A caverna escura me deixava desconfortável, mas eu seguia a frente sem ver nada apenas o tato como direção. Meu amigo e fiel empregado de longos anos me dava sinal apenas com um som interno da boca, hum, hum.
Não ouvia nada do exterior da caverna, há varia horas que deixamos a vista da floresta verde que cobria todo o penhasco. A bengala me ajudava ir tateando o chão arenosa, que de vez em quando tocava em algo do qual eu deduzia ser pedras ao lado de onde passávamos.
Meu fiel escudeiro do qual confiava de repente parou, quase topei nele se não fosse as mãos deles me tocar, dando sinal para que eu parasse. O som de água parecia assustadora, a umidade começava me tocar a face e com a bengala pude ver que não tinha pedras e percebi que era agua, então recuei. Demos meia volta e voltamos.
-Senhor, temos que voltar daqui não passaremos, teremos que encontrar outra saída, que talvez deixamos passar.
-Está bem, vamos. E assim retornamos, não ouvíamos mais o som da água como se tivéssemos saído do compartimento do qual ela pertencia, mas agora algo nos dava esperança, um pássaro passou por nossa cabeça. Então meu amigo pegou em minha mão e começamos a correr em direção ao caminho que aquele amiguinho nos direcionava e logo pudemos ver uma luz ao longe e corremos mais e conseguimos sair.
Ao sair uma nova decepção, um enorme barranco precipitava a nossa frente, gostaria de ter as asas do nosso amiguinho que nos guiara para fora. Sentei e demonstrei tamanha decepção pude deparar por mais um obstáculo nessa jornada terrível. Lembrei que sentia fome, meu estomago doía, nestas condições, com aparentemente tudo adverso, perdidos prometeu a ele mesmo que iria sobreviver para voltar e tornar-se melhor. Mas os trovoes começam a rebombar no céu. Neste momento me desesperei. Chovia e eu começava a ficar ensopado. Estavam sozinhos, molhados, sem água nem comida. Passaram muitas coisas pela minha cabeça nessa hora.
Como a mata era muito fechada, ele não conseguia ver mais de alguns metros a sua frente. Tentou olhar abaixo e pode ver que não era tão alto, sentaram dentro da caverna e esperaram a chuva passar. Após algumas horas, que poderia ser por volta das duas horas da tarde, pela posição do sol que logo se abriu, começaram a procurar algo para descer ate o chão saberia que teriam mais uma etapa de dificuldades e logo perceberam uma arvore bem ao lado que poderiam descer, e assim o fizeram. A descida começara e foi devagarinho que desciam por causa da umidade que ainda estava presente por causa da chuva. Os galhos fortes nos dava segurança em continuar.
A chegada ao chão me senti tão vitorioso que me senti forte. Olhei ao redor e apenas arvores tão grandes que me senti pequenino. Meu escudeiro fiel sentou num tronco e respirou fundo e começou a gargalhar e eu me senti contagiado e também comecei a gargalhar, porque realmente foi trágico e engraçado. Logo após esse relaxamento lembramos da fome e ali mesmo um coelho se alimentava, levantei e me armei para pega-lo, agarrei com unhas e dentes, e comemos ali cru, alias devoramos. Fome morta começamos a caminhar entre as arvores lindas e frondosas, nunca havia reparado como a floresta era linda, os raios de sol em meios aos galhos eram filtrados, o que dava uma luminosidade diferente daquela que estamos acostumados ao ar livre. Uma clareira surge ao longe, muitas flores e me encanto.
Deitamos na relva do campo e descansamos, e quando acordamos era noite, e ali mesmo ficamos, apesar do medo por ter algum predador me acalmou e logo adormeci e sonhei.
Meu sonho era confuso, corria de uma lado para o outro em meio a chamas. Pessoas corriam par todo lado. Tentei me localizar, mas não conhecia o lugar e acordei assustado, ainda era noite me levantei e a paisagem que via no céu me fez petrificado, como colado no chão, era a lua, tão grande e amarelada que me encantou, nem lembrava quando fora a ultima vez que havia olhado para o sol ou lua. Fiquei a pensar sobre como viemos parar nesse lugar que agora tentávamos sair.
Alguns dias atrás havia recebido um pedido de um amigo que fosse em uma fazenda para ajudar um amigo dele, porque não poderia ir, deu algumas desculpas e que acabei por aceitar , pois devia favores a ele e sabia que ele estava me cobrando.
Na volta dessa terra percebemos um grupo de homens a cavalo ao longe, mas como estava distante não ligamos, quando distanciamos muito da zona de moradores, esses homens em seus cavalos começaram assustar nosso cavalos que de pronto saiu em disparada, e por fim cairmos ribanceira abaixo, a qual eu e meu amigo caímos num dos penhasco e vimos os pobres animais despencarem abismo abaixo, foi ai que adentramos na caverna numa das entradas, e onde nossa aventura começou.
Fiquei a pensar que tinham pessoas que me queriam morto, lembrei dos homens da punhalada, não sabia não tinha sido visto os rostos deles, então não tinha muito a falar. Havia algo mais grande, não era apenas me matar, por matar, alguém queria mesmo me matar , seria vingança? comecei a puxar em minha gaveta da memoria as pessoas que passaram em minha vida e não via alguém que quisesse isso, ou todos seriam suspeitos.
Quando nos tornamos alvos de alguém, sempre pensamos que temos inimigos e procuramos longe, em algum lugar fora de nossa costumeira vida, quem sabe se aprendêssemos a olhar pra perto acharíamos com mais facilidade, mas é ultimo lugar que procuramos. A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. Ninguém torna-se inimigo de alguém do dias pra outro, pois as vezes a ter o ódio é planejado em silencio, e quando explode é como ato terrorismo covarde sem chance de defesa.
Precisava ficar atento, e estar naquele lugar me deixava vulnerável, olhava para meu escudeiro ele dormia, parecia um anjo, teria que me preocupar? Estava ficando paranoico? duvidando ate dos amigos?
Conselhos do Senhor Pinga fogo.
Nossos inimigos, da mesma forma que os problemas e as doenças, são gritos de alerta para cuidarmos de algo que não está certo em nossa vida. Quando os ouvimos com atenção, nossos inimigos podem se transformar em maravilhosas alavancas de crescimento. Assim como as doenças e os inimigos, os problemas nos enviam avisos que precisamos aprender a decodificar.
Se você tem um problema em sua vida, é chegada a hora de fazer uma análise do seu significado para poder superá-lo. E tenha muito claro que, no momento em que supera um problema que o acompanha por algum tempo, uma nova pessoa surge dentro de você.
Mesmo que tua coragem esteja cochilando, e não consigas avistar a linha de chegada a insegurança brinque de roda a tua volta, se a tua vida esta pesada na balança dos insensatos, e te sintas indefeso como um pássaro de asas quebradas, saiba que as dores, passarão. Tudo passa. A ilusão fascina, mas desvanece.A posse agrada, mas se transfere. O poder apaixona, mas transita de pessoa. O prazer alegra, todavia é efêmero. A glória exalta, mas desaparece. A carência aturde, mas um dia se preenche. O silêncio que vives poderá te entristecer, mas o levará à meditação que felicita.
A submissão aflige, mas fortalecerá teu caráter. O fracasso espezinha, mas ensinará a conquistar-se. A situação muda como estações. Resista, alguém está sentado na arquibancada do tempo, torcendo por tua felicidade. Não te abatas. Todas as dores terminam. O tempo, chega com o bálsamo e te alivia.
Resista, até o último instante da madrugada, e confie nesse aliado. Verás que no justo momento, quando pensares que tudo terminou, será chegada a hora do teu ALVORECER!
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Senhor Exu Pinga Fogo
SpiritualPor longos anos, o Conde Von Kurl Hansen, "Exu Pinga Fogo", espírito da linha da nossa amada Umbanda, viveu na Inglaterra no século XVI uma vida com imensa crueldade, pondo por fim na vida de muitas pessoas. Alguns mereciam dentro do seu julgamento...