13 Quando O Pior Acontece

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No dia seguinte, como havia prometido, Henrique foi até o hospital e me levou de volta para o apartamento.

Ele pediu licença e foi para a minha pequena cozinha, preparar o café da manhã para mim.

Eu fui até o banheiro, lavei o rosto e ajeitei meu cabelo, voltando em seguida para a sala, sentando-me no sofá. Ainda eram apenas oito e quinze da manhã.

-Sabe, eu estive pensando, Amber...- disse Henrique, voltando da cozinha com uma bandeja.

-Sim?- Falei, aceitando a xícara de café fresquinho que ele me oferecia.

-Como você terá que ficar em repouso absoluto, não vai poder mais trabalhar na livraria. Ontem à noite eu liguei para o seu Aluísio e disse que você não poderia ir hoje, porque estava um pouco doente. Mas depois, acho bom você mesma ligar e dizer que não poderá ficar com o emprego.

-O quê? Não, de jeito nenhum!

-Como não?

-Não posso perder esse emprego, Henrique. Como vou pagar o aluguel? Não, não posso fazer isso.

-Mas e o repouso?

-Eu vou saber me cuidar. Posso trabalhar. É só eu não me exceder.

-Tem certeza disso, Amber?

Olhei-o com firmeza.

-Eu tenho.

Henrique apenas sorveu um gole do café da sua xícara, pensativo, sem dizer nada.




~❤~






                          
Como eu tinha o dia todo livre para ficar em casa, aproveitei para organizar o apartamento, coisa que eu não tinha muito tempo para fazer, devido o trabalho.

Como prometido, não me excedi em nada. Sempre parava para descansar e, antes de uma da tarde, já estava bem acomodada no sofá, com um cobertor, vendo televisão.

Meu telefone tocou e eu pensei algumas vezes antes de atender, ao ver que era a minha mãe.

Por fim, atendi.

-Alô.

-Oi, Amber. Como você está?

-Tô bem. E você?

-Preocupada com você, minha filha. Nina me contou o que aconteceu...

-Ah... não foi nada.

-Como não foi nada? Amber, você não pode ser assim, você...

-Eu tô bem, mãe! O que aconteceu já está sob controle, eu estou me cuidando- falei, meio irritada.

Ouvi ela suspirar.

-Amber, eu te liguei por que... quero que volte para casa. Sei que não estávamos nos dando muito bem, desde que você voltou de Nova York, mas... sinto a sua falta, filha. Não quero que exista essa distância entre a gente. Então, volta pra casa, por favor.

-Mãe, eu... lamento. Mas não vou voltar.

-Não seja orgulhosa, filha. Volta.- Implorou.

Envolvidos Para Sempre- Livro 3 Da Série Envolvidos [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora