Capítulo 12

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Caminhámos por uma subida em direção ao coração da vila. Alvor é uma vila no sul de Portugal. É muito pequena mas é visitada por muitos turistas de vários países. Apesar de ser uma vila tem um movimento de cidade, especialmente no verão onde muitos pessoas escolhem-na para passarem férias. Nós decidimos ir almoçar a uma pizaria famosa em Alvor chamada Lusitânia. Esta pizaria é mesmo ao lado da casa da minha tia. Ela mora lá com o meu tio e com a minha avó materna. Esta minha tia é como uma mãe para mim pois criou-me juntamente com a minha avó, uma vez que a minha mãe sempre trabalhou muito para me sustentar a mim e ao meu irmão. Ela é uma senhora de idade e já sofreu dois AVCs que lhe deixaram um lado do corpo com dificuldades motoras. Não é minha tia de sangue mas é uma das pessoas que mais adoro no mundo. A minha avó mora lá com ela e com o meu tio ( marido da minha tia). Nós almoçamos os dois pizza, visto que estavamos numa pizaria. Depois de almoçarmos eu quis levar-lhe a conhecer a minha família. Fomos á casa da minha tia e bati á porta. Imediatamente a cadela da minha avó começou a ladrar. Chama-se pantufa, sim eu sei nome estúpido mas fui em quem o pûs. Querem o quê? Devia ter os meus oito anos, não me julguem tá! Mas como eu estava a dizer, bati á porta e passado um bocado a minha tia veio abrir.

-Ana és tu.

-Então tia tudo bem?-dei-lhe dois beijinhos- Tia este é o Calum, é um amigo meu.

-Ahh, entra mêe filhe.- disse ela com sotaque alvoreiro.

Ele deu-lhe dois beijinhos.

-Olá, prazer em conheçê-la.-disse ele.

-SABEEELLL- gritou ela- a tua neta tá aqui.

-Anh Laura?- gritou a minha avó e a voz pareceu vir de cima.

Encaminhei-me para as escadas que davam para o segundo andar e disse com sotaque também:

-Ávó sou eu.

-Ana és tu mê filhe.

-Sim sou eu. Queres ajuda?- subi as escadas que davam para o segundo andar.

A minha tinha vivia numa casa com três andares. No rés-do-chão ficava a sala, a cozinha e uma casa-de-banho de serviço. No andar de cima ficavam os quartos e a casa de banho e no último piso ficava a varanda.

-Não eu já vou descer.

-Tá.

*POV Calum*

-Então mê filhe conheces a Ana de onde?

-Hum...conheci-a através do trabalho dela.

-Trabalhas com ela é?

-Não sou um cliente.

-Hum... e então quantos anos tens?

-Tenho 17.

-Ahhh e estudas é?

-Não.

-Mas devias mê filhe, estudar é muito importante.

-Pois...

-Oh tia para lá de importunar o rapaz.-diz ela.

Ela volta para junto de nós. Agradeço a deus mentalemente por trazê-la de volta. Estava a tornar-se demasiado Akward estar ali sozinho com a tia dela a fazer-me todas aquelas perguntas. De certa maneira tenho medo de que as minhas respostas possam não ser suficientes para as espetativas da tia dela. Não quero que a tia dela pense que sou um falhado por ter deixado a escola. Não é preciso ter-se um doutoramento para se ser inteligente. Eu adoro nerdy things, gosto de utilizar a minha intiligência para superar todas as coisas da vida com classe, mas o problema é que em tudo o que lhe toca parece que eu não consigo fazer uso do cérebro que deus me deu. Quando estou com ela sou muito mais impulsivo e não penso como normalmente. Ela tem esse efeito em mim.

-Senta-te.-diz-me ela.

Obedeço ao que me pede e espero. Uma senhora aparece pela porta em que a Ana saiu. Tem o cabelo grisalho e é baixinha. Levanto-me para a comprimentar. Dá-me dois beijos na cara e diz:

-É o têe noivo filha?

-Ahahahah não avó.-cora e eu sorrio.- É um amigo. Chama-se Calum.

-És chinês?

Mas porque raio é que toda a gente me faz essa pergunta? Tento com força não revirar os olhos, pois afinal de contas é uma senhora mais velha e é a avó dela.

-Não avó, ele não é chinês e também não gosta nada que lhe digam isso.

-Ai desculpa mê filhe.

-Não faz mal.- sorrio para ela- eu não me importo.

-Bom eu só vim dizer olá, mas vou-me já embora.

-Vais já, mas tão cedo?- diz a ti dela.

-Tenho de ir tenho coisas para fazer.

-Ahh tá bém mê filhee, então vai com deus. Não queres levar aqui uns pesseguinhes?

-Não é preciso tia acabei agora de comer.

-Mas leva pa má logue.

-Está bém tia eu guardo-os para mais logo.

Saimos da casa da tia dela e dirigimo-nos para a zona dos bares. É uma rua cheia de bares de todos os lados. Há um chamado sports café, outro que está coberto de baneiras e posters de coisas jamaicanas, mais para cima há uma bar chamado jewels e em frente desse há ainda outro bar. Estão todos fechados á exceção dos dois primeiros visto que ainda é de dia. Subimos a rua e viramos á direita em direção a outra rua desta vez com restaurantes. Percorremos a rua em direção a outra rua paralela á que estamos. Onde será que ela me leva? E como que lendo os meus pensamentos diz:

-Vou mostrar-te um sítio onde eu costumava ir em criança. Está cheio de memórias e quero levar-te lá.

-Hum ok. E que sítio é esse?

-É surpresa, quando lá chegarmos vês, mas não falta muito.-tranquiliza-me ela.

Caminhamos por mais cinco minuto e chegamos á rua paralela á que estamos. Viramos á direita e seguimos em frente até chegarmos ao que parece ser um parque infantil.

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora