No trabalho estava tudo normal e quieto demais: eu não fazia nada além de cuidar dos e-mails do meu chefe, agendar reuniões, viagens e tudo mais que ele pedia. Hoje foi bem tranquilo. Confesso que se respondi 5 e-mails foi muita coisa, até as 16h não tinha nada movimentado e meu expediente acabava as 18h.
~chamada on
Sr Alcino: Mari
— Pois não?
S.a: Vem aqui na minha sala, por favor?
— Claro
~chamada offOk, fudeu muito... Fui rezando a cada passo que eu dava em direção à sala dele para que fosse apenas resolver uma pilha de papelada.
Cheguei na porta, dei duas batidinhas e depois do "entra" eu entrei. O filho dele estava lá, nem sabia o nome mas já sentia uma ponta de raiva fumegando minha cabeça.
— Senta — ordenou o meu chefe com cara de bonzinho. Me sentei em sua frente e o filho dele estava no fundo da sala, totalmente concentrado em nossa conversa, o que me deu mais medo. — Mari, quero te parabenizar pelos seus seis meses de competência, dizer que você foi além do que eu imaginava e que é uma funcionária exemplar! — eu sentia o filho do dono rindo bem baixinho atrás de mim — Te agradeço pela parceiria e por vestir a camisa da empresa.— Eu que agradeço pela experiência que venho ganhando com esses meses trabalhando na AJ — dei um sorriso de cumplicidade e sorriu de volta, com uma cara de que já tinha ouvido isso outras vezes.
— Seu presente deve estar em sua mesa — Ok, eu tenho presente e não broncas?
— não sei o que é, mas muito obrigada — ele levantou e eu também
— mari, esse é meu filho, Gusttavo, já o conheceu?
— não... — Gusttavo levantou e veio em minha direção, ainda rindo sem graça estendeu sua mão e eu apertei, balançando levemente— na verdade, sim, eu a vi entrada — ainda estava segurando minha mão mas logo soltou e se sentou
— é... Vou indo trabalhar, qualquer coisa me chama! Muito obrigada mais uma vez e prazer, Gusttavo!
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Não é um conto de fadas
FanfictionSinopse Marina, 24 anos, irmã do meio e filha de um marceneiro e uma diarista. Aos seus 18 anos foi embora de casa com seu irmão adotivo mais velho, Guilherme, sem dizer adeus. Os costumes patriarcais de sua família os incomodavam a ponto de não co...