Capítulo 47-

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Pela manhã ao colocar os pés na rua, o professor estava encostado na parede do lado da porta. Acabei me assustando com ele. As coisas que aconteceram ontem à noite, ainda estavam presentes na minha cabeça.
-Bom dia, desculpe se te assustei. Não era minha intenção.-
-Bom dia! É natural que eu me assustasse, vendo o Sr. plantado aí. Mas, o que o Sr. faz por aqui? Hoje, não abriremos o restaurante.-
-Eu sei, só vim para acompanhá-la até o café e aproveitar para fazer o meu desjejum.-
-Não precisava se preocupar, o Sr. bem sabe que dei um jeito nele.-
-Sim e admiro a sua coragem. Porém, não devemos baixar a guarda.-
-Imagine, agora estarei mais atenta do que nunca. Fiz várias compras de apetrechos para lhe dar com esse tipo de situações e nas férias farei aulas de defesa pessoal via internet. Nunca é demais saber.-
-Claro, te dou a maior força. Contudo, não dê sorte para o azar. O que quero dizer é para não andar sozinha por aí. Enquanto for minha aluna, acompanharei vocês, porém depois que terminar o ano letivo e vocês forem para a universidade, não poderei estar por perto. Por isso, nunca venha sozinha para casa. E mesmo seus colegas, observe-os, veja a conduta deles.-

-Professor, se tem uma coisa de que desconfio estritamente é dos homens. Esse é o legado que meu pai me deixou: de não acreditar nos homens, ele me fêz desacreditar nos homens. Portanto, o Sr. não precisa me falar sobre como os homens podem ser degradantes.
Desculpe, mas não quero mais falar sobre esse assunto.-

-Tudo bem, já vi que você tem uma opinião formada sobre os homens. Mas acredite, nem todos os homens são assim, por isso, você não deve generalizar...
Garota brava! Não gostou da minha resposta, acelerou os passos e seguiu rapidamente. Entrou no café, colocou o uniforme e quando me sentei, ela já estava atendendo, nem olhou para mim.
Pediu para outra atendente pegar o meu pedido.
Quando fui pagar a conta, pedi desculpas a ela.
Ela só acenou com a cabeça e disse:

O ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora