Capítulo 23-

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Vi que ele também carregava uma dor em seu coração...
-Muito obrigada, pela ajuda professor! O Sr. aceita um café, um chocolate quente ou um chá?- era um jeito de sair daquele assunto.
-Pode ser um café! O dia está chamando um café.- ele sorriu, e que sorriso lindo.
-Por favor, entre pegue uma cadeira e fique a vontade, enquanto preparo o café.-
-Você limpou tudo rapidinho! Não faz muito tempo que saiu do parque!-
-Para falar a verdade, limpei um pouco ontem e deixei o restante para hoje.
Minha avó avisou de última hora, que iria passar o fim de semana na casa da irmã. Foi bom ela ter ido passear, senão estaria querendo me ajudar. Eu quero que ela se divirta, pelo menos nos finais de semana.-
-Acho louvável o amor e a dedicação que você tem pela sua avó. Infelizmente, perdi os meus a muito tempo e mais tarde meus pais.-
-Sinto muito, infelizmente, todos nós temos uma história para contar. É a vida...
E o Sr. não pensou em se casar? Estou dizendo isso, porque a solidão pode ser uma opção, mas também é perigosa. Acho que ela exclui muitas coisas de nós.-
-Para ser sincero, eu amei e muito uma pessoa...porém, não quero falar sobre isso.-
-Com ou sem açúcar?-
-Com um pouco de açúcar, por favor.-
-Desculpe, não quis me intrometer na sua vida pessoal.-
-Não, não tem problema. Talvez, um dia...-
-Esqueça o que eu disse, professor. O Sr. não tem que me contar nada. Nem agora, nem depois. Prometo não fazer perguntas pessoais. É um mal hábito que tenho de perguntar tudo, de querer saber. Enfim, preciso me manter na linha.
-Quer um conselho? Não mude o seu jeito de ser. Para começar, não fiquei ofendido. Então, fique tranquila.
Nossa, está ficando tarde! Preciso ir, vou receber uma entrega e preciso estar em casa. Sua avó estará de volta ainda hoje?-
-Sim, logo mais a noite.-
-Que bom! Qualquer coisa, me ligue! Desculpe, este é o meu cartão. Se precisar de ajuda, me ligue sem hesitar a qualquer hora.

O ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora