Vida irônica, vida sádica, vida bandida,quer ser minha amiga? Crie então uma cilada, forje uma situação, onde eu não seja culpada, que seja ele o vilão.
Tinha passado dois meses depois do que houve com a Júlia.
Ela tava melhor, seu rosto e seu corpo continha umas cicatrizes, mas algumas estavam sumindo, outras pareciam que ficarem pra sempre.
Desde o ocorrido minha mãe não quer deixar a Júlia sozinha, pediu pra ela morar na casa dela porquê estava com medo de algo acontecer com a Júlia, e ela não recusou.
Ninguém conseguiu achar o Carlos ainda, o cara sumiu mesmo, dois meses procurando e nada.
Daqui a duas semanas eu entraria de férias, e pelo que alguns professores me falaram eu não vou ficar de exame.
Tava estudando demais sério, não tinha tempo pra quase nada.
Mas hoje eu tinha tirado um tempinho pra mim, fazer cabelo, unha, tô precisando disso.
Coloquei um cabelo novo, amava usar cabelo orgânico e lace, de vez em quando eu usava ele natural, mas prefiro orgânico e a lace.
Fiz minha unha, que tava precisando ser feita a muito tempo.
Hoje ia ter pagode na pracinha e com certeza eu ia, e a Júlia ia comigo, porque eu obriguei, a garota só que ficar trancada dentro de casa.
Cheguei na casa da minha mãe, e não tinha ninguém lá, fui pra lage, onde tava ela, Sofia e Júlia.
Rebecca: Fala minhas gatas. - beijei o topo da cabeça de cada uma e sentei na cadeira.
Júlia: Gostei do novo cabelo amiga, preciso fazer o meu, acho que vou colocar trança.
Rebecca: Vai ficar lindo. - ela sorriu.
Carmem: Deixa eu me arrumar, que o pagode de hoje vai ser quente. - disse largando a cerveja e se levantando.
Rebecca: Ui, dona Carmem tá com bofe novo. - ela piscou e saiu dali.
Sofia: até a vovó namora e você não. - olhei pra Sofia.
Até minha filha me esculacha.
Pedi a Júlia pra tirar uma foto pra mim, assim ela fez e depois desceu da lage junto com a Sofia pra se arrumar pro pagode.
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