Capítulo 78

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Caminho lado a lado com a pessoa mais irritante do planeta. Só que já não se trata da pessoa mais irritante do planeta, mas a mais adorável. Suspiro interiormente para os meus pensamentos. Olho para as nossas mão entrelaçadas e isso dá-me uma vontade imensa de sorrir. Eu adoro-o tanto e o simples facto de estar chateada com ele deixou-me de rastos. O dia de ontem e de hoje foram simplesmente horríveis. Odeio estar mal com ele e não me sentia assim à muito tempo mesmo. Olho para ele e ele tem o olhar focado no que está à sua frente, mas não demora muito tempo a olhar para mim. Sorrio-lhe e ele franze o sobrolho em desconfiança.

-O que foi?-pergunta ele.

-Nada.- digo e rio-me.

Ele volta a olhar-me com desconfiança e volta a concentrar-se no caminho à sua frente. Sigo o seu exemplo e abraço o seu braço, chegando-me mais para ele. Ele larga-me a mão e coloca o braço por cima do meu pescoço e aperta-me mais para ele. As minhas mão viajam para o seu troco e abraço-o com o sorriso mais pateta do mundo estampado no rosto. Bastão apenas cinco minutos perto dele para os meus desgostos e mágoas se desvanecerem como fumo. Mais uma vez compreendo o que ele significa para mim. Ele é a minha gota de água quando estou no deserto. O meu abrigo num dia de chuva. A minha fortaleza quando tenho medo. A minha segurança para onde quer que olhe. O meu yin e o meu tudo. O meu mais e não existe ninguem como ele. Nunca irá existir! Volto a encarar o seu belo rosto e observo as suas feições bonitas. Como sentia falta do seu abraço e da sua força e do seu calor e dele por inteiro. Encaro o caminho à nossa frente. Lá ao fundo existe uma fonte. Encontramo-nos num daqueles parques típicos ingleses. Ele encaminha-nos para perto da fonte e conduz-nos para um banco de frente para esta. Senta-se e eu sigo seu exemplo, mas ele puxa-me para o seu colo. Abraça o meu tronco com força. Ponho as pernas em cima do banco e abraço o seu pescoço e encosto a minha cabeça à dele. O barulho das nossas respirações mistura-se com o barulho envolvente e pela primeira vez em dois dias sinto-me em paz comigo mesmo. Dou-lhe um beijo na fonte e agradeço mentalmente por ele estar aqui comigo.

-O Adam não disse nada?-pergunto.

-Hum?!-pergunta ele.

-Tu sabes, sobre teres vindo aqui sem mais nem menos.- digo. Continuo agarrada a ele.

-Não foi sem mais nem menos.- diz ele e o seu tom de voz denuncia que alguma coisa lhe preocupa. Afasto-me do abraço o suficiente para puder olhar para os seus olhos.

-O que foi?-pergunto. Ele suspira.

-Ana, porque é que estavas assim?-pergunta ele. Imediatamente a minha cabeça se baixa e deixo de olhá-lo nos olhos.- Por favor diz-me que não é o que eu estou a pensar, porque se for...

Suspiro.

-Eu acho que tu sabes.- digo num sussurro.

-Então isto tudo porque tens ciúmes?-pergunta ele.

Não olho para ele e aceno a cabeça envergonhada da minha atitude.

-Oh Ana.- diz ele e aperta-me mais no seu abraço. Retribuo e instantaneamente os meus olhos enchem-se de lágrimas. Que bebé! Ele apercebe-se que choro e beija-me o rosto de forma carinhosa. Escondo a cara no seu pescoço e ele faz-me festas no cabelo.

-Desculpa.- digo no meio da torrente que escorre agora pelos meus olhos abaixo.

Ele puxa-me do abraço e obriga-me a olhar para os seus olhos, colocando a mão no meu queixo.

-The answer is you, My answer is you

I showed you my everything

You are my everything, because I'm so sure

I should've been more careful, I should've saved you

So you wouldn't get hurt

I've never felt like this before

My head is filled with thoughts of you

Your face, the sound of your laughter

The answer is you

My answer is you

I showed you my everything

You are my everything, because I'm so sure

Don't leave, just let me stay by your side

No matter how much I think about it

Because it's you

Ele canta e olha nos meus olhos ao mesmo tempo. Fazendo com que a torrente não pare e continue. Apercebo-me do que o que ele sente por mim, espelha o que sinto por ele. Consigo ver isso nos seus olhos. Nunca ninguém me tinha olhado assim antes. O seu olhar é tão profundo que me desconcerta. Como pude sentir ciúmes dele? Confio-lhe a vida. Agora percebo que a minha atitude foi irracional. Beijo-o de forma apaixonada e naquele beijo ponho a minha gratidão para com ele. Ambos nos afastamos quando estamos sem folego.

-Obrigada por me escolheres, Calum.- digo e olho nos seus olhos. Ele sorri i.

-Obrigado por me escolheres, Ana.- diz ele, copiando a minha frase. Sorrio e rio ao mesmo tempo. Mais uma vez tenho lagrimas nos olhos, mas desta vez não são de vergonha ou de tristeza. São de alegria, são de realização. Sou a pessoa mais feliz do mundo.- Ai já estás a chorar outra vez?-pergunta ele chateado e limpa-me o vestígio das lágrimas da cara.

-São de alegria, não vês? Tu também não percebes nada!- digo e sorrio á sua preocupação. Olho nos olhos dele.

-Calum?

-Hum?

-Amo-te sabias?

Ele sorri.

-Eu também te amo pequena.- sorrio mas começo a reclamar.

-Eu não sou pequena!

-Hum lamento informar-te, mas és!

-Fuck you Calum Hood.

-Só se for contigo!- diz ele e seu sorriso maroto volta.

Reviro os olhos e a minha expressão apresenta falso choque com a sua perversidade. Sinceramente só pensa nisso. Ele aproxima a cara da minha. Cola os lábios aos meus e retomamos o beijo de ainda à bocado. Mas este tem um toque diferente. Consigo perceber que a conversa lhe despertou o apetite, se é que me entendem. Existe alguma coisa a fazer pressão por baixo do meu rabo que ainda à bocado não estava aqui. Afasto-me dele e olho-o nos olhos.

-Calum!- repreendo.

-O que é?-pergunta ele.

-Estamos num sitio publico!- digo.

-E?! Já não sabes que aqui a besta tem vontade própria.

Reviro os olhos e rio-me. Volto a beija-lo mais uma vez. Não me importo muito com o que os outros possam pensar neste momento. Uma pessoa não é de ferro. Continuo a beijá-lo de forma intensa até que o menino se decide a separar-se de mim. Franzo o sobrolho. Ele mexe-se e tira o telemóvel do bolso.

-Yes?-pergunta ele.

Fogo, maldito telefone. Agora que me estava a divertir. Nossa já pareço o senhor quer sexo a toda a hora a falar. Este rapaz transformou-me num monstro.

-Hum...ok. We're going.- diz ele e desliga. Suspira alto e olha para mim.

-Temos de ir?-pergunto aborrecida.

-Hum...hum.- diz ele também aborrecido.

-Logo agora que coiso.- digo e faço beicinho.

-Anda lá tratamos da tua condição mais logo.- diz ele. Levanto-me e ajudo-o a levantar-se, dando-lhe a mão.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora