24 Luto

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  "Às vezes me pergunto por que as pessoas boas se vão cedo demais; deve ser por que Deus as quer por mais tempo ao seu lado."

(Nicholas Sparks)

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A grande capela do hospital Presbyterian Lower, lindamente decorada com flores de todos os tipos, era um entra e sai contínuo.

Funcionários, ex funcionários, amigos, conhecidos e admiradores de Charles Parker vinham constantemente render-lhe uma última homenagem.

Não era para menos. Ele era querido, amado e respeitado em Nova York. Além de um grande homem de negócios, Charles tinha um coração enorme, e um sorriso simpático que encantava à todos.

Eu mesma havia me encantado com aquele sorriso quando o vi pela primeira vez na festa do Clube Dos Executivos, quando havia chegado à Nova York.

Ao longo daquela noite, recebi os pêsames de todas aquelas pessoas, ao lado de Steve. Apesar do desespero inicial com a perda do avô, ele estava sendo forte.

Nós estávamos sendo fortes. Me apoiei em Steve e ele em mim, porque do contrário, não conseguiríamos passar por aquilo.

Houve momentos em que a minha condição física exigia um repouso maior e eu dormi, ali mesmo na capela, nos quartos que existiam ali justamente para esse fim.

Mas, para ficar por mais tempo ao lado de Steve, burlei um pouco as recomendações da minha médica e tomei algumas xícaras de café, para me manter desperta, enquanto o corpo de Charles Parker era velado, ao longo daquela noite.





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-Meus pêsames a vocês.- O porteiro diurno do prédio da Corporação Parker veio até nós.

Steve apertou a mão estendida dele.

-Valeu por ter vindo, Willie.

Assim que ele saiu, pude ver meu pai entrando com Fernanda.

Meu coração acelerou um pouco quando nossos olhares se cruzaram.

Mesmo tendo pedido à Fernanda que falasse sobre a minha gravidez com ele antes do nosso encontro, eu ainda estava temerosa.

Apertei um pouco mais o braço de Steve.
Ele percebeu meu nervosismo e disse:

-Relaxa. Seu pai não vai brigar com você num momento como esse.

Respirei fundo quando eles chegaram perto.

Meu pai nem fez muita questão de olhar para minha barriga, embora eu tenha visto ele abanar a cabeça levemente, como se não acreditasse no que via.

Ele me abraçou.

-Saudades de você, Amber.

-Eu também, pai.- Confessei.

Depois do nosso abraço, ele bateu no ombro de Steve.

-Sinto muito pelo seu avô. Sabe que eu gostava muito dele.

-Eu sei. Obrigado, seu Paulo.

Fernanda, belíssima num vestido preto em ocasião do luto, veio nos abraçar também.

Envolvidos Para Sempre- Livro 3 Da Série Envolvidos [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora