Diário de um platinado

Pedido - parte 2: Resposta

- Eu te daria um soco neste exato momento. - Koushi falou sombrio, fazendo com que os pelos de Sawamura ficassem em pé.

- Meu bem, pra quê a violência? - Daichi indagou, temeroso.

- Daichi, olha bem para mim! Eu nem me arrumei direito, poxa... - Sugawara reclamou magoado.

O moreno sentiu seu peito apertar, mas não deixou de soltar um sorriso apaixonado.

- Koushi, para mim, mesmo que você estivesse vestindo uma roupa surrada, ainda seria o homem mais lindo do mundo. - Sawamura falou aos suspiros.

Sugawara corou tanto que escondeu o rosto com as mãos e ficou xingando Daichi repetidas vezes, Sawamura apenas riu da atitude infantil do platinado e então chegou o pedido dos dois.

***

Depois de pagarem a conta e saírem do restaurante, Daichi guiou Koushi para o lugar onde tudo começou. O lugar em que revelaram os sentimentos um pelo outro.

O moreno se perguntava o que estaria acontecendo ou o que ambos estariam fazendo se toda aquela confusão de exatos dois meses atrás não tivesse acontecido.

Chegaram na pequena praça daquele mesmo dia, mas ao invés de ficarem na beira da rua, Daichi o guiou até um banco e sentaram de frente para a rua.

- Foi aqui que tudo ganhou um rumo. - iniciou falando baixo e Sugawara assentiu com um sorriso sereno enquanto apertava um pouco a mão de Daichi - Sabe, Koushi, desde que eu te entreguei o diário, meu coração só sabe gritar seu nome. Você até aparece em meus sonhos, acredita? - indagou e Suga riu.

- Me conta como eram os sonhos depois. - falou rindo e Daichi corou.

- Algum dia. Algum dia. - desviou do assunto e suspirou dando continuidade - Suga, ver você triste é algo que me quebra muito, me afeta do mesmo jeito de quando você está sorrindo. Sua tristeza é a minha. Sua felicidade é a minha também, Sugawara. - ele falou acariciando a bochecha corada do platinado - Eu te amo, Koushi. Amo como eu nunca amei ninguém em toda a minha medíocre existência e o que eu mais quero é continuar ao seu lado...

Antes que pudesse prosseguir, Sugawara o interrompeu com um beijo casto e tímido em seus lábios. Ao cessar, distanciou-se encostando sua testa no ombro de Sawamura que estava paralisado com o ato repentino.

- Pula logo para a desgraça do pedido, tive que esperar dois meses para isso! - falou indignado olhando nos olhos do moreno.

- Mas eu demorei uma semana para decorar o discurso! - reclamou o moreno.

- Anda logo, Daichi! - exigiu e o outro bufou, derrotado.

- Sugawara Koushi, me daria a honra de ser seu namorado? - pediu, olhando em seus olhos que brilhavam iguais o de uma criança ganhando doces.

- Sim! - e então, o beijou.