Seguimos pelo caminho de acesso ao bar. Sentamonos numa mesa e conversamos até nos irmos embora. Saimos do bar eram duas e meia. Eles ficaram a conversar á porta do bar enquanto que nós as duas afastamonos um pouco deles. Eu tinha de me ir embora porque a minha mãe não gostava que eu ficasse até depois das duas e meia na rocha.
-Mel tenho de me ir embora.-disse-lhe eu.
-Anh mas já?
-Já sabes como é que a minha mãe é.
-Ohh fogo agora que eu me tava a divertir, ia dizer-te para lhes convidares para irem conosco ao mixx.
-Ai mel tu és sempre a mesma, mas não dá assério.
-Ok ok.
Estavamos as duas a falar quando o Calum veio ter conosco e nos interrompeu.
-Então meninas para onde vão agora.
-Ela tem de ir para casa porque a mãe dela não gosta que ela fique aqui na rocha até muito tarde.-disse a Melissa.
-Ohhh assério? E como é que vais?-perguntou-me ele.
-Vou a pé.
-Vais a pé sozinha?
-Sim.
-Não queres que eu te leve?
-Ahh não é perciso.
-É sim, e se alguém te viola?-disse a melissa.
-Ninguém me vai violar, não sejas parva.-dou-lhe uma cotovelada no braço.
-Ela tem razão e se te acontece alguma coisa? Nunca me iria perdoar, especialmente porque sei que o poderia evitar.- disse o Calum.
-Ok está bem mães.-disse já irritada e bufei.
Entretanto ele foi ter com os outros para dizer-lhes que me ia levar a casa.
-Vais ficar aqui?-perguntei á Melissa.
-Não sei. O Alexandre não me dá bola e vi o gajo aos beijos com a Patricia.
-Anh assério?
-Sim, depois de te ligar tava a vir embora do mixx e passei pela diagonal e vi-os aos beijos.
-Eishh que cena.
-Yh pois é, homens de merda.
-Enfim.
O calum voltou para junto de nós.
-Melissa eles vão ficar aqui, queres ficar com eles?-perguntou-lhe o Calum.
-Ahh eu?
-Sim tu? Há mais alguma Melissa aqui?
-Não. Ok pode ser acho eu.
-Ok então.-disse-lhe, depois virou-se de costas para nós e falou mais alto porque os outros rapazes estavam longe.-Luke she said yes. (Luke ela disse que si,)
Luke? Será que ele está interessado nela? Havia de ser interessante, pensei. Despediu-se de mim e encaminhou-se para junto deles. Passaram por nós e os rapazes despediram-se de nós. Ficamos parados e vimos eles afastarem-se em direção a outro bar.
-Vamos disse-me o Calum?
-Vamos.-disse-lhe eu com um sorriso.
Começamos a caminhar na direção contrária á deles. Caminhamos ao longo do caminho de acesso á rocha. Era uma descida e caminhamos lado a lado. Seguimos em silêncio e passado um bocado ele falou:
-Então nasceste cá?
-Mais ou menos. Nasci cá em Portimão mas fui criada em Alvor.
-Onde é que isso fica.
-Não fica longe. O meu pai é de lá.
-Hum interessante.
-E ainda vives lá?
-Não vivo cá. O meu pai e a minha mãe estão separados.
-Ahh, mas porquê? Não se davam bem é isso?
-Bem pode ser posto nesses termos.
-Como assim?
-Para dizer a verdade o me pai batia na minha mãe.
-Hum, desculpa eu não sabia.
-Não faz mal, não tens culpa.
*POV Calum*
Porra Cal tens de ser abelhudo? Ainda a vais fazer chorar e não é isso que queres pois não? Sim de facto não é isso que quero.
-Mas isso já foi á muito tempo?-pergunto.
-Sim, já foi á bué.
Ela olha na direção do chão á medida que caminha. Olho para ela e reparo que tem uma lágrima no canto do olho. Boa estupido fizeste-a chorar. Rápido faz alguma coisa. Ponho-me á sua fretne e ela para. Tenta limpar o vestigio das lágrimas, mas eu agarro-lhe no queixo e puxo o seu rosto para cima pelo que a obrigo a olhar-me nos olhos.
-Não quero que chores.-digo.-Não o suporto.
Tudo o que faz é olhar-me nos olhos. Quero conforta-la mas não sei como. Abraço-a e oiço-a chorar. Fasso-lhe festas na cabeça.
-Está tudo bem, já passou.
-Desculpa.-diz-me.-Normalmente eu não costumo ser assim, mas não sei porquê hoje fui-me a baixo.
Afasto-a do abraço e olho-a á distância. Agarro a sua cabeça entre as mãos e examino os seus olhos castanhos. Agarra os meus pulsos e afasta as minhas mãos para limpar a cara.
-Obrigado Cal.-diz-me ela já mais calma.
-Ora essa o prazer foi meu.- digo-o com um sorriso. Quero vê-la feliz.
-Vamos?-pergunto.
Assente com a cabeça e seguimos em frente.
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Distance ( Calum Hood fan fic)
Teen FictionComo pode ser possível conheceres alguem que vive a dezassete mil seicentos e cinquenta e seis quilómetros de ti?! Ana é uma estudante de ciencias que vive num país pequeno com apenas dez milhões de habitantes. A sua cidade natal é um desterro já pa...