Júlia🌻💛
Eu tava entregando alguns currículos no asfalto, precisava arrumar um emprego urgentemente.
Não podia ficar morando de favor na cada da tia Carmem.
Precisava arrumar um cantinho só pra mim.
Fui em uma loja perto do morro, e eles me disseram que não tinha vagas.
Fui em outras lojas, lanchonete e etc.
Júlia: Oi, bom dia, vocês estão precisando de funcionário. - eu estava em uma cafeteria.
Se não conseguisse esse, ia desistir por hoje.
- Você é boa com contas? Estamos precisando de alguém pra ficar no caixa. - abri um sorriso de orelha a orelha.
Júlia: Sim, consigo fazer contas na cabeça, sem precisar de calculadora. - ela sorriu.
- ótimo, amanhã volte aqui pra conversar com minha chefe, qual é o melhor horário pra você?
Júlia: As 14 horas. Tudo bem? - ela assentiu. - até amanhã.
- até. - sorrio e saio dali.
Queria pular de alegria, graças a Deus eu iria arrumar um emprego.
Chamei um Uber e 7 minutos depois ele chegou.
Entrei dentro do carro e coloquei o fone de ouvido.
Passou uns 10 minutos e eu vi que ele estava fazendo um caminho diferente.
Comecei a me desesperar e mandei mensagem pra Rebecca, falando que se eu não chegasse em casa hoje é porquê eu morri, ou fui sequestrada.
Júlia: Moço, pode parar aqui por favor. - digo nervosa.
Ele não me respondeu e nem parou, só me olhou por aquele espelho e trancou as portas.
Tentei abrir elas várias vezes, mas foi em vão.
Júlia: Desculpa, mas eu quero descer. - mais uma vez e ele não me respondeu.
Peguei uma garrafa d'água que tinha ali dentro para os passageiros e bebi a água toda.
Senti minha cabeça doer, e eu começar a ficar tonta.
Olhei pro espelhinho e vi o motorista sorrindo.
*******
Acordei e coloquei a mão na minha cabeça.
O carro tinha parado, olhei pela janela e nós estávamos em uma estrada totalmente deserta.
O medo dele me estrupar, ou até me esquartejar, era grande.
Ele saiu do carro e abriu a minha porta me puxando.
Eu estava meio tonta ainda.
- Aqui tá ela, solta minha família - o moço que me segurava falou.
- muito bem, fez um ótimo trabalho. - não acreditei quando ouvi essa voz.
Júlia: Carlos? - falo baixo.
Cl: Oi, querida. - ele me pega e o motorista entra no carro e sai.
Júlia: me solta Carlos. - me debato nós braços dele e ele me dá um tapa no rosto. - me solta caralho. - digo chorando.
Ele me joga dentro de um carro e entra nele, dando partida.
Pego meu celular sem que ele percebesse e mandei uma mensagem pra Rebecca, dizendo: Cl me pegou.
Cl: Tá maluca caralho. - pega meu celular e joga pela janela. - eu estava morrendo de saudades sua, querida. Não imagina o quanto eu fiquei com saudades de foder essa bucetinha, gostosa. - faço cara de nojo e limpo as lágrimas que insistiram em cair.
Júlia: Por que você faz isso comigo? Por que não me deixa em paz?
Cl: porque eu te amo Julinha, não quero te perder nunca.
Abaixo a cabeça e fico pensando em mil formas de matar o Carlos.
Ele parou o carro e saiu do mesmo, abrindo a porta de trás e me puxando.
Cl: Aqui é seu novo lar, sem sinal, sem ninguém, só eu e você. - seguro o choro.
Eu realmente não podia me demonstrar fraca perto dele, parecia que ele se alimentava com a minha fraqueza.
Júlia: Espero que seja aqui que você morra também. - digo e sinto um puxão de cabelo.
Cl: vamos entrar, amor.
Entramos dentro da casa e ele me jogou no sofá.
Cl: tá com fome, querida? - fico em silêncio e ele me dá um tapa. - eu fiz uma pergunta.
Júlia: Não. - falo alto e ele sorri.
Cl: mede tuas palavras, não quero fazer coisas ruins com você.
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Vida Bandida
RomanceVida irônica, vida sádica, vida bandida,quer ser minha amiga? Crie então uma cilada, forje uma situação, onde eu não seja culpada, que seja ele o vilão.