O dia chegou, desde cedo Joana estava inquieta, ansiosa e muito quieta.
-Quer desistir de participar? Ela me olhou e senti faíscas sair daquele olhar.
-Não, de maneira nenhuma, vou ate o fim, e quero que anoite chegue logo. A noite demorou mais chegou. Joana preparada a postos, na primeira curva da estrada, se vestia como prostituta, quase nua, apenas de cinta liga+ calcinha+ e soutien. Cabelos soltos vermelhos, a imagem mais linda que podia ver, estava eu tão enfeitiçado por aquela visão, que nem dei conta que a carruagem havia parado e ela adentrado. E alguns metros depois via ela descendo. Veio ate mim e disse.
-Pronto o primeiro se foi, está lá dentro, o cocheiro morto como combinamos, corre lá, antes que passe outra carruagem.Eu corri lá e peguei os dois, tiramos tudo que havia em bolsos e de valor e os jogamos no tambor cheio de querosene., e tampei. Deixaria para mais tarde, quando todos estivessem em silencio em seu melhor sono para queimar carne dos vermes. E assim naquela primeira noite foram muitos, mas não pegamos todos para não levantar suspeitas.
Os outros dias, fomos diminuindo a quantia, pois queríamos os dono da propriedade e todos aqueles que ali dentro viviam, sem exceção. E durante alguns meses queimamos, dezenas de corpos dentro dos galões, e o cheiro de carne quase que imperceptível eram evaporados ao ar, condensando com a neblina do lugar. Na outra noite era colocado mais querosene e mais corpos. Joana se comprazia, ela ficava cada vez mais volátil para mim. E mais longas, e as noites se transformavam em prazer e um amor que eu começava a sentir por ela, e ela por mim.
A nossa vingança continuava, e eu me perguntava de onde saia tantos pessoas. E um dia, uma estranha carruagem, antes mesmo de Joana sair da floresta parou alguns metros de onde estávamos escondidos numa barraca, a qual improvisamos para passar a noite, era final de primavera, e as noites já eram bem frias. Eram três mulheres, todas vestidas de capa preta, a elegância como elas andavam, despertou a minha atenção. Elas estavam caminhando direto para onde estávamos e eu me postei em posição de ataque, Joana ficou atenta ao meu sinal...Uma voz quebrou i silencio:
-Senhor Von Kurl Hansen, não precisa se armar, estamos aqui como amigas, queremos lhe falar. Eu fiquei mais tranquilo, não sabia porque mas a voz me inspirou confiança e disse:
-Peço que faça seu cocheiro entrar na mata para não ser interpelado por alguém, e vocês venham ate aqui, estou desarmado.
-Fique tranquilo, ele esta fazendo o retorno, vai voltar para vilarejo.
-Como está? disse a mulher mais alta. eu com meu lampião direcionei para ela, e pude constatar uma beleza imensurável, ela vestia um longo vestido preto por baixo daquela capa forrada em vermelho.
-Estamos bem, falei pausadamente.
-Quero apresentarmos. Sou Haras, essa é Sarah e essa é Eleonor. Eu olhava cada uma com meu lampião direcionando nos rostos e vestimenta, queria ver se não estavam armadas, mas o que via me proporcionava uma volúpia de prazer. Eram mulheres muito belas, e todas vestiam capa preta e o vestido longo, com cores diferentes, Sarah vestia um laranja que nunca tinha visto na minha vida aquela cor, e Eleonor era um vinho, ou roxo, que na noite a deixavam maravilhosas, aquilo eram deusas. E joana de imediato se apresentou.
-Eu sou Joana, noiva do Conde. Percebi que a mulher de nome Haras sorriu, ela havia percebido o ciúmes de Joana.
-Não vim aqui atrás de homem, vim ajudar vocês na sua empreitada, queremos o mesmo que vocês. Viajamos da Espanha em missão para por fim ao que acontece naquele lugar, recebemos um pedido de ajuda, por parte de uma mãe que perdeu sua filha, e que nos deu informações sobre esse lugar. Antes de vir, fomos atrás de cada um deles, e sabemos que lá dentro é um horror, e que tem todo tipo de desumanidade para com mulheres e ate dom homens, e o pior com crianças. Quando soubemos disso, não pensamos muito e decidimos que acabaríamos com todos.
-Está bem, mas posso garantir que não precisamos de ninguém. Agradeço mas faremos a nosso modo e sozinhos. Ate porque é uma questão pessoal.
-Joana, soubemos o que aconteceu com você mas o que queremos é que essas pessoas que sofrem lá dentro sejam libertadas e que tenham apoio para seguir adiante, vocês tem planos para elas? porque se tiverem vamos embora. eu olhei para Joana, e percebemos que não tínhamos plano para elas, então teríamos que aceitar a ajuda oferecida.
-Senhora, Senhorita? Haras, senhoritas...,vamos aceitar a ajudas, mas como faremos isso?
-Se não quiserem não precisam seguir nosso plano, apenas continuem o que estão fazendo por nós tudo bem, não vamos interferir. Mas quero que saiba, que o fim de tudo está próximo. e assim sentaram dentro da barraca e ali elas falaram do plano de tinham. quando o dia amanhecia, eles resolveram que deveriam se encontrar na cidade, e Haras falou.
-Vamos nos encontrar no hotel onde estou hospedada, fica fora da cidade, e o dono é dos nosso colaboradores, se quiser podem levar a bagagem de vocês que tem lugar para hospedar os dois. Eu de imediato agradeci, e aceitei, já que iriamos trabalhar juntos, era melhor fivar juntos e além do que ter um lugar para circular sem medo que descobrissem era melhor ainda.
E assim uma hora antes do combinado eu e Joana cegamos ao Hotel que ficava muito afastado n meio da floresta, e o que mais gostei, bem próximo da masmorra. entramos e fomos recebido muito bem, e um mesa posta com fartura de varias comidas nos esperavam, e alias, muitas moças, e todas elas muito bem vestidas, e amáveis. Percebi que Aquela mulher que eu sabia ser chefe delas, sentiu e pode ler meu pensamento.
-Conde von Kurl Hansen, percebo que tens curiosidade(ela falava tão calmamente que me encantou),essas moças, todas elas, tem historias tristes, das mais diversas divergência possíveis. Todas elas fora resgatas por nós da irmandade, e todas colaboram em ajudar mulheres que sofrem qualquer tipo de dor, física ou emocional. Resgatamos, cuidamos e depois elas nos pagam em cooperação, mas todas com sua própria vontade e o melhor livre arbítrio. Se cada uma sentar aqui e contar para o senhor, a vida delas, antes daqui, vais ver o quanto o ser humano, é cruel e absolto, estagnado no próprio egoísmo. O dinheiro que tudo compra, em uma sociedade mesquinha e egoísta, onde é cada um por si, não muito, pelos seus próprio de sangue. Vivemos em um tempo onde a escuridão da alma, reflete nas ações, no dia a dia. quem tem mais escraviza o que menos tem, e posso te garantir que não sou contra ter dinheiro, sou contra o homem usar o que tem para dar fim a vida de quem não tem, ou banir qualquer espécie do menos afortunado. sou contra os poderosos que usam de poder, para tratar os que precisam,mas seriam de regras que sejam humanas, sem interesse, e posso garantir, que ainda viveremos tempos sombrios na terra. O homem por si próprio é o demônio de si mesmo. Você vai me dizer, que todos precisam serem controlados para que a sociedade siga na paz, e eu te digo, que regras são sim necessárias para que todos tenham paz e possam viver em harmonia para um não ultrapasse o direito do outro, mas o que não aceito é que uma minoria usurpa o direito daqueles que não nasceram em berço de outro, e que precisam de proteção. Os nosso dirigentes, em nome do dinheiro enganam e dá o resto, porque para ele fica o ouro, o miolo. Não acredito que esses homens que adquirem o poder possam fazer algo, e quando me dirijo a eles em busca de ajuda, eles sempre quer algo como barganha, e posso afirmar que vem com artimanhas ligadas sexo,. a promiscuidade humana chega a tal ponto de sentir vergonha de pertencer a essa raça, Huanos que são tão inteligente , mas que usa para o mal. Por isso, nos da nossa irmandade Dama da Noite, lutamos por dias melhores, se não fazem, nos fazemos.
Percebi que arrumara as parceiras ideias, dali em diante, ajudaríamos toados que precisassem, nem que tivesse que queimar a carne, literalmente.
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Senhor Exu Pinga Fogo
SpiritualPor longos anos, o Conde Von Kurl Hansen, "Exu Pinga Fogo", espírito da linha da nossa amada Umbanda, viveu na Inglaterra no século XVI uma vida com imensa crueldade, pondo por fim na vida de muitas pessoas. Alguns mereciam dentro do seu julgamento...