Corri para ele e o seu abraço fez-me estremecer. Só eu sabia o quanto queria estar naquele abraço. Ele era, e é, a única pessoa que alguma vez me fez sentir daquela maneira. Depois de me separar com relutancia do abraço ele olhou-me á distância e disse só para que eu ouvisse:
-Já estás a chorar outra vez?
-hum hum...-disse e voltei a encostar a cabeça ao seu tronco.
-Então vieste ver-me?-perguntou-me ele.
Abanei a cabeça em sinal e aprovação.
-Não te podia deixar ir embora assim não é? Especialmente depois de ter visto a tua mensagem.
-Viste?
Afastei-me dos seus braços outra vez.
-Vi.-disse e sorri-lhe.
Ele sorriu-me de volta e sem aviso prévio agarrou-me a cintura e puxou-me para perto dele. Não se importou que estivessemos num lugar público cheio de gente e especialmente com a minha mãe ali.
-Cal...-interrompeu-me com um beijo casto nos lábios.- Tens e para de fazer isso sabes?- sussurrei com a boca colada á dele.
-Hey hey oh tu?!
Viramo-nos os dois. Era a minha mãe.
-Vá deixem-se lá dessas coisas que não tens idade.
Revirei os olhos á minha mãe e sorri para ele.
-Anda vamos.-disse ele.
-Mas vamos onde?- perguntei.
-Vamos para a zona de embarque.
-Mas...- e sem mais nem menos puxou a minha mão e seguimos os dois com a minha mãe na retaguarda.
-Dude Cal brougth us a present. ( meu o Cal trouxe-nos um presente)-disse o Ash.
-Ohh thank you, I know that I'm fabu but you didn't need to call me a present.( ohh obrigado. eu sei que sou fabu, mas não precisavas e me chamar presente)- disse o Cal.
-I wasn't talking about you.( não estava a falar de ti)- respondeu o Ash. Depois deitou-lhe a lingua de fora. Que fofo parecia um bebé- I was talking about miss Ana here.( estava a falar aqui da Ana)
-Hey guys this is my mother.( Hey rapazes esta é a minha mãe)-disse eu e sorri-lhe.
Imediatamente todos se levantaram para a cumprimentar.
-Hi nice to meet you.( prazer em conhecê-la)- disseram os rapazes á vez.
-Hello it's a pleasure.( olá é um prazer também)-disse a minha mãe.
-Mãe eles tão numa banda.- disse baixinho pelo que só ela é que ouviu.
-São famosos?
Acenei com a cabeça e o queixo dela escancarou-se. Fez-me um olhar do tipo filha eu sei que és bonita e tudo mas como é que foste tu encontrar um rapaz famoso? Eu revirei-lhe os olhos. Por amor de deus não era assim tão pouco usual. Ou era? Suspirei. De facto era sim pouco normal mas o que é que se havia de fazer? O Cal chamou-me á parte e nós encaminhamonos para um local não muito longe dali mas vazio.
-Ana quero dar-te uma coisa.- ao dizê-lo parecia ansioso.
-O que é?- perguntei interessada.
-Hum... simboliza o que eu sinto por ti... e enquanto eu estiver longe... quero que sintas que eu estou sempre contigo quando o usares.
-Hum ok... então o que é?- disse aos saltitos.
Ele tirou uma espécie de envelope do bolso. Era azul turquesa, a minha cor favorita. Abri-o e despejou algo na sua mão direita. Depois com a esquerda pegou no pequeno fio que ali se encontrava. Esticou-o e na ponta como pendente estava um pequeno coração de prata com cristais embutidos.
-Quero que saibas que independentemente do que quer que vejas, ou do que quer que ouças que vais ter sempre, mas sempre o meu coração. Este colar é prova disso e quero que nunca te esqueças do quanto eu gosto de ti.
-Cal...- disse nuva voz fraca pela emoção e pelas lágrimas que caíam.- Eu não me esqueço eu prometo.
-Prometes?!- disse ele com cara de muído de cinco anos á espera de um presente. Deixem-me que vos diga que estava adorável.
-Prometo.- e sem aviso lancei-me sobre ele e abracei-o com toda a força que tinha e pus naquele abraço tudo, mas mesmo tudo o que sentia por ele.
Quando chegou a hora dele partir eu não queria que ele fosse. Havia uma janela da qual dava para ver o avião deles. Eu fiquei colada áquela janela até ao último adeus dele, um beijo atirado e um aceno. Caí de joelos no chão com o pensamento de que não sabia como iria viver sem ele.
-Ana ele volta...- disse a minha mãe com a esperança de me animar, mas eu sabia que ela também não estava confiante enquanto a isso.
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Distance ( Calum Hood fan fic)
Novela JuvenilComo pode ser possível conheceres alguem que vive a dezassete mil seicentos e cinquenta e seis quilómetros de ti?! Ana é uma estudante de ciencias que vive num país pequeno com apenas dez milhões de habitantes. A sua cidade natal é um desterro já pa...