A tarde já dava sinais que chegaria, sol já começava se deitar no horizonte, sua cor era deslumbrante, as nuvens coloria com diversos tons do branco ao vermelho e em alguns pontos enegrecia e outros de um rubro que só aqueles que amavam o céu em todos os aspectos poderia admirar sem criticar.
A carruagem deslizava aos galopes dos dois cavalos que em sincronia harmoniosa seguia para a pequena cidade aos pés da grande montanha. Os cumes se mostravam enegrecidos pela floresta que iria adormecer. Os trotes do cavalo der repente parou, sai do devaneio da paisagem da qual se mostrava como num palco de teatro. Coloquei minha cabeça do lado de fora para perguntar ao cocheiro o do porque havia interrompido nossa viagem, quando me deparei com um grupo de homens a cavalo, todos vestido de preto e mascaras, eu só avistava os olhos, porque na cabeça todos eles usavam um lenço que por debaixo do chapéu também preto. Um deles me interpelou.
-Somos desta redondeza e estamos procurando o dono das nossas terras, pergunto se não os viu. Ele é alto, corpulento e usa óculos, meia idade. Fiz um gesto cm a cabeça negativando que o tinha visto, mas reafirmei.
-Não senhor, não vi, estou vindo do outro lado e indo para a cidade dela mais a frente. Eu fechei a cortina da janela, dando ordem ao cocheiro para prosseguir. Os cavalos começaram os trotes e meu coração tranquilizou, mas podia ouvir trotes de cavalos mais ao fundo, abri a janela que dava para o cocheiro e perguntei:
-Os cavaleiros continuam nos seguindo?
-Sim senhor, estão a alguns metros à nossa direita indo pela floresta, mas os vejo. Pensei o que eles desconfiavam para estar nos seguindo, mas como eles se mantinham a distancia, me acomodei no assinto e dirigi meus pensamentos a noite anterior.
A festa havia sido promissora, vários contatos vindo do exterior nos trariam muito dinheiro, os negócios estavam cada vez mais promissor naquelas bandas.
Von lembrava com detalhes da noite, e uma dama lhe fez encher o coração desejo. "Que mulher meu deus, quase acabou comigo, preciso encontrá-la novamente".
Eu não sabia quase nada dela, apenas que pertencia a uma sociedade secreta, Joana era seu nome, espanhola, aparentava ter uns 25 anos, com uma beleza extraordinária, olhar meticuloso e misterioso. Joana era alegre, mas eu sabia que ela era espiã daquele homem que ela adentrou o salão, então me aproximei com cuidado não obtendo muitas respostas, mas i pouco que fiquei com ela no alpendre da sacada, o calor daquela noite os desejo que sentia por ela, pude ver que ela me usou, mas não importei porque pude desfrutar de um único momento com uma deusa. Logo ela saiu pela porta da frente e não a vi mais.
A noite seguiu, bebidas e gargalhadas entre homens vazios querendo mostrar o qual vago eles eram e cada um usando a mascara da mentira mentiam para si mesmo e para os que alo estavam que eram senhores do bem, mas eu sabia de cada um e o quanto vil era o ser intimo daquele homens vestidos com esmero mas dentro jazia uma alma podre. Bem eu não era diferente fazia o jogo , a dança que ali todos viviam, usando mascara da serventia, da hipocrisia da qual me transvestia para ganhar meus trilhões em cada jogada, e eu era bom no que fazia, alias nunca ninguém em sã consciência imaginaria que eu era o interventor de vidas, todos achavam que eu mantinha um grupo de homens, mas que na verdade era eu apenas eu, que fazia das mortes meu prazer de vida.
Na volta para casa, uma maleta com muito dinheiro jazia ao meu lado, estava orgulhoso dos meus feitos, não acreditava em Deus, não pensava nisso, alias Deus era apenas eu, com minhas sentenças encima daqueles de alguma forma incomodava um ou outro. Ou trotes de cavalos, não só dos meus da carruagem, lembrei do grupo do final da tarde, não senti curiosidade para querer verdeie que eles se quisessem me parasse, mas não o fizeram e eu também não quis dar prazer a quem quer que fosse.
Faltavam alguns quilômetros para a chegada a minhas terras, podia de ver de onde estava o cume da montanha da qual meu castelos ficava atrás, a carruagem para de repente, já ao sair esbraveando quando um dos homens de preto adentrou a carruagem e foi logo sentando.
-Boa senhor Conde de Von Hansen, gostaria de conversar um pouco. Fiquei com o olhar fixado no rosto que lá podia ver no escuro, mas eu podia sentir o calor do ambiente e podia prever que ele estava no meu cangote, mas eu precisava saber que ele sabia e queria, então me esfriei e deixei ele falar.
-Como falei mais cedo, nosso patroa despareceu há dias noites, o ultimo lugar que ele foi visto foi no mesmo bar ,o qual o senhor por coincidência estava.eu vou perguntar de novo, o senhor o viu? Senti que ele sabia de algo, mas para eu descobrir o que ele sabia teria que ser mais esperto.
-Não sei como o senhor...deve achar que eu saberia, nem nome o senhor me deu? Conheço muitas pessoas, mas a descrição que me deste foi fraca, se me dizer mais detalhes quem sabe... Aquele homem a minha frente fungou, demonstrando impaciência e irritação, mas não me alterei
-tudo bem, vamos lá, ele é alto, corpulento, cara de idiota, beberrão fala demais, fica vermelho feito peru depois que bebe, e agora reconhece. Sim, eu sabia quem era, claro que sabia, mas eu não me entregaria, e tive uma ideia.
-Não conheço, e gostaria porque tem tana vontade de encontra-lo, fiquei sabendo que ele não era respeitoso com os seus, fico aqui pensando qual o amor que o trás ate mim? O home levantou as sobrancelhas e deu outra fungada, a irritação desta vez não se mostrou, mas ele soltou o corpo, acertei o ponto? será?
-O senhor está certo, ele realmente era um porco nojento, por isso mesmo queria encontra-lo, mas isso é comigo e ele. Sei que senhor estava no mesmo barmen contaram.
-Frequento muito aquele lugar, mas sinceramente me parece uma figura comum, em meios a tantos com os mesmos vícios.
-Sim, mas não pense que quero lhe causar problemas, se ele morreu, caso alguém o tenha feito quero agradecer pessoalmente, era um ser desprezível, mas como ele não tem família e tem propriedades, logo pensei que nos que moramos por lá podíamos tomar conta, entende não é, não preciso dar detalhes. Eu pensei comigo...se ele soubesse que todo dinheiro e riqueza, além da propriedade eu já havia me apossado, então ele não ficaria com nada, apenas com galinhas e alguns grão. Precisa ter cuidado, para não dar pistas, pois ai seria problema. Sabia o quanto homens daquela época quando tratava de dinheiro era cruel, vil e pernicioso, então falei.
-Se o amigo quiser posso falar com meus amigos, e quem sabe na próxima semana podemos nos encontrar no bar .
-Certo, aceito, enquanto isso vamos tocando as terras, se ele sumiu temo que alguém venha tomar posse.
-Não se preocupe com isso, se o mataram vai demorar ate que tomem a propriedade, crime como esse deve ficar por longo tempo escondido para não levantar suspeita.
-Muito bom, vou indo, gostei do senhor, caso precise de algo, nos procure, fazemos todos os tipos de trabalho se é que em entende. Levantei minha cabeça muito rápido, não estava lidando com uma pessoa qualquer e todo cuidado era pouco em se tratando de criminoso. Ele desceu deu boa noite e eu segui para minha casa. Pensei em Joana, queria pensar em algo da qual me relaxava, mas não consegui, achava que precisa de novos ares, quem sabe uma viagem.
E assim na próxima semana parti para a França, ficaria algum tempo por lá ate que esse moço e seu grupo me esquecesse, dei ordens na minha casa e fui. Passei 3 meses em Paris, e mais dois em Marselle, e voltei.
Estava voltando para casa depois da longa estadia na França , ouvi conversas e minha carruagem parou, cansado da viagem nem lembrava mais daquele homem quando ele entrou na carruagem, em sua mão direita um punhal, mirou na minha barriga e empurrou. Minha vista embaçou e desmaiei...
Continua...
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Senhor Exu Pinga Fogo
SpiritualPor longos anos, o Conde Von Kurl Hansen, "Exu Pinga Fogo", espírito da linha da nossa amada Umbanda, viveu na Inglaterra no século XVI uma vida com imensa crueldade, pondo por fim na vida de muitas pessoas. Alguns mereciam dentro do seu julgamento...