Conversa vai, conversa vem e o Gusttavo nunca voltava do banheiro (pra mim ele tinha ido apenas no banheiro).
— Vou indo nessa também, o Gusttavo foi encontrar os amigos dele e eu vou encontrar os meus — seu Alcino se levantou
— Também vamos, né? — Gui me olhou e nos levantamos. Fomos até o balcão, seu Alcino se ofereceu e pagou a conta.— E aí? — entrei no carro
— Ele pediu uma reunião pra ver os benefícios dele — Gui deu a partida
— Nossa, o Gusttavo foi embora sem dar tchau
— Ele deu, só não pra você, só deixou um "até logo"... Sabe, Mari, acho que nosso histórico com as pessoas não está muito bom. Os nossos pais nos magoaram e acho que te fez ser marrenta demais... O Gusttavo não parece arrogante, na verdade, acho que você é mais arrogante com ele. Quer falar sobre isso?
— Ele parece estar se abrindo mais nas conversas
— Deve ser porque dessa vez você puxou mais assunto, você que se abriu mais! Você precisa colocar na cabeça que nem todo mundo são como nossos pais...
— É verdade! Será se fui muito antipática? Foi sem querer, foi no automático! A gente passou por tantas coisas... Como saber quem é bom e quem é ruim? — Gui riu e eu fiquei analisando minhas conversas com o Gusttavo.
— Isso so o tempo dirá, mas se você não confiar nas pessoas, não conseguirá se relacionar bem até mesmo com seu próprio chefe. — tudo aquilo me deixou pensativa.Fomos direto pra casa e assim que cheguei, tirei meu salto e me joguei no sofá. Eu estava muito cheia, tanto de comida como da vida. Hoje foi um dia bem diferente mas se o Gusttavo pensa que vai mexer comigo e vai ficar tudo bem, ele está muito enganado! ... Mexer? Como assim, mexer? Ele não mexe comigo, na verdade mexe, me deixa com raiva, estou furiosa. — balancei a cabeça tentando desmanchar a minha pequena confusão mental. Fui pra cozinha e tomei uma água gelada olhando pro nada.
— Você vai comigo? Ver a Nah fotografar — desviei meus pensamentos para prestar atenção no Gui que entrará no ambiente
— Vou, que horas?
— As 15h, você tem 20min pra se arrumar
— Já tô pronta
— Então vamos — falou fechando a camisa social. Fui ao quarto, calcei meu tênis e desci as escadas.— Você vai guardar esse salto depois, né?
— Engraçadinho. O bagunceiro é você
— Parece que o jogo virou, não é mesmo? — riu
— Eu vou guardar, mas não agora — ele pegou as chaves e saímos fechando a porta.— Hoje a Nah vai fazer presença numa balada a noite — entramos no carro e partimos em direção à casa dela
— De qualquer jeito já íamos pra balada mesmo... Estou animada
— Bom que você esquece os acontecimentos de cedo!
— Logo passa.
— nãoChegamos na casa da Nah, eu fui pro banco de trás e fiquei me distraindo nos aplicativos de celular enquanto os dois falavam de trabalho.
Em 40min chegamos onde a Nah fotografaria, atrasamos um pouco, mas vocês já devem ter ouvido em trânsito de São Paulo, não é? Sim, é o terror que todos escutam sempre... Papo vai, papo vem e finalmente começamos as fotos, aproveitei o cenário pra tirar algumas minhas.
— Vem tirar uma foto aqui com a gente, mari — Gui me chamou
A Nah tirou mais algumas fotos e voltamos pra casa, finalmente, eu estava cansada.
— Bora sair? — Gui ajustou o meu cabelo
— Não mesmo — não pensei muito ao responder
— Pra onde? Mais tarde eu trabalho — Nah estava pegando algumas roupas do chão
— Pensei na praia — Gui tentou nos animar
— To dentro — Nah sempre estav pronta para tudo
— To dentro... Do meu quarto, boa praiaPeguei um táxi para casa já que os meninos iriam direto para a praia.
Fui pro meu quarto, deitei na cama e apaguei. Tive alguns sonhos estranhos e acabei acordando. Já eram 17h30, resolvi tomar um banho antes que o Guilherme chegasse e me enchesse o saco.
Tomei banho, sai e me sequei. Vesti um look mais baladinha e arrumei o meu cabelo, em seguida fiz uma make bem destacada. Dei os toques finais e fui pra sala, quando deparei com a cena da Nah abraçadinha com o Gui no chão, embrulhados com cobertor, num calor de 30ºC que fazia em SP nesse momento.
— OK! Vou fingir que nada aconteceu, enquanto eu me viro e grito dizendo que são 18h40 e que vamos nos atrasar. — não queria ver ninguém pelado
— É sério? Dormimos demais! — Gui se levantou
— Não estamos pelados — Nah também se levantou* Finalizo esse capítulo agradecendo pelas dicas, comunicação com os personagens e comentários nos capítulos anteriores! Meu muito obrigada especialmente para a leitora NandaMoura0 <3
Continuem comentando para que eu saiba suas impressões... Tem muita coisa para rolar nessa história :P
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Não é um conto de fadas
FanfictionSinopse Marina, 24 anos, irmã do meio e filha de um marceneiro e uma diarista. Aos seus 18 anos foi embora de casa com seu irmão adotivo mais velho, Guilherme, sem dizer adeus. Os costumes patriarcais de sua família os incomodavam a ponto de não co...