulo 77

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Acordo com a maior enxaqueca da historia das enxaquecas. Esfrego os olhos e enquanto me levanto procuro o meu telemóvel. Encontro-o e verifico que está desligado. Deve ter ficado sem bateria. Parece que o Calum não deixou de me ligar. Ontem à noite fiquei de rastos com tudo aquilo, por isso decidi ignorá-lo o resto da noite. Não consegui dormir muito depois de ter ouvido a voz dela no fundo. Solto um longo suspiro e encaminho-me para a casa de banho. Tomo um banho demorado e pelo caminho lágrimas juntam-se à torrente de água que cai sobre o meu corpo a baixo. Limpo-as e penso para mim própria que será pior se me demorar sobre este assunto. Alguém bate à porta do meu quarto quando acabo de tomar banho. Que timing maravilhoso, penso com ironia.

-Come in!-grito da casa de banho.

-Ana?-ouço a voz de uma das minhas colegas de banda, a Inês.

-Sim?-pergunto ainda na casa de banho. Tenho uma toalha enrolada à volta do corpo e outra na cabeça. Não quero sair lá para fora pois sei que se o fizer elas vão perceber que alguma coisa se passa.

-Nós vamos sair com os rapazes, queres vir?

Não, não quero! Suspiro longamente e ponho as mãos sobre a cara.

-Ok pode ser, deixem-me só vestir.- digo na esperança que elas se vão embora. Não posso deixá-las desconfiadas, penso. Ouço a porta do meu quarto bater e saio cá para fora. Encontro-as sentadas em cima da cama.

-Pensava que tinham saído.- digo.

-Pois querias tu que a gente tivesse saído.- diz a Júlia com censura na voz.

-Podemos saber porque raio é que estás assim?-pergunta a Inês.

Não digo nada e desloco-me até à minha mala de viagem, que está toda desarrumada como sempre. Tiro de lá a minha roupa e volto a entrar na casa de banho.

-Ana podes falar connosco- diz a Jú de forma compreensiva.

-Sim, diz-nos o que é que aquele imbecil te fez que eu juro por tudo que lhe arranco os tomates.- diz a Inês de forma agressiva.

O seu ataque dá-me vontade de rir. Só tu Inês, só tu. Visto a roupa que escolhi e saio cá para fora. Observo-as e elas observam-me.

-Não é nada, asserio.- digo.

-Se não fosse nada não andavas ai a chorar pelos cantos.- diz a rapariga que agora tem madeixas vermelhas na ponta dos cabelos.

-É estupido.- digo e baixo a cabeça.

-Ele fez-te alguma coisa?-pergunta a Jú.

Abano a cabeça em sinal de negação.

-Ele não fez nada, é só que há uma rapariga de quem ele é chegado e...

-Nos já percebemos tudo.- diz a Inês e abraça-me. A Jú segue-lhe o exemplo e eu fico esborrachada neste abraço de grupo.

-Não te preocupes com isso.- diz-me a Inês.- Ele adora-te sabes disso não é?

-Sim...- digo com a cabeça baixa.

-Então pronto!!!!-diz-me ela.- Não tens de te preocupar.

-Sim e se ele tentar alguma coisa a gente mata-o.- diz a Jú.

Sorrio com a tentativa das minhas colegas de banda, de me porem bem disposta.

-O que faria eu sem vocês?-pergunto-lhes.

-Nada, porque nos somos awsome!

Todas nos ri-mos do ataque da Inês.

-Asserio, obrigada.- digo e saímos do quarto.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora