Capítulo 49

301 19 4
                                    

Estou deitada em cima do seu peito. Ele tem um braço à minha volta e estou aconchegada nele. Ainda dorme. Devem ser umas três da manhã. Não consigo.dormir. Sinto-me diferente. Num bom sentido, mas diferente. Nunca pensei que a minha primeira vez fosse assim. Claro está que não levava a vida a imaginar como seria, mas tinha uma vaga ideia. Eu pensava sinceramente que a minha primeira vez ia ser muito desconfortável e com trinta, sim vocês já sabem, anti-social(eu). Tinha sido a melhor experiência da minha vida. Julgo que tenha sido pelo facto de ter sido com ele. Ele tem a capacidade de tornar todas as coisas especiais. Até mesmo nos mais pequenos gestos que tem para comigo. Ele consegue fazê-los especiais a todos. Encaro-o com um sorriso pateta. Amo-o tanto. Penso que nem à um ano estava triste porque ele se iria embora, e agora tenha-o aqui e desta maneira. Volto a pousar a cabeça no seu peito e escuto o bater do seu coração. A melodia acalma-me e lentamente fecho os olhos. Vou adormecendo à medida que o seu peito sobe e desce, embalando-me.

...

Os raios solares fazem com que acorde. Continuo em cima dele. Abro e fecho os olhos umas quantas vezes, para me habituar à claridade. Tento levantar-me, mas quando estou quase a fazê-lo ele puxa-me para sim. Caio em cima do seu peito e rio que nem uma colegial.

-Cal!- aviso.

-Hum...-ele diz espreguiçando-se. Isso dá-me uma oportunidade e levanto-me, mas rapidamente ele agarra a minha mão e puxa-me.

-Calum deixa-me levantar!-digo.

-Fica aqui mais um bocado.- diz ele ainda de olhos fechados.

-Não queres comer?

Ao ouvir-me ele abre os olhos. No seu olhar vejo um rapazinho de cinco anos. Rio-me.- És impossível! É só falar em comida e acordas logo.- abano a cabeça e ele puxa-me para si, fazendo-me cair mas uma vez no seu peito.

-Eu não me importo de não comer.- diz ele.

Franzo-lhe o sobro-lho e abano a cabeça, sorrindo em seguida.

-Ok não queres comer, então depois não me peças para cozinhar que eu não cozinho!

Ele pondera a hipótese e depois diz:

-Ok, podes ir mas primeiro eu quero o meu beijo matinal.

Beijo a sua bochecha e afasto-me.- Vá lá, isso nem é um beijo em condições!- faz beicinho.

-Tens de parar de fazer isso!-digo.

-O quê?- ele pergunta confuso.

-Beicinho, tens de parar.

-Então porquê?

-Porque fica adorável e só me apetece saltar para cima de ti!

Ele faz o seu sorriso perverso e volta a fazê-lo. Bato-lhe no braço e fujo. Pego na sua camisa pelo caminho. Corro mas não o ouço atrás de mim, pelo que me dirijo à cozinha nas calmas. Visto a camisa e abotou-o os botões. Entro na cozinha e começo a procurar e a reunir os ingredientes necessários para fazer panquecas. Dirijo-me à minha mala e procuro o meu mp3 e ligo-o para ouvir música.

*POV Calum*

Tenho um sorriso pateta. Ela faz-me tão feliz! Ouço-a cantar e rio. Levanto-me da cama a custo e visto os boxers. Procuro uns calções na mala e visto-os. Sigo até à cozinha. Paro à entrada quando me deparo com a coisa mais adorável da vida. Ela está a cozinhar, descalça e a dançar. Omg que fofura!!!! Ok isto soou gay, mas não interessa. Fico a observa-la por uns segundos e não aguento mais. Dirijo-me até ela e abraço a sua cintura. Ela ri.

-Calum!- diz num tom de aviso.- Assustaste-me!

Rio-me. Pouso o meu queixo no seu ombro e aninho-me neste. Ele encolhe o pescoço e ri-se.- Faz cócegas!

Deposito um beijo no seu pescoço e isso provoca-lhe a mesma reação. Ela ri-se de maneira fofa e continua a fazer o que estava a fazer. Vejo-a colocar massa de panquecas na frigideira e a espalha-la. Depois com uma espátula vira-a. Largo a sua cintura e procuro pratos, copos e talheres. Depois de os encontrar coloco-os na mesa da cozinha. Dirijo-me ao frigorífico e tiro leite e sumo, porque sei que ela não gosta de leite.Coloco-os em cima da mesa. Ela já acabou de cozinhar e pediu-me para levar as panquecas para a mesa. Assim o fiz. Quando me vou para sentar à mesa ouço algo a cair no chão. Isso faz-me desviar os olhos para ela. Ela está em choque. Rapidamente me levanto e vou ao seu encontro preocupado.

-Ana o que se passa!

Ela tem dificuldade em respirar.

-Cccaa..calum...-diz num sussurro agarrando o peito como se não consegui-se respirar.

-O que foi?!-pergunto agarrando os seus braços e examinando-a.

-Temos de ir embora é rápido. Temos de encontrar a Inês!- diz antes de perder as forças. Pego-a ao colo e levo-a para para o sofá. Ajoelho-me para olhar melhor para ela. Está pálida e treme.

-Ana por favor diz-me o que se passa!-peço gentilmente mas desesperado.

Ela respira umas quantas vezes e depois fala.

-Calum deixa as perguntas para depois, por favor!- diz muito aflita- Temos de ir embora!

-Ok.-acabo por ceder.

Reuno as nossas coisas e quando acabo ajudo-a a levantar. Vestimos-nos à pressa e encaminhamo-nos para a saída da casa,

-Vamos de carro cal, é mais rápido.

-Ok.-digo.

Mas por que será que ela quer ir embora assim tão de repente. E por que será que quer ver a Inês!? O que será que ela tem? Ela estava bem não percebo o que se passa. Estou mesmo preocupado. Olho para ela enquanto carrego as nossas malas. Para sair-mos da ilha temos de ir de barco, só quando estivermos em Tavira é que podemos apanhar um táxi.

...

Encaro-a. Ela olha para a janela e vê-se que está nervosa. Desvio o olhar para a estrada e reparo no sinal que nos dá a conhecer que já estamos em Portimão. Vejo-a pegar no telemóvel e ligar a alguém.

-Ok, vamos já aí ter. Para o hospital.- diz ela.

-Sim senhora.- responde o taxista.

Wtf hospital!?

Distance ( Calum Hood fan fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora