Capítulo 27

1.1K 67 1
                                    

— Você me faz tão bem — me olhou e eu percebi que o astral dele estava outra coisa. Ele pegou meu rosto e me deu um beijo rápido e calmo — eu poderia viver dentro desse quarto que ia ser feliz pra sempre
— Você quer falar sobre hoje cedo? — não queria estragar a nossa noite mas eu estava muito curiosa
— A gente teve uma noite tão ótima, prefiro não falar

— Uma hora íamos falar sobre isso... E eu prefiro que seja quando você estiver calmo e em um lugar que eu possa te acolher — ainda estávamos aninhados na cama
— Acho que esse lugar é aqui.... Eu nunca amei ela, Mari. Na verdade eu nunca senti por alguém o que sinto por você. Eu quero deixar isso bem claro! No dia que eu te conheci na empresa, naquele dia que perguntei seu nome eu terminei com ela e eu mudei. Não estou falando isso pra te encantar, não tenho motivo nenhum, você sabe
— Sim, eu sei

— Se eu quisesse você só pra satisfazer o meu tesao, eu teria ido embora agora
— Eu sei
— Se o filho for meu eu ou assumir, mas eu tenho certeza que não é!
— Por quê?

— Eu sinto que não é
— Espero que eu não esteja te colocando contra a parede

— Não está, mas eu estou contigo e é preciso te deixar dentro das coisas! Não posso falar que isso que a gente tem são só beijos na boca, porque eu sinto algo diferente quando estou perto de você — ele parecia tímido

— Eu fico feliz de saber que você sente o mesmo que eu — nos beijamos calmamente e ele me abraçou. Aconchegou seu rosto dentro do meu cabelo e dormimos de conchinha. Sim, completamente N-U-S.

Acordei no dia seguinte e ele estava meio descoberto, vesti um roupão e o olhei por uns instantes e fui pega por ele, que acordou de repente e me olhou.

— Isso não vale! Eu queria inverter os lugares agora
— Lindo até dormindo — sorri — bom dia
— Bom dia, meu bem — ele respondeu. Fui pro banheiro e tomei um banho rápido. Sai, vesti meu uniforme do trabalho, arrumei o cabelo, escovei os dentes, passei uma make básica e sai.

— Vai tomar banho não porquinho?
— Deita aqui, fica mais um pouco
— Não quero me atrasar
— Eu sou seu chefe e quero que você se atrase pra ficar comigo
— To indo tomar meu café e espero que em 30min você também esteja lá.
— Chata — fui pra cozinha e o Gui estava lá tomando café.
— Hummm, alguém a mais dormiu aqui — me olhou

— Você nem estava aqui pra saber — ele riu
— Eu pressenti... ou melhor, escutei.
— olha, foi ótimo

— quer café? — acenei positivamente e ele me serviu

— bom dia, Guilherme — Gusttavo entrou na cozinha
— bom dia. Café? — Gui estava pronto pra servir
— daqui a pouco — ajeitei pra ele a gravata e o a gola da camisa enquanto ele ajeitava a manga
— to saindo tá? Trabalho me chama — Gui deu um beijo na minha cabeça — até mais Gusttavo

— até — Gusttavo respondeu de prontidão
— quer um suco? — falei colocando no copo
— Quero. Estamos no horário?
— eu sim, você pode chegar a hora que quiser
— eu quero mudar, quero ser mais pontual. Você tem que me ajudar.

— te ajudo, ligo todo dia de manhã pra você acordar
— não Mari, eu quis dizer dormir todo dia aqui — ri da ideia

— fala sério Gu
— não toco mais no assunto da gente casar então — eu ri da brincadeira e ele riu junto

Depois de um tempo conversando, resolvemos sair para ir a empresa. Peguei minhas coisas e descemos para o estacionamento.

Gusttavo parecia estar renovado e eu queria acreditar que o motivo dessa "motivação" era eu. Ele estava com um sorriso no rosto e que sorriso maravilhoso ele tinha, me desmontava inteira.

— Posso te pedir uma coisa? — o olhei. Estávamos na metade do caminho.
— claro — ele não tirava a atenção da rua
— coloca aquele CD daquele moço da voz maravilhosa que me apaixonei sem saber quem era o dono dela?

— você gostou? — ele parecia mais feliz
— amei, você poderia me dar um pen drive com algumas músicas, né?!
— estou bem surpreso com o seu pedido
—por quê? Você é muito bom, o que me faz pensar no porque voce nunca investiu na sua carreira?
— Nem queira saber, são tantos motivos e meu pai é o principal deles.

— ele não gosta? — quem não gostaria dessa voz?
— ele quer que eu cuide da empresa quando ele não estiver mais aqui, quer que eu seja o futuro presidente de lá, mas aquilo ali não é o meu mundo... Só passei a gostar dali porque tenho você, mas nunca foi o meu sonho comandar uma empresa daquele porte.
— já falou isso pra ele?

— tantas vezes já tentei falar mas ele sempre muda de assunto ou sai da sala e me deixa falando sozinho. Minha mãe e minha irmã me apóiam, mas ele é muito duro comigo.
— você tem meu apoio também, se isso te conforta

Não é um conto de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora